Portugal de Roberto Martinez
Roberto Martinez iniciou a sua caminhada no banco da Seleção Nacional Portuguesa e ao 2º jogo já demonstra ter muito bem definido aquilo que pretende para a seleção das Quinas. Em termos de resultados conseguiu cumprir as expectativas com duas goleadas (4-0 contra Liechtenstein e 6-0 contra Luxemburgo).
Sistema de Jogo e Equipas Iniciais
Tal como se previa e a exemplo do que fez na seleção Belga, o sistema escolhido foi 5x2x3, que em momento ofensivo se transforma num 3x4x3 ou muitas vezes num 3x2x5.
Em relação ao 11 inicial, procurou manter uma base, mas quis testar algumas opções em diferentes posições. As posições que foram alteradas foram as de ala direito, defesa central e ala esquerdo, onde João Cancelo, Gonçalo Inácio e Raphael Guerreiro foram titulares no primeiro jogo, sendo substituídos no segundo jogo por Dalot, António Silva e Nuno Mendes, respetivamente. Outro pormenor importante foi: no primeiro jogo quem jogou como central pelo lado esquerdo foi um jogador de pé esquerdo, Gonçalo Inácio, enquanto no segundo foi um jogador de pé direito, Danilo Pereira.
Ideias Ofensivas
Nestes dois jogos a equipa passou a maior parte do tempo em organização ofensiva, muitas vezes com os adversários num bloco médio-baixo e isso permitiu observar diversas dinâmicas que Roberto Martinez pretende implementar na seleção.
Na primeira fase de construção, quer com adversário em bloco médio ou bloco alto, a equipa procura saída curta pelos centrais, com Palhinha próximo e os alas por fora próximos para ser solução. Com espaço, Roberto quer centrais com capacidade de transporte para que consigam transportar a bola e fixar jogadores da linha defensiva adversária para abrir espaços por dentro e por fora.
Os médios geralmente jogam em sectores diferentes, Bruno Fernandes fica muito próximo da linha mais avançada e próximo do corredor direito, o que permite criar uma dinâmica maior nesse corredor devido à presença de Bernardo Silva e do jogador do Manchester United. Os extremos variam o seu posicionamento, por dentro ou por fora, de acordo com o posicionamento do lateral e também procuram muitas vezes aparecer entrelinhas funcionando como terceiros médios.
O último aspeto a salientar é a chegada a zonas de finalização com muitos jogadores, onde se incluem os laterais, podendo aparecer até 5 jogadores nessas zonas.
Ideias Defensivas
É difícil encontrar grandes dinâmicas defensivas nestes jogos, uma vez que a seleção das quinas passou maioritariamente em organização ofensiva. Não obstante, em processo defensivo, a seleção procurou pressionar com os 3 jogadores da frente, com o avançado (Ronaldo) a pressionar o 6 e os centrais a serem pressionados pelos dois extremos, por vezes os posicionamentos alteravam-se pela proximidade dos jogadores. Os alas batem com os laterais adversários e os médios acompanham os médios adversários, com maior intensidade o médio do lado da bola.
A dificuldade a defender de uma equipa que atua com este sistema, estará sempre nos jogadores a trabalharem nas costas dos 2 médios uma vez que é fácil criar superioridade numérica na zona central. Para conseguirem fazer face a esta inferioridade, será importante os extremos do lado contrário estarem ativos e fecharem no corredor central quando a bola está do lado contrário.
Estes dois jogos demonstraram-se desafios com graus de dificuldade baixo, mas permitiram tirar algumas ilações das ideias que Roberto Martinez quer trazer para esta equipa.
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