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Portugal-Sérvia: A estrelinha não brilhou

O duelo com a Sérvia era o jogo do tudo ou do possível nada. A abordagem inicial de Portugal revelou-se ambiciosa, com a aposta em vários jogadores determinantes no último terço, acrescentando ainda Renato Sanches também ele com chegada a zonas de finalização. A intenção inicial foi a de pressionar a construção de jogo dos sérvios, procurando reter a posse de bola no controlo de Portugal. E foi precisamente através de um momento de pressão alta que a seleção nacional se adiantou no marcador. Bernardo Silva aproveitou uma distração de Gudelj e, ao recuperar bola em zonas adiantadas, Renato Sanches concretizou o 1-0.

Após o golo madrugador, a Sérvia acabou por assumir o controlo ao longo da primeira parte, assente não só numa pressão forte à construção de jogo de Portugal que retirou capacidade de ligação de jogo com os jogadores mais criativos, mas também na exploração de uma circulação de bola por zonas recuadas e forçando situações de 1×1 nos corredores laterais através de Zivkovic e Kostic. Portugal montou a sua organização defensiva na habitual estrutura de 4x1x4x1, mas a incapacidade em pressionar os centrais e os médios mais recuados da Sérvia permitiu que a bola chegasse ao último terço defensivo português com relativa facilidade e frequentemente.

A seleção sérvia chegou ao empate através de Tadic, num lance em que os médios portugueses não ocuparam a zona à entrada da área, permitindo que o sérvio rematasse com pouca contestação. Renato Sanches e Danilo encontravam-se em cobertura ao lateral direito Cancelo e João Moutinho pareceu estar demasiado próximo dos centrais portugueses (apenas com a presença de um avançado em zona de finalização), libertando Tadic à entrada da área.

No início da segunda parte, apesar do domínio por parte dos sérvios, Portugal teve situações em transição ofensiva que, se melhor definidos, poderiam ter sentenciado o jogo e, consequentemente, o apuramento. Destaque para o lance individual de Renato Sanches que, após superar o adversário direto e entrar na área, poderia ter assistido Bernardo Silva em melhores condições para finalizar. Ao procurar condições para finalizar com o pé esquerdo, Renato adiantou demasiado a bola, permitindo que o guarda-redes Rajkovic encurtasse o espaço e condicionasse a finalização do médio português.

Fernando Santos lançou Bruno Fernandes e Palhinha a jogo, recuando Danilo para formar uma linha defensiva a 5. Ocupou o corredor central com Palhinha, Renato Sanches e Bruno Fernandes, com Ronaldo e Jota como referências ofensivas para as saídas em transição. Portugal foi recuando linhas e perdendo capacidade de ameaçar a baliza adversária.

O forcing final da Sérvia acabou por surtir efeito. Após um canto cobrado de forma rápida e curta, a zona defensiva de Portugal foi atraída para o espaço mais próximo do primeiro poste, libertando 3 jogadores sérvios na zona do segundo poste. O cruzamento de Tadic foi bem executado e, apesar da igualdade numérica na área (6×6), a incapacidade dos jogadores portugueses em ajustar o posicionamento defensivo permitiu que Mitrovic cabeceasse sem oposição para o golo da vitória.

O golo sérvio penalizou um jogo pouco conseguido pela seleção portuguesa que, ao cair para o playoff, vê a tarefa do apuramento para o Mundial complicar-se.



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