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Portugal x Bielorússia – Os primeiros passos da renovada seleção sub-21

A geração sub-21 de Portugal entrou hoje em campo pelas 19:00 frente à Bielorrússia, num jogo disputado no Estádio José Gomes do Estrela da Amadora. Este jogo marcou o pequeno início de uma nova geração, uma vez que todos os “Diogos”, que constituíam a defesa, e mais alguns jogadores importantes como Dany Mota, Trincão e Florentino deixaram de integrar os planos da seleção de Rui Jorge. Assim, uma pequena era termina e uma nova começa, com a qualificação para o próximo Europeu sub-21 como o primeiro objetivo.

A equipa e as dinâmicas

Portugal alinhou num 4-2-2 losango, sistema já utilizado no passado Europeu sub-21 com João Gonçalves, guardião do Boavista, na baliza. Na defesa alinhou João Mário na direita, com Eduardo Quaresma e Tiago Djaló no meio e Nuno Tavares na esquerda. O “6” foi Thomas Händel, os interiores foram Vitinha e André Almeida e Fábio Vieira atuou no vértice mais adiantado do losango do meio-campo. Os dois avançados foram Fábio Silva e Gonçalo Ramos.

A principal criação de perigo nasceu através da genialidade de Vitinha e Fábio Vieira, que mostraram toda a sua qualidade e capacidade técnica, ou através dos movimentos dos dois avançados, dentro e fora de área, e dos movimentos complementares dos médios. Fábio e os médios interiores tiveram sempre bastante liberdade, a ocuparem os espaços entre-linhas e também a descair nas alas, como aconteceu muitas vezes.

Para além da já conhecida capacidade de circulação e posse da seleção sub-21, os movimentos de rutura tiveram algum destaque e foram importantes para a circulação, para fazer a bola chegar ao último terço e para tornar o jogo de Portugal menos previsível. Para completar, a conexão existente entre os elementos do meio-campo e ataque foi bastante positiva, tendo havido uma boa complementaridade de movimentos.

No aspeto defensivo, Portugal teve pouco trabalho. A seleção bielorussa é consideravelmente inferior no aspeto teórico e na prática, a diferença qualitativa notou-se. A Bielorrússia não foi capaz de tomar conta do jogo, mas ainda assim foi capaz de criar algum perigo, com as principais jogadas a nascerem através de bolas longas e segundas bolas.

O golo de Portugal nasceu de um penalty, conquistado por André Almeida, que subiu à área para compensar o movimento dos avançados, algo que também foi várias vezes visível no jogo português, como já referido.

As substituições

A meio do segundo tempo, Rui Jorge retirou Fábio Silva, que até estava a fazer uma boa exibição, especialmente no panorama coletivo, e Thomas Händel, esse já mais apagado, e colocou Gonçalo Borges e Francisco Conceição, dois extremos do FC Porto. Estas substituições foram decisivas no plano de jogo de Portugal, uma vez que a partir desse momento, a seleção das quinas passou a atuar num 4-3-3, com Vitinha a atuar como médio mais recuado.

Gonçalo fez uns 35 minutos algo apagados, com várias más decisões, enquanto que Chico fez notar toda a sua qualidade e foi o jogador mais ativo e perigoso desde o momento da sua entrada. Paulo Bernardo e Tiago Dantas entraram à passagem do minuto 73, mas o perfil dos jogadores do meio-campo no geral manteve-se, bem como o esquema tático.

Ao contrário do esperado por Rui Jorge, as substituições realizadas não melhoraram a equipa, não no aspeto individual mas sim no aspeto coletivo. Portugal tentou lateralizar mais o jogo, mas não teve tantas chegadas ao último terço e a criação de oportunidades não aumentou.

Conclusão

Portugal fez uma boa prestação, mas não convenceu como seria esperado. Toda equipa esteve bem, com vários jogadores em bom panorama, tendo sido Vitinha o principal destaque da seleção.

A prestação coletiva decaiu com o decorrer do jogo, as substituições não melhoraram a equipa, e assim, a seleção treinada por Rui Jorge pode e deve fazer melhor as próximas partidas, onde irá encontrar adversários mais complicados e com mais argumentos que a Bielorrússia.




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