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Portugal abordou o jogo no habitual 4x3x3, posicionando-se em 4x5x1 no momento defensivo. A seleção adotou um bloco médio ao longo da primeira parte, alternando a espaços por uma pressão mais alta, momentos em que foi capaz de colocar a Espanha em maiores dificuldades. Houve um foco claro no controlo de Rodri em zonas de construção, procurando que o médio espanhol não tivesse tempo e espaço para comandar a manobra ofensiva espanhola. Em função do posicionamento de Rodri, um dos médios de Portugal saía à pressão, com os outros 2 médios a ficarem responsáveis por fechar as linhas de passe interiores para os extremos Ferran Torres e Sarabia que se incorporavam no corredor central.

Os espanhóis promoveram trocas posicionais a 3 nos corredores, com os médios interiores Soler e Koke a baixar no terreno, permitindo a projeção dos laterais e entrada dos extremos para espaços interiores. Portugal manteve a sua organização zonal (prioridade em manter os 3 médios no corredor central) e foi assim capaz de controlar a primeira parte sem conceder grandes oportunidades de golo aos comandados de Luis Enrique.

Ações de Finalização – Portugal
Ações de Finalização – Espanha

OS MIÚDOS QUE ABALARAM O JOGO

“Na segunda parte, com os jogadores que entraram, continuámos a ter bola e as aproximações foram mais profundas. Sentíamos que íamos conseguir marcar e conseguimos.”

Luis Enrique, após o jogo

Para além de Busquets ao intervalo, o selecionador espanhol fez entrar Pedri e Gavi para o corredor central e Yéremy Pino e Nico Williams para os corredores do ataque. O controlo da posse de bola foi em crescendo ao longo da segunda parte e quer a maior capacidade de chegada ao último terço de Pedri e Gavi, quer o desequilíbrio individual que Yéremy Pino e Nico Williams acrescentaram à manobra ofensiva espanhola foram determinantes para o desfecho do jogo.

Gavi e Nino Williams estiveram particularmente em destaque na condução de jogo até ao último terço e na criação de situações de finalização.

Ações individuais – Gavi
Ações individuais – Nico Williams

SUBSTITUIÇÕES TARDIAS E INFELIZES

“Tivemos alguma dificuldade em ter bola, começámos a recuar linhas. Era importante ter mais posse. A recuar, não estava a ser benéfico. Tentei alterar.”

Fernando Santos, após o jogo

A entrada de João Mário servia esse propósito: trazer maior discernimento no momento de guardar a posse de bola e procurar que a equipa controlasse melhor o jogo com a bola em seu poder. A substituição surgiu no entanto de forma tardia e num momento em que a organização coletiva e a disponibilidade física/mental já não era capaz de dar suporte a essas intenções.


O GOLO QUE A TENDÊNCIA DO JOGO PROMETIA

Portugal foi perdendo capacidade de pressão ao portador da bola em organização defensiva, permitindo que a Espanha se instalasse continuamente no meio campo ofensivo e seria uma questão de tempo até começarem a crescer a quantidade de oportunidades de finalização. O lance do golo é um exemplo claro das facilidades concedidas, com a seleção espanhola a ter sempre segurança na circulação de bola até encontrar espaços para progredir, dada a pressão quase inexistente por parte da organização defensiva de Portugal.



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