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Portugal bateu a Suécia por 2-0 e partilha o primeiro posto do grupo A da Liga das Nações. Depois de termos visto uma das melhores exibições da era Fernando Santos frente aos croatas, a seleção voltou a apoderar-se do pragmatismo que lhe é habitual. Escrevi contra a Croácia que a seleção nacional é necessariamente diferente com Ronaldo. Reitero.

As características do avançado são diferentes de todos os jogadores que ocupam a sua posição, a sua capacidade de liderança nata e propensão para decidir jogos fazem com que o jogador seja solicitado mesmo quando essa não é a melhor opção. Frente a uma estrutura sólida, montada pelo selecionador sueco Jan Andersson, Ronaldo pediu bola nas costas e mudou substancialmente a forma de jogar da equipa das quinas.

Quanto à capacidade de finalização, há poucos adjetivos que a possam descrever. São 101 golos como internacional e não se perspetiva que CR7 fique por aqui.

Organização ofensiva 11×11

1.1

Tal como contra a Croácia, João Félix procurou baixar no terreno para retirar a referência de marcação aos centrais adversários e poder jogar de frente para a baliza.

1.2

Cristiano Ronaldo mudou profundamente a forma de jogar da seleção. Apesar de a equipa sueca se organizar de forma diferente da seleção croata, o número sete procurou movimentos não vistos no jogo frente aos vice-campeões mundiais. Contra a Croácia, Portugal procurou combinações rápidas, futebol apoiado e passe curto. Com Cristiano em campo, contra a Suécia, a bola em profundidade foi uma arma utilizada com maior expressão. A capacidade do avançado em finalizar com os dois pés foi solicitada pelos companheiros e num desses lances acabou por surgir a falta que deu o golo 100 a CR7 pela equipa das quinas.

Organização Defensiva

2.1

Portugal tentou explorar a saída de bola sueca com a colocação de dois homens a cortarem as linhas de passe verticais aos centrais adversários na sua primeira fase de construção ofensiva. Ronaldo e Moutinho desempenharam esta função durante os primeiros 45 minutos.

2.2

Gorada a primeira fase de construção dos nórdicos, foi comum ver Portugal organizado em 4x1x4x1. Ronaldo ficou na frente à espera de um contra-ataque e a seleção montou-se em duas linhas de quatro homens, ficando Danilo no espaço entrelinhas a dobrar os médios e prestando auxílio aos defesas, caso necessário.

Organização ofensiva 11×10

A organização ofensiva contra 10 homens requereu mais paciência. Muitas vezes é dito que é mais difícil jogar contra 10 e o vídeo ilustra-o na perfeição. Com menos um jogador em campo, a equipa sueca remeteu-se ao seu meio-campo, defendeu apenas em dois corredores e impediu movimentos de penetração sem bola ou em profundidade.

À equipa em superioridade, pede-se que circule a bola pelos três corredores com velocidade e critério, na tentativa de desestabilizar o bloco defensivo. Portugal fê-lo bastante bem e a paciência foi chave para a criação de ocasiões de golo.

No lance do segundo golo, Portugal deteve a posse de bola durante mais de um minuto seguido(!).

Seis pontos em 2 jogos, venha daí a França.



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