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O Derby da passada sexta feira tinha como interesse principal saber se o Sport Lisboa e Benfica iria conseguir consolidar a sua liderança do campeonato, após derrota do segundo classificado Futebol Clube do Porto momentos antes.
Já para o Sporting, os seus adeptos exigiam sobretudo que dignificassem as camisolas e não ficar ao fim da primeira volta, a 19 pontos do primeiro classificado, algo que viria a suceder.

Equipas Titulares

AS DÚVIDAS DISSIPADAS POR LAGE QUANTO À EQUIPA TITULAR

Pairavam no ar várias incógnitas sobre qual seria o onze encarnado a dar entrada no estádio José de Alvalade, essencialmente no que ao meio campo dizia respeito:

Repetir o tridente Gabriel, Taarabt e Chiquinho que tão boas respostas haviam dado nos últimos jogos, ou por outro lado, apostar no milionário reforço Julien Weigl?

Bruno Lage optou pela inclusão do alemão Weigl em detrimento de Taarabt, numa clara tentativa de neutralizar o meio campo leonino, comandado por Bruno Fernandes.

E no controlo da zona central do meio campo esteve uma das “chaves” do Derby

Foi com esta opção que conseguiu claramente começar a ganhar o jogo: início da partida com os encarnados autoritários, numa pressão assente num bloco bem subido no terreno, dificultando de sobremaneira a 1ª fase de construção dos rivais que nos primeiros 45 minutos, nunca conseguiram sair a jogar confortavelmente desde trás e pautar o seu jogo interior.

O jogo sportinguista foi bloqueado logo no corredor central, fruto da constante pressão dos centro campistas adversários, que no seu meio campo, raramente concederam tempo/espaço para o portador da bola pensar e executar;

Várias foram as vezes que ora por agressividade na pressão, ora em antecipação, iam roubando bolas atrás de bolas…

Apesar de ter sido um trabalho colectivo muito bem preparado e delineado, a importância de Weigl no jogo foi notória: ótimo sentido de posicionamento, leitura tática, visão de jogo com bola e simplicidade de processos.

Foi ainda crucial no controlo ao (considerado por muitos) melhor jogador da Liga Nos (Bruno Fernandes), bem como no auxílio imperial ao seus centrais, permitindo-lhes realizar as coberturas/dobras necessárias aos laterais. Sempre que tal acontecia, lá estava o internacional germânico a ocupar a posição deixada desocupada no espaço central.

Com Gabriel em jogos anteriores a ocupar esse lugar, sentia-se do ponto de vista das transições defensivas alguma lentidão em retornar ao posicionamento defensivo, deixando o corredor central sempre demasiado exposto. E foi isto que a equipa técnica forasteira quis evitar no clássico.

Ocupar a posição 8 como fez na época passada, libertou mais o brasileiro do ponto de vista ofensivo. Defensivamente, por ter mais tempo de regressar à posição a equipa ganhou mais poder físico a meio campo.

Como referido anteriormente, os médios centro leoninos não conseguiam ligar o jogo pelo corredor central, obrigando a equipa a viver dos contra-ataques e com recurso aos corredores laterais por passes colocados em profundidade para os extremos. Bruno Fernandes lia perfeitamente as dificuldades que a equipa ia vivendo e também ele se “escondia” nos corredores laterais na tentativa de gerar situações de superioridade numérica (1×2) com o lateral oponente.

Refira-se que o Sporting tinha como estratégia jogar num bloco subido, condicionar as saídas de jogo do adversário logo desde trás. Algo que não foi conseguido, essencialmente por: excessivo espaço concedido ao portador da bola para pensar e executar e naturalmente por obrigar a equipa a ir recuando no terreno aos poucos e poucos.

Primeira parte digna de um Clássico de alto nível: Ritmo de jogo altíssimo, ocasiões de perigo para ambas as equipas e imensos duelos divididos.

Segunda Parte bem diferente dos primeiros 45 minutos

O jogo trouxe-nos um segundo tempo com menor emoção.

Sporting e Benfica trocam de papéis: culpa dos comandados de Bruno Lage que vieram do intervalo bem mais apáticos no pressing, permitindo que os da casa fossem tomando a iniciativa de jogo de forma gradual. Aproveitando-se disso mesmo, o Sporting foi aproveitando para conseguir explorar mais e melhor o corredor central, pautando melhor o jogo e a conseguir sair de forma bem mais confortável (muitas vezes até em transporte de bola).

Silas assistia do banco a sua equipa a crescer no jogo e a conseguir agora pressionar mais alto e condicionar as saídas de jogo dos eternos rivais.

A Substituição decisiva

Sentindo esse crescimento do adversário, o técnico das “águias” decide mexer decisivamente no decorrer do encontro: entrada de Rafa com instruções claras para tentar desequilíbrios promovidos pela sua velocidade em transporte de bola, 1×1, explorar espaços livres e sobretudo condicionar as subidas sempre perigosas do lateral Acuña.

Não se ficou por aqui esta mudança. Com a saída de Chiquinho, Pizzi e Rafa foram constantemente trocando de posição (centro e lado direito), tendo em vista o aparecer do imprevisível Rafa em espaços distintos, não o fixando a qualquer tipo de marcações adversárias, iludindo-as por completo

Dois golos vindos do banco. O internacional por Portugal, após uma série de ressaltos chega ao primeiro golo e começa por desamarrar o jogo.

A ténue tentativa de resposta

Jorge Silas procura resposta alterando o sistema tático para 4-4-2 com dois pontas de lança de área e possantes fisicamente: Luiz Phellype e Pedro Mendes. Para os servir, lança para jogo Plata e Borja, passando o último para lateral e subindo Acuña no terreno.

Sem qualquer efeito para o rumo da partida, os jogadores leoninos acusaram em demasia essencialmente o primeiro golo sofrido, enquanto que os rivais da segunda circular em sentindo inverso, aproveitaram para gerir o jogo e matá-lo de vez com o segundo golo de Rafa no jogo, que se mostrou absolutamente letal (2 golos em duas oportunidades).

As contas do campeonato

Fechada a primeira volta, o Benfica consegue assim uma confortável vantagem de 7 pontos para o segundo posto, enquanto que o Sporting vive momentos cada vez mais conturbados: quarto classificado a 19 pontos do líder.

2020-01-18 – Sporting CP – Benfica – Goals video


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