A equipa russa do FC Krasnodar será o primeiro obstáculo do FC Porto na caminhada para a fase de grupos da Liga dos Campeões, num confronto que diz respeito à terceira pré-eliminatória da maior prova de clubes da UEFA. Para passar ao Play Off da competição, o Porto terá de levar de vencida o conjunto oriundo de Krasnodar. Encontra-se no sexto lugar no campeonato, com duas vitórias, um empate e uma derrota. Recentemente empataram na Gazprom Arena a um golo, sendo o clube de São Petersburgo o atual líder do campeonato.
Passado recente do clube e identidade da equipa
O passado recente do Krasnodar diz, na prática, respeito à história na totalidade do clube, dado a sua fundação ter sido já em 2008, o que perfaz uns meros 11 anos de vida. O Krasnodar teve uma ascenção meteórica desde os escalões secundários do futebol russo até às recentes participações na Liga Europa. Esta será a sua primeira participação na Liga dos Campeões, após obter o terceiro lugar na temporada passada no campeonato. Possuidores daquela que é considerada a melhor academia do futebol russo, com condições impressionantes para o desenvolvimento dos seus jovens jogadores, fazem da aposta em atletas vindos da formação a sua identidade. É atualmente o maior clube da cidade de Krasnodar, depois da queda do Kuban Krasnodar.
Análise global da equipa e onze provável
O conjunto do Krasnodar é treinado por Murad Musaev, técnico de 35 anos que tem vários anos passados em trabalho na academia do Krasnodar, o que também lhe permite conhecer como poucos aquilo que é o potencial da formação e o momento certo para apostar nos jovens que possam aparecer na equipa principal. É uma equipa com um elevado número de jogadores de considerável valia técnica, cultos taticamente e com uma interessante mistura de jogadores russos de qualidade com estrangeiros que acrescentam imenso naquilo que é a produção da equipa em campo.
A equipa provável para a ProScout é:
GR: Matvei Safonov – Jovem guarda-redes, capaz em vários momentos do jogo, como no controlo do espaço aéreo, no jogo com os pés, entre os postes, e nas saídas da baliza.
DD: Sergei Petrov – Lateral direito extremamente ofensivo, com capacidade para jogar tanto dentro e fora, tem qualidade técnica e um bom entendimento do jogo com bola. Importante a dar a largura no processo ofensivo da equipa. Defensivamente falha ocasionalmente na recuperação e nos duelos com os adversários.
DC: Aleksandr Martynovich – Capitão do Krasnodar, é o central mais forte fisicamente dos titulares, forte no jogo aéreo e no confronto com o adversário com bola. Retira o espaço entrelinhas com qualidade, antecipando-se ao adversário posicionado nesse mesmo espaço. Não é muito forte com bola dando o protagonismo a outros jogadores, apostando em último caso no passe longo.
DC: Uroš Spajić – Central com uma qualidade com bola de bom nível, capaz tanto no passe curto como no passe longo, apesar de ter pouco protagonismo na construção. Sem bola é forte nos confrontos, posicionamento, e na antecipação aos adversários.
DE: Cristian Ramirez – Lateral com grande propensão ofensiva, tem uma enorme qualidade técnica e é muito forte no drible e no jogo interior. Falha ocasionalmente no momento da definição. Defensivamente é um jogador competente nos vários momentos, apesar de um pouco lento na recuperação da posição.
M. Def.: Ruslan Kambolov – Médio defensivo que garante compensação aos médios mais criativos da equipa, sendo o mais recuado dos três centrocampistas. Forte defensivamente, com bola é pouco criativo, apesar de ajudar na construção do jogo da equipa, apesar de não dar muita criatividade.
MC: Tonny Vilhena – Médio com boa técnica, é forte tanto no passe como na condução de bola, chegando com frequência também a zonas de criação e de finalização, ajudando nas duas fases. Defensivamente é forte na pressão e na recuperação.
MC: Kristoffer Olsson – Médio com grande entendimento do jogo, tem uma grande qualidade de passe, compreensão do jogo e muito boa técnica com bola. É o médio que se encontra em terrenos mais adiantados, chegando a posicionar-se perto do ponta de lança na pressão, e com bola desloca-se também para os corredores laterais.
EE: Remy Cabella – Extremo com capacidade para atuar também no corredor central, é um jogador extremamente talentoso, com grande qualidade de drible e ótima visão de jogo, sendo também dos jogadores mais criativos do Krasnodar.
ED: Younes Namli – Extremo que também sabe jogar no centro do terreno, possui uma grande capacidade de drible e capacidade de jogo associativo, tabelando com qualidade com os colegas e sucede em encontrar opções imprevisíveis para o adversário. Dotado de grandes dotes técnicos, é um dos maiores desequilibradores da equipa.
PL: Ari – Ponta de lança com um raio de ação muito alargado, não se limita a procurar oportunidades para finalizar, sabe fazer de apoio frontal tal como jogar de frente para o jogo e ajudar na fase de criação. A nível de concretização tem um acerto razoável, compensando com tudo o resto que oferece ao jogo.
Suplentes utilizados regularmente:
Magomed Shapi-Suleymanov – Extremo tecnicista, possuidor de um fantástico drible, joga preferencialmente pela direita e faz uso do seu ótimo 1×1 para criar perigo e oportunidades para a equipa. É capaz também de extraordinários remates de meia distância.
Ivan Ignatyev – Ponta de lança forte no ataque à profundidade, tem uma boa técnica de finalização e mostra-se forte nos duelos aéreos. É também capaz de atuar nos corredores laterais, tendo também ele um raio de ação alargado, ajudando na fase de criação da equipa.
Wanderson – Extremo que joga tanto na direita como na esquerda, é fortíssimo no 1×1, rápido com bola e dotado de um bom remate exterior, o ataque à linha final é claramente dos seus pontos mais fortes. É capaz de jogar tanto dentro como fora, falhando por vezes na altura da definição dos lances.
Ideias gerais da equipa
A equipa do Krasnodar privilegia o jogo de posse, mostrando-se ser uma equipa confortável com bola, e que pretende que tanto guarda-redes como central tenham protagonismo na 1º fase de construção. Musaev procura que a equipa jogue com critério e de forma associativa, trocando a bola com qualidade, procurando posteriormente momentos de 1×1 entre lateral/extremo e lateral adversário. Os médios têm também um papel fundamental no jogo da equipa, na distribuição de jogo e no transporte de bola, sendo Vilhena o jogador mais indicado para essas ações. Sem bola a equipa procura pressionar alto e condicionar a fase de construção da equipa adversária. O conjunto de Krasnodar apresenta-se num esquema táctico de 4-3-3 ou 4-4-2, sendo este último comum em momentos em que o bloco está subido no terreno, na procura de roubar a bola ao adversário ainda no meio campo adversário.
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
- Neste momento a equipa privilegia uma saída de bola criteriosa e apoiada, tendo o guarda-redes Safonov e os centrais protagonismo na construção desde trás. Laterais bem projetados nas alas, a dar largura. Por momentos Kambolov recua para a linha dos centrais, formando uma linha de 3 atrás, permitindo que os centrais abram na primeira fase de construção. A equipa daqui ou procura a profundidade por um passe longo do central, liga com um jogador posicionado dentro do bloco, ou com o lateral a dar largura. Este último conduz para o meio campo ofensivo ou combina com médio no corredor central.
- Médios posicionados dentro do bloco, a oferecer uma linha de passe aos defesas. Extremos colocam-se no espaço entrelinhas, sendo também preponderantes na procura das costas da defensiva adversária. Ari importante junto da última linha a dar apoio na fase de criação, a procurar dar linha de passe.
- Procura do 1×1 entre lateral e defesa adversário, optando regularmente pelo cruzamento para a área. Vários jogadores atacam a zona de finalização.
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
- Neste momento, o Krasnodar procura colocar dois jogadores junto à grande área adversária, condicionando a saída de bola do oponente, pressionando os defesas adversários.
- Algum espaço deixado entre a linha avançada e a linha média do Krasnodar, quando a primeira avança no terreno, os médios não acompanham o movimento dos avançados, deixando algum espaço entre os dois setores.
- Condiciona o jogo entrelinhas do adversário, e penetração deste no bloco da equipa, direcionando o jogo do opositor para os corredores laterais. Médios muito importantes na pressão aos criativos do adversário, e defesas fortes nos duelos aéreos e bolas nas costas da defensiva.
TRANSIÇÃO OFENSIVA
- Utilização da reposição da bola com a mão pelo guarda-redes, se a transição for feita desde trás, fazendo uso do seu forte jogo de mãos, colocando a bola num jogador já adiantado no terreno. Ari, preponderante neste momento, funciona ocasionalmente como apoio frontal.
- Uso da velocidade tanto de Wanderson como Namli, ou ainda Cabella, para conduzir até à área adversária, onde aí procuram ou tabelar com um colega entrelinhas ou partir no drible até chegar a zonas de definição.
TRANSIÇÃO DEFENSIVA
- Momento onde o Krasnodar se mostra menos seguro, sendo uma equipa que coloca imensos jogadores em terrenos avançados, por vezes encontra-se descompensada na transição defensiva. Laterais demasiado projetados levam a deixar-se algum espaço que pode ser aproveitado nos corredores laterais.
- Importância de médios como Kambolov e Vilhena recuperarem rapidamente a posição para condicionarem os ataques rápidos dos adversários, mostrando-se fortes na pressão ao portador da bola e na compensação defensiva.
- Objetivo claro de pressionar cedo o portador da bola, tirando-lhe as opções de passe, no entanto essa pressão não é feita com qualidade, permitindo que o adversário encontre uma opção para continuar a transição.
BOLAS PARADAS
- Ofensivamente tem jogadores que executam com qualidade as bolas paradas, e que oferecem perigo à defesa adversário neste momento. Procura tanto o primeiro como o segundo poste, procurando um desvio inicial que coloque um colega em boa posição para rematar com facilidade para a baliza. Existência de jogadores com boa técnica de cabeceamento, como Martynovich, Spajić e Ari.
- Defensivamente, o Krasnodar aposta numa defesa mista, colocando dois jogadores à zona no primeiro poste, e optando que o resto dos jogadores marque individualmente os adversários. Equipa mostra capacidade para defender este momento, impedindo que o adversário suceda na sua concretização, com boas interseções e boas prestações nos confrontos com o jogador que marcam.
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