
Numa pré-época bastante modesta, Haris Seferovic foi o reforço que mais se destacou na equipa de Rui Vitória. O internacional suíço impôs-se com naturalidade no modelo de jogo do SL Benfica o que abriu boas perspetivas para aquele que poderá vir a ser o seu desempenho na época 2017-2018. Contratado ao Eintracht Frankfurt a custo zero (final de contrato), Seferovic enquadra-se na atual política de contratações do clube: é jovem (tem apenas 25 anos), apresenta margem de progressão e representa um baixo investimento, bem como um provável alto retorno financeiro e desportivo.
Relativamente ao seu percurso como futebolista, o ponta de lança suíço, de origem bósnia, apenas precisou de realizar 3 partidas oficias no seu país para despertar a cobiça da ACF Fiorentina que o contratou com apenas 19 anos. No entanto, Seferovic nunca se impôs no futebol italiano, colecionando empréstimos (Neuchâtel Xamax, US Lecce, Novara Calcio 1908) até ingressar a título definitivo na Real Sociedad, onde realizou 39 jogos e marcou 4 golos. Seguiram-se 3 épocas no Frankfurt, que se traduziram em 96 jogos e 19 golos (16 golos na Busdesliga, na qual também realizou 13 assistências).
Avançado móvel, com forte índice de trabalho
Haris Seferovic não é propriamente um ponta de lança de área que se destaque pelo instinto matador. Apesar do que a sua dimensão física possa sugerir (1,85m e 85 quilos), Seferovic é um avançado completo/avançado defensivo, com bastante mobilidade, ideal para provocar desgaste nas defesas adversárias, sendo também um jogador muito proativo no condicionamento da 1.ª fase de construção do adversário. Dadas as suas características, rende mais quando joga acompanhado na frente (seja como ponta de lança ou avançado mais recuado), embora, quando inserido num 1-4-3-3 também possa ser utilizado nas alas como avançado interior.
Relativamente aos principais atributos, o ponta de lança suíço destaca-se pela capacidade técnica, na qual sobressai o jogo ao primeiro toque e o remate forte e colocado, apresentando margem para melhorar ao nível do passe e do jogo de cabeça. Em termos psicológicos, a capacidade de trabalho de equipa e movimentação sem bola atingem níveis de excelência, sendo também de destacar a bravura, agressividade na disputa de bola, determinação e capacidade de tomada de decisão. No entanto, é necessário melhorar muito a compostura no momento da finalização, bem como o jogo dentro de área. Em termos físicos, Seferovic é forte em quase todos os aspetos (força, velocidade, equilíbrio, resistência), embora apenas atinja níveis de razoabilidade na aceleração, agilidade e impulsão (perde vários duelos aéreos).
Em termos de bolas paradas, Seferovic é um dos jogadores alvo na marcação de cantos e livres ofensivos, muito embora, do ponto de vista defensivo, foram identificados vários erros individuais cometidos pelo jogador suíço (mau posicionamento, faltas dentro de área), neste momento de jogo.
Análise comparativa
Entendemos fazer uma análise comparativa entre Seferovic e Jímenez no sentido de perceber o que poderão os encarnados ganhar ou perder com a entrada do jogador suíço.
Apesar de ambos serem jogadores fortes fisicamente e bastante móveis, claramente há um aspeto que os distingue. Seferovic e Jiménez são o espelho das idiossincrasias do seu povo. Maior frieza no caso do jogador suíço, maior emoção no caso do mexicano. Por esse motivo, Jiménez acaba por ter uma maior amplitude de movimentos no campo (por vezes entrando até em correrias desnecessárias) do que Seferovic. Dando-se mais ao jogo, é natural o maior número de ações e de passes de Jiménez, indicadores nos quais revela também mais eficácia. Apesar de também apresentar alguma falta de compostura na finalização, o mexicano destaca-se claramente no número de golos marcados no passado recente, aspeto que é corroborado pela maior eficácia no indicador ”remates”. Já ao nível dos indicadores “passes chave” “desafios” e “dribles” “perdas de bola” e “recuperações de bola” não se vislumbram diferenças significativas.
Jiménez tem sido apontado à saída do SL Benfica em todas as janelas de transferências, o que resultará na perda de um jogador talismã, com capacidade de fazer a diferença em momentos decisivos. No entanto, o forte investimento no mexicano obriga os responsáveis encarnados a escutarem todas as propostas, no sentido de não perderem oportunidades de retorno financeiro. De Seferovic podemos esperar um jogador menos emocional, que, apesar da sua mobilidade, se dispersa menos pelo campo e aparece mais vezes em zonas de finalização, nas quais, a avaliar pelo que tem feito na pré-temporada, tem revelado bastante frieza.
Projeção da época 2017-2018
As férias prolongadas de Raúl Jiménez e os problemas físicos de Mitroglou valeram muito tempo de jogo a Haris Seferovic, que aproveitou bem as oportunidades para ganhar espaço na equipa de Rui Vitória. De acordo com a lógica de gestão do técnico encarnado (joga quem está melhor) é bem provável que Seferovic possa ser dos jogadores mais utilizados esta época uma vez que começou no onze e tem correspondido com golos. Com a saída de Mitroglou e a permanência de Jiménez, Seferovic lutará por um lugar no onze com o mexicano, podendo também ocupar o lugar de Jonas sempre que necessário. Com a saída de Mitroglou, certamente sobrará mais tempo de jogo para o internacional suíço. É bem provável que, à semelhança do que aconteceu com Mitroglou e Jiménez (neste caso apenas em campeonatos europeus), Seferovic consiga alcançar a sua melhor marca na carreira, em termos de golos concretizados, ao serviço do SL Benfica.
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