A Holanda atravessa nos últimos anos uma crise de resultados a nível de selecções, resultado disso é o não apuramento para o Euro 2016 e para o Mundial do próximo ano. No entanto, em termos de formação, o Ajax continua a ser das academias mais reputadas a nível europeu. Foi de lá que saiu Riechedly Bazoer.
Começou a sua formação no PSV Eindhoven, no entanto, sob as ordens de Phillip Cocu – na altura treinador dos escalões de formação do clube holandês – surgiram divergências quanto à sua posição em campo. Segundo palavras do próprio jogador, este queria jogar no meio-campo, enquanto que Cocu o utilizava como defesa central, levando esta situação à recusa de Bazoer em renovar o contrato que tinha com o clube. Do PSV transferiu-se para o Ajax onde terminou o seu percurso de formação e de seguida passou para a equipa secundária do clube de Amesterdão. Em 2014, pela mão de Frank de Boer, fez a sua estreia pela equipa principal, de onde só saiu para o Wolfsburgo por um montante de 12 M€ em Janeiro de 2017.
Trata-se de um médio que tanto pode jogar a ‘8’ como a ‘6’. No Ajax assumia um papel mais de médio defensivo, no entanto, quando utilizado no Wolfsburgo, tem desempenhado as funções de médio centro box-to-box. Em ambos os clubes sempre jogou num sistema táctico de 4x3x3 ou 4x2x3x1, jogando sempre com alguém a seu lado e é neste tipo de sistemas que penso que o seu jogo pode realmente mostrar-se, com alguém ao seu lado a complementá-lo.
É muito possante em termos físicos e mostra grandes atributos no passe e na inteligência que demonstra em campo, visível, por exemplo, na maneira como se posiciona, quer no momento ofensivo, quer no momento defensivo. Apesar de ser combativo e forte no desarme, defensivamente, demonstra ainda alguma fragilidade no jogo aéreo. Em termos ofensivos deve também melhorar a sua finalização, é um jogador que chega algumas vezes a zonas de remate, mas que revela não ser muito forte nesse aspecto e é algo que precisa ainda de desenvolver. Contra si tem também o facto de ser um jogador que com apenas 21 anos, apresenta um número de lesões nestes ainda curtos anos de carreira não muito normais para um jogador com esta idade.
Por agora, Bazoer deve ganhar o seu espaço na equipa alemã e consolidar-se como uma opção válida para a Laranja Mecânica, se assim o fizer, creio que dentro de alguns anos dará o salto para uma equipa com maiores ambições.
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