Equipa sensação desta edição da Liga Nos, não apenas pela brilhante lugar classificativo que ocupa (5º lugar), mas também pelo atrativo e organizado futebol praticado.
Os números valem o que valem, mas neste caso também dizem muito e merecem ser analisados: até à abrupta paragem do campeonato, os sediados em Vila do Conde, e segundo os dados recolhido do site Playmaker, apresentam-se como uma das equipas com maior percentagem de posse de bola, apenas atrás de Porto, Braga, Benfica e Sporting.
Formação do plantel para 2019/2020
Partindo da premissa que para ser ter uma boa equipa tem de se ter também jogadores com qualidade, a estrutura dos Rioavistas procurou, além de manter os principais jogadores da época anterior, ainda reforçar-se com activos com experiência e inegável valor. Assim, continuou com jogadores importantes como Nuno Santos, Diego Lopes, Filipe Augusto, Tarantini ou Borevkovic e ainda teve a capacidade de convencer nomes como Carlos Mané(ex Sporting), Taremi (internacional pelo Irão), Dala (emprestado pelo Sporting), Diogo Figueiras (ex Sevilha, Olimpyakos ou Braga) ou Aderllan Santos(ex Braga ou Valencia).
Além de uma equipa-tipo titular fortíssima, ainda teve a capacidade de dar ao treinador, várias opções para a segunda linha, capazes de entrar facilmente no onze e render no imediato.
fonte zerozero.pt
Modelo de jogo de Carlos Carvalhal
Se há equipa que ao analisar, desde o primeiro minuto de jogo, se pode dizer ter o “dedo” do seu treinador, são os vilacondenses. Futebol apoiado, procura de ter a bola na sua posse seja com que adversário/estádio seja, futebol ofensivo e muita concentração e organização nos momentos sem bola.
Recurso à estratégia para anular adversário
A equipa técnica Rio Avense prepara os seus jogos, analisando os seus adversários ao detalhe. Prova disto, o recurso à estratégia para puder anular os pontos fortes oponentes e explorar os seus pontos mais débeis.
No jogo que nos propusemos a analisar no Estádio do Dragão, verificou-se isto mesmo. A inclusão do lateral Diogo Figueiras como (falso) extremo com o intuito de controlar a profundidade ofensiva de Alex Teles e os movimentos em largura dos pontas de lança Marega e Soares. Desta forma, o 4-4-1-1 sobretudo no último terço defensivo, transformava-se num 5-4-1 com o recuar de Diogo Figueiras para a linha de 4 defesas com o médio ofensivo Piazon a fechar como extremo direito nesses momentos.
Desta forma estratega, ainda conseguiu ter presença física e numérica dentro da área em organização defensiva, combatendo um dos aspectos chaves dos azuis e brancos, o jogo aéreo dos seus avançados.
Contudo, este recorrer à estratégia nunca descaracteriza como podemos constatar, os princípios do modelo de jogo da equipa.
Muita organização e concentração no processo defensivo
Pressão alta e defesa subida no terreno, mesmo jogando no terreno de um dos grandes do futebol português, tentando cortar as linhas de passe e recuperar o esférico de forma organizada e paciente.
Não tendo a posse da bola, equipa não entra em desnorte e impaciência quando remetida no último terço do terreno defensivo, muito pelo contrário: Mantem os índices de concentração em alta, ocupação correta dos espaços, marcações sempre apertadas aos adversários não dando grande espaço/tempo para executar, sempre com excelente posicionamento defensivo.
De mencionar ainda a importância do guarda redes como recurso para o controlo da profundidade, sempre muito importante quando se joga com uma defesa tão avançada no terreno.
O previligiar do processo ofensivo
Ofensivamente equipa muito bem trabalhada:
- Saída a 3 defesas, neste jogo em concreto aproveitando a circunstância de jogar com Nelson Monte (defesa central de origem) mais sobre o lado direito
- Logo na 1ª fase de construção de jogo desde trás, procura-se jogar curto através dos defesas de forma paciente, gerindo a posse e circulação da bola com retirada das zonas de pressão, atraindo o adversário a subir para pressionar e tentando assim ganhar os espaços na frente, para saídas em velocidade (Nuno Santos, Dala e Taremi como referências)
Importância de ter Taremi como Avançado
As características do iraniano assentam que nem uma luva no modelo de jogo de Carvalhal, oferecendo várias soluções à equipa em vários momentos do jogo. Não terá sido um acaso que o próprio, logo no primeiro jogo da época, afirmou ter pedido um esforço extra para contar com o atacante no plantel para esta época:
- forte fisicamente para fornecer à equipa apoios frontais para puder “respirar” com bola, segurando o esférico e prendendo o central
- capacidade para recuar entre linhas para oferecer linhas de passe na frente
- rápido e veloz no aproveitamento dos passes colocados nas costas das defesas contrárias, não sendo raras as vezes que lhe permitem finalizar com apenas o guarda redes adversário pela frente
- Frieza no momento da finalização
Extremos como principais referências de saídas para contra-ataques rápidos
A presença no plantel de extremos com características idênticas, velozes, fortes no 1×1 e objetivos nos momentos de procurar a baliza adversária, juntamente com avançados também eles rápidos e fortes no explorar da velocidade (Carlos Mané é outro caso), não é por acaso. A equipa sabe e gosta de se sentir confortável quando tem a bola em seu poder, mas também sabe que necessita de ter esse tipo de jogadores que lhe garantam linhas de passe para puder sair rápido nas transições defesa-ataque quando os adversários lhe concede esses espaços.
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