Sevilla – A ideia e modelo de jogo de Lopetegui
“Tener el balón sin saber dónde y cómo utilizarlo puede volverse en contra.” Julen Lopetegui
A equipa liderada por Julen Lopetegui é um dos destaques da La Liga, posicionando-se em 2º lugar atrás do Real Madrid. Além da sua posição face à tabela pontual, é de destacar os (apenas) 16 golos sofridos esta época, com a melhor defesa da atual edição. O treinador espanhol na época passada fez o maior número de pontos do Sevilla no campeonato, com 77 pontos. Além disso, é atualmente o treinador com maior percentagem de vitórias na equipa do sul de Espanha, e com uma imbatibilidade de 81%, recorde no clube. (dados dezembro de 2021)
Ofensivamente é uma equipa que procura ligações entre o ataque posicional e o ataque rápido, como mais à frente iremos ver nos vídeos de análise. Num sistema de 4-3-3 clássico, são visíveis as seguintes dinâmicas:
- Procura por acelerar nos corredores laterais, com variação do centro de jogo com extremos e laterais em largura.
- Vantagens numéricas e espaciais nos corredores laterais
- Médios a darem superioridade nos corredores laterais, e sempre com sobreposição interior ou exterior dos defesas laterais.
A equipa do Sevilla muito raramente constrói e cria no corredor central. Isto traduz-se também nos poucos golos sofridos, porque o jogo é todo ele fluído com relações causa-efeito: as perdas de bola no corredor lateral, numa zona mais restrita e com a linha lateral por perto, facilita a transição defensiva e diminui o espaço ao adversário, em comparação por exemplo, a uma perda de bola no corredor central. A agressividade e rápida transição defensiva são também um fator de sucesso.
Em Organização defensiva, através de uma pressão alta, com imensas referências individuais, procurando duelos e ganhando as segundas bolas, e com indicadores de pressão muito bem definidos. Não obstante a alguns espaços face às referências individuais.
As Individualidades e contratações de inverno
Individualmente, os laterais da equipa fruto da ideia de jogo, são muito recrutados ofensivamente, de um lado o conhecido Acuña e do outro Gonzalo Montiel contratado ao River Plate por 11 milhões de euros. Não obstante, à qualidade reforçada de Ocampos e Papu Gomez, que em largura e com espaço para acelerar, dão imensa criatividade ao ataque de Lopetegui. Nota ainda, para a experiência de Rakitic e Fernando. Na defesa, dois centrais de um nível elevadíssimo, como Diego Carlos e Kondé.
As contratações de Martial e Corona encaixam que nem uma luva na ideia e modelo de jogo de Lopetegui: Procura pela profundidade, capacidade de acelerar com e sem bola. Não deixando de parte, pelo Mexicano, a sua qualidade psicológica no que diz respeito à reação à perda e agressividade.
Conclusões Gerais
A congruência entre o processo defensivo e o processo ofensivo é a grande chave da atual pontuação do Sevilla, combinada por uma excelente qualidade individual, fruto também do trabalho já conhecido do diretor desportivo Monchi. Um modelo de jogo equilibrado, com claras ideias para esse mesmo equilíbrio, com o destaque para a criação/construção nos corredores laterais, exponenciando também as individualidades.
Desde que Lopetegui chegou a Sevilla, o rendimento no campeonato por parte do clube tem sido assinalável, nota ainda para dois anos seguidos de idas à Champions League pela via do campeonato, nunca antes alcançado.
A frase inicial, concretiza toda a ideia de jogo de Julen Lopetegui.
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