Bruno Lage identificou os motivos que permitiram ao Portimonense marcar dois golos no último jogo, referindo que a falta de posse de bola e pressão insuficiente na segunda parte, permitiram ao adversário a conquista de bolas paradas que levaram perigo à equipa benfiquista.
Nos últimos anos, tanto treinadores como diversos estudos demonstram a importância da eficácia ofensiva e defensiva em situações de esquemas táticos para o sucesso no futebol de alto rendimento.
Dada a sua relevância, os esquemas táticos são cada vez mais analisados e preparados em contexto treino a fim de explorarem as fragilidades dos adversários e limitarem os seus pontos fortes, com o objetivo de trazerem vantagem em competição.
No caso do SL Benfica, já nos últimos jogos, ainda antes da interrupção das competições, era possível identificar algum decréscimo de eficácia em situações de pontapés de canto e livres laterais tanto ofensivos como defensivos, algo que acabou por ser explorado pela equipa de Paulo Sérgio.
A equipa técnica benfiquista utiliza nos esquemas táticos defensivos a defesa zona, (por vezes defesa mista definindo 1 ou 2 jogadores com referências individuais), efetuando algumas adaptações com base nos adversários. Normalmente posiciona mais jogadores na zona do meio da baliza para a frente, deixando os defesas centrais, Ruben Dias e Ferro (Jardel), e André Almeida mais perto do 2.º poste.
Sabemos que o objetivo da defesa zona é defender os espaços considerados fulcrais para a equipa, sendo assim possível deduzir que a equipa técnica benfiquista considera a zona do 1.º poste a mais fulcral ou frágil para defender, considerando que a capacidade individual no jogo aéreo dos jogadores ao 2.º poste será suficiente para solucionar os problemas nesse espaço. Normalmente também não coloca nenhum jogador a impedir/dificultar a movimentação vertical dos adversários posicionados na zona de penalty.
Não sabemos como Paulo Sérgio preparou as bolas paradas da sua equipa, mas seguindo o que foi possível observar nos últimos jogos do Benfica, podemos imaginar que o objetivo da equipa algarvia seria atacar a zona do 2.º poste, (menos preenchida por defesas contrários), tendo identificado essa zona como uma oportunidade a explorar (com base em observações anteriores).
Ao longo do jogo, foi possível confirmar que a oportunidade se mantinha, dado que não se vislumbraram adaptações defensivas por parte dos jogadores benfiquistas, o que acabou por permitir os dois golos da equipa algarvia.
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