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Após se terem encontrado no passado domingo, a contar para o campeonato, algo que a ProScout também analisou, os adeptos puderam deliciar-se com um novo clássico do futebol português, desta vez a contar para a primeira mão da Taça de Portugal.

O jogo acabaria com nova vitória dos encarnados, desta feita por 2-1, mas numa partida que viria a revelar-se completamente distinta, contando sempre com muita emoção, ou não se tratasse de um derby entre as duas principais equipas da capital portuguesa.

Um jogo mais tático e fechado e para isso muito terá contribuído o contexto em que estava inserido, uma eliminatória a duas mãos, onde os golos casa/fora pesam muito para uma passagem à tão desejada final em Maio no Jamor.

Será interessante começarmos esta análise pelas modificações que ambos treinadores pensaram para esta partida, procurando acima de tudo que não houvesse uma natural adaptação do adversário aos seus princípios/ideias de jogo, após 2 jogos seguidos entre os dois clubes com poucos dias de intervalo.

Keizer procurou contrariar esse facto, rodando a equipa. Colocou vários jogadores no 11 que não haviam jogado na partida anterior, tais como Luiz Phellype, Acuña, Jovane Cabral, Tiago Illori e Borja que pelas suas características poderiam trazer algo diferente ao modelo de jogo da equipa.

Já Bruno Lage procurou, mais do que colocar outros jogadores no onze, alterar alguns princípios de jogo da equipa a nível ofensivo em comparação com o jogo anterior entre ambos, como: Seferovic a realizar as desmarcações no lado do lateral esquerdo leonino na 1ª parte (ao invés de o fazer sobre o lado de Bruno Gaspar) procurando junto com as desmarcações de rutura e em velocidade de Salvio, explorar a falta de entrosamento próprio dos reforços Tiago Illori e Borja, isto municiados por passes de rutura muito bem executados pela figura do jogo Gabriel.

O treinador encarnado ainda passou Pizzi para o flanco esquerdo, procurando que continuasse a explorar as zonas interiores, quando os leões certamente estariam à espera que o fizesse mas do lado contrário, como habitualmente acontece nestes últimos tempos.

Ainda procurando um termo de comparação com o anterior derby, os da casa decidiram-se agora por recorrer a uma pressão média na 1ª parte, com uma agressiva pressão ao portador do esférico, quando a bola estava na posse dos médios centro Bruno Fernandes ou Wendel, não os deixando pensar e organizar jogo, obrigando os verde e brancos a quase não ter jogo interior no último terço e a ter de explorar sobretudo o corredor esquerdo, através de cruzamentos (realizados ora por Borja, ora por Acuña) para a área onde se encontravam para finalizar o ponta de lança e extremo do lado contrário. Com isto, o Benfica conseguiu sempre ter uma boa organização defensiva com linhas bem juntas e compactas, um pouco à semelhança do adversário que conseguiu desta vez, evitar que fosse aproveitado e explorado o espaço entre linhas que tantos problemas lhe haviam causado 3 dias atrás.

Ainda no primeiro tempo, assistiu-se a uma preocupação do médio defensivo Gudelj com a marcação a João Félix, procurando não conceder espaço para o jovem formado no Seixal puder desequilibrar. Somando a isto, o técnico holandês decidiu inverter o triângulo a meio campo, com Bruno Fernandes a atuar a par do trinco sérvio, com Wendel numa posição mais adiantada, tentando que o internacional português fosse capaz de pautar e pensar o jogo desde a sua 1ª fase de construção e em caso de pressão alta do oponente, a equipa conseguia sair dessa pressão sempre com critério.

Na 2ª parte, o Benfica opta por subir linhas e exercer uma pressão mais subida no relvado, forçando o Sporting a cometer erros e a perder mais bolas na sua 1ª fase de construção de jogo, algo que só com a chegada do 2-0 alterariam, passando novamente para um bloco médio/baixo, tendo em mente segurar um resultado que lhes seria mais favorável, sem conceder golos em casa.

Contudo, denotou-se a partir daí, alguma incapacidade para os extremos continuarem a ajudar a dupla de médios Samaris e Gabriel no processo defensivo, obrigando mesmo que ambos tivessem de defender à largura e a desposicionarem-se imenso, e talvez terá sido o motivo para que Lage colocasse em jogo o argentino Cervi, na tentativa de ter alguém que conseguisse prestar esse auxílio defensivo não só no corredor lateral, como também no corredor central, como comprova a falta que originaria o livre do 2-1 em zona central.

Para a 2ª mão em Abril, espera-nos mais um empolgante e emocionante derby no Estádio José de Alvalade, com a eliminatória ainda com tudo em aberto e por decidir.

To be continued…




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