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Southampton: a alta rotação dos Saints de Ings e JWP

A temporada 20/21 da Premier League tem sido das mais intensas dos últimos anos. A luta pelos lugares cimeiros prevê-se disputada até à última gota de suor e todos os clubes já mostraram ser capazes de roubar protagonismo às equipas do big-6.

Um desses emblemas é o Southampton, que depois da chegada de Ralf Hasenhüttl transfigurou o seu futebol e consolidou a sua presença na Premier League com um futebol atrativo e pragmático, capaz de vergar as melhores equipas da prova.

À 8.ª jornada, o Southampton encontra-se no último lugar de acesso à Liga dos Campeões. Porém, considerando a dificuldade em manter este posto, tudo o que passe pela integração da equipa nas provas europeias no próximo ano pode ser considerado uma grande temporada.

Modelo de jogo

Organização defensiva

O Southampton organiza-se num tradicional 4x4x2 em bloco médio alto. A primeira pressão fica a cargo dos dois homens da frente, Danny Ings e Che Adams, na tentativa de forçar o erro adversário. Estes aproximam aos centrais adversários, tapando a linha de passe ao médio mais recuado da equipa adversária, impedindo o passe vertical.

Em pressão declaradamente alta, os dois médios laterais encostam nos laterais e obrigam o adversário a bater a bola na frente sem grande critério. O movimento de pressão de Redmond – na esquerda – e Walcott/Armstrong – na direita – é feito sempre a partir do corredor central após a perceção de um indicador da pressão, como uma má orientação dos apoios na receção ou na forma como a bola é captada.

O Southampton não é equipa de se recolher e, talvez por isso, já tenhamos assistido a jogos com elevado número de golos como:

Southampton 2-5 Tottenham

Chelsea 3-3 Southampton

Aston Villa 3-4 Southampton

Organização ofensiva

Em organização ofensiva, a equipa divide o jogo de forma bem visível na primeira fase (construção) e na segunda fase (criação) do jogo. Na primeira fase, a bola é trocada pelos defesas através de passes curtos, até ser quebrada a primeira linha de pressão adversária. Nesse momento, é comum a procura de passes em profundidade que visem a rotura dos avançados no espaço.

Em primeira fase (no jogo com o Newcastle foi visível), a ausência de Ryan Bertrand e consequente integração de Stephens no corredor esquerdo fez mudar a forma como os Saints saíram a jogar. Aí, a equipa construiu jogo num híbrido entre três e quatro homens na linha mais recuada. As características maioritariamente defensivas do inglês resultaram numa assimetria face ao posicionamento dos dois defesas laterais, com Walker-Peters sempre mais projetado.

As figuras

A equipa do Southampton tem tido algumas das figuras em maior destaque da Premier League. Apesar do incremento de forma de Che Adams, da solidez defensiva emprestada por Vestergaard e do requinte técnico de Nathan Redmond, são James Ward Prouse e Danny Ings as figuras da turma de Hasenhüttl.

O avançado inglês, sobejamente conhecido pela sua apetência em marcar golos, leva cinco golos e duas assistências em sete jogos.

Danny Ings

Já JWP, que bateu o recorde de livres diretos marcados por um jogador ao serviço do Southampton (superando Matt le Tissier), assume a batuta do meio-campo da sua equipa e é responsável por toda a fase de criação. Os melhores momentos saem dos seus pés e o seu contributo para o modelo da equipa traduz-se nos três golos e uma assistência até ao momento, que lhe valeram a chamada à seleção principal dos três leões.

JWP


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