Qualificado directamente para a fase de grupos da Liga dos Campeões depois de um 2º lugar no campeonato, apenas a 3 pontos do campeão Real Madrid, o Barcelona estreou-se nesta edição da liga milionária com uma categórica vitória por 3-0 frente ao clube que foi seu carrasco na edição passada desta prova, a Juventus.
A formação de Valverde estrutura-se num 1-4-3-3, mas com pouca largura, com a equipa a posicionar-se praticamente no interior. Os laterais oferecem profundidade colocando-se em linha com os médios e são quem mais dão um pouco de largura ao jogo do Barcelona. No meio campo é clara a aposta no tridente Iniesta, Rakitic e Busquets e na frente o tridente Messi, Suarez e Dembele, com este último a funcionar como um extremo mais tradicional, enquanto que Messi fica sempre pelo centro a funcionar como um ‘10’ e Suarez mais numa função de avançado mais solto, jogando a partir de uma ala. Durante o jogo podemos ver algumas variantes, como Messi recuar para a linha do meio campo permitindo Dembele jogar desta feita em terrenos mais interiores e mais próximo de Suarez. Outra variante é Iniesta sair de posição e oferecer ajuda ao lateral Jordi Alba no flanco esquerdo de forma também a sacudir a pressão adversária e dar apoio ao colega, algo que foi visto neste jogo contra a Juventus.
Organização Ofensiva
No momento ofensivo o Barcelona estrutura-se em 1-4-3-3 e com os laterais projectados na frente o Barcelona tenta colocar 3 a 4 jogadores em zonas de finalização. Outra forma de construir do Barcelona é recuando Busquets para a zona da defesa formando uma linha de 3 enquanto os laterais sobem à linha média e Messi recua para completar o tridente do meio campo, ficando a equipa estruturada num 1-3-4-1-2 com Suarez e Dembele a assumir o ataque.
A formação catalã no processo ofensivo tem as linhas muito compactas e numa formação pouco larga de forma a jogar de forma curta e permitir uma rápida reacção à perda da bola colocando muitos jogadores na área perto da bola.
Na fase de construção a equipa catalã opta pelo ataque posicional, recorre frequentemente ao passe curto tanto em largura como para progredir pelo corredor central. O apoio frontal é dado tanto pelos médios, como pelos atacantes o que permite o portador da bola ter sempre (mais do que uma) linha de passe e assim a equipa mantém a posse de bola. Os centrais quando sobem com bola procuraram esticar logo para um dos avançados.
Numa fase mais adiantada deste momento de jogo, o Barcelona procura colocar na linha da área adversária 4 a 5 jogadores enquanto um jogador, geralmente Iniesta, Rakitic ou Messi tentam um passe a romper essa linha e isolar os colegas ou tentam combinar com um elemento presente nessa linha avançada para entrar com a bola na área e ficar na cara do Guarda Redes.
A variação de flanco é outra forma do Barcelona conseguir desequilibrar a defesa contrária e povoar a área adversária, colocando normalmente 4 jogadores em zonas de finalização.
Quando a equipa é muito pressionada e obrigada a jogar de forma muito recuada revela algumas dificuldades na construção curta, recorrendo ao passe longo como forma de alívio e o guarda-redes da formação grega sente algumas dificuldades nesta fase. Quando o Barcelona é obrigado a jogar de forma muito recuada, consegue sair a jogar utilizando o bom jogo de pés do Guarda Redes, bem como as várias linhas de passe dadas pelos centrais, médios e laterais, todos ou quase todos com boa capacidade no primeiro toque para ajudar a sair da pressão.
O Barcelona tem alguns elementos chave nesta fase do jogo, o insuspeito Messi, Iniesta e Rakitic mostram uma grande importância na fase de construção e também na transição, devido à capacidade de condução da bola, qualidade de passe e tomada de decisão.
Transição Ofensiva
Ao recuperar a bola, nesta fase o Barcelona procura iniciar os ataques rápidos sempre através de Messi ou Iniesta, colocando 2 a 3 jogadores à sua frente para a desmarcação.
A boa qualidade de passe do Guarda Redes do Barcelona, bem como dos seus defesas permite ao clube catalão criar rápidas transições procurando colocar imediatamente a bola nos avançados, normalmente Suarez é o mais procurado nesta situação.
Organização Defensiva
Em organização defensiva a equipa estrutura-se em 1-4-4-2, com os laterais a formar uma linha de quatro com os defesas centrais e Messi a aproximar-se de Suarez formando uma dupla. Quando o adversário muda o corredor a equipa do Barcelona roda e coloca um dos laterais a defender na linha do meio campo ficando a equipa estruturada num nítido 1-3-5-2.
Quando o Barcelona pressiona em bloco alto, Dembele e os médios interiores, Rakitic e Iniesta aproxima-se de Suarez e Messi, onde todos procuram uma referência fazendo uma marcação homem a homem asfixiando a saída do adversário e obrigar a bater longo.
Quando o adversário está a jogar pelo exterior, o Barcelona tenta com três jogadores tapar as linhas de passe do portador da bola, o objectivo é sempre o de criar superioridade numérica na área da bola.
Messi é o jogador do Barcelona que menos defende, ficando sempre por perto da zona da bola à espera de uma recuperação pois aí é o astro argentino que geralmente comanda as transições ofensivas da equipa. Por outro lado, Suarez e Dembele mostram mais compromisso na acção defensiva.
Transição Defensiva
O Barcelona joga com as linhas muito compactas e afunila a sua estrutura em função da posição da bola, o que permite aos catalães recuperar mais facilmente a bola.
O tridente do meio campo do Barcelona bem como os defesas centrais revelam um grande entendimento neste momento do jogo, reagindo rapidamente e eficientemente à perda da bola. Ao perder a bola, o Barcelona coloca imediatamente três jogadores a pressionar a saída do portador da bola, impedindo a sua progressão ou o passe, no entanto quando quebrada esta linha de pressão, mais especificamente em terrenos mais recuados, ou seja na zona defensiva do Barcelona, o vice-campeão espanhol revela algumas dificuldades em conseguir reagir principalmente quando os laterais já se encontram muito projectados no ataque, principalmente Jordi Alba que tem a função de fazer todo o corredor, o que deixa os defesas centrais expostos às investidas do adversário.
*Nota de imagem: Início da contrapressão do Barcelona no momento da perda de bola.
Bolas paradas defensivas
Nos cantos defensivos o Barcelona tende a fazer uma marcação mista, com 3 jogadores a defender à zona e 4 a 5 jogadores a fazer marcação ao homem.
Nos livres defensivos o Barcelona coloca toda a gente a defender menos Messi que normalmente se encontra à entrada da área para iniciar um eventual contra ataque.
Bolas paradas ofensivas
Nos pontapés de canto ofensivos, o Barcelona tem duas formas de abordar este momento do jogo e tem dois jogadores para executar. Quando é Messi o homem a bater o pontapé de canto, a bola é sempre colocada de forma tensa ao primeiro poste ou mais para o meio da pequena área, nesta situação podemos verificar 3 jogadores do Barcelona a tentar estorvar a acção defensiva do adversário, recorrendo por vezes a bloqueios, enquanto que 2 jogadores tentam atacar a bola ao primeiro poste ou no centro da pequena área, normalmente sempre jogadores com qualidade técnica para finalizar com um toque. Quando é Rakitic a bater, a bola é enviada mais longa para a zona do 2º poste e Piqué é o homem procurado pelo médio croata, no entanto Suarez também pode ser solução aqui. Podemos verificar aqui menos jogadores do Barcelona na área, com 2 jogadores a tentar arrastar marcações e a estorvar a acção defensiva do adversário e 2 jogadores, principalmente Piqué a atacar a bola na zona do segundo poste.
Nos livres ofensivos o Barcelona coloca 4 a 5 jogadores a atacar a área adversária, onde Umtiti é quem faz a investida por fora tentando chegar ao 2º poste e Piqué de forma mais agressiva inicia o ataque à área de um posição mais recuada. Iniesta coloca-se fora da área dando cobertura bem também como opção de passe caso o livre seja batido de forma curta e ainda Dembele que se coloca ao lado do executante podendo levar a bola caso seja batido de forma curta, por vezes também pode executar mas o mais comum é serem Messi e Rakitic são os homens dos livres tal como nos cantos.
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