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Sporting Las(k)timável fora da Europa

O Sporting hipotecou a presença europeia ao ser goleado em casa pelo LASK Linz (1-4) e muito da derrota se deveu a erros defensivos primários. Os leões sofreram golos muito consentidos e podem apenas queixar-se de si mesmos neste desastre europeu.

A equipa de Rúben Amorim mostrou-se sólida defensivamente nos dois primeiros jogos da temporada e ao terceiro borrou a pintura, com laivos de amadorismo na altura de proteger a sua baliza.

O primeiro golo do LASK nasce de uma bola parada. Ao canto batido à direita do ataque, o Sporting respondeu com 10 jogadores no interior da sua área, oito em marcação direta ao adversário. Desses 10 jogadores, apenas um saltou para disputar a bola: Nuno Mendes, que acabou batido por Gruber ao primeiro poste.

Nuno Santos também teve um papel decisivo nesta jogada, ao encarregar-se da marcação a Trauner. Assim que o pontapé foi batido, o extremo leonino afastou-se do jogador, deixou-o sozinho e encaminhou-se para a entrada da área, alheando-se totalmente do lance. Não é um cabeceador exímio, é certo, mas pedia-se que no mínimo tentasse estorvar a ação do seu adversário direto.

Péssima abordagem individual e coletiva da equipa de Alvalade a este momento defensivo.

O início do fim começou com o segundo golo dos austríacos. Wendel perde a bola no meio-campo adversário e Feddal dá início a um rol de erros individuais que ditaram o desfecho da jogada.

Com a bola descoberta (leia-se com a possibilidade de progressão em passe ou condução do adversário), Feddal devia ter continuado a correr na direção da sua baliza, retirando a profundidade e o espaço nas costas da defesa ao adversário. Não o fez, travou o seu movimento e tentou uma abordagem impetuosa para recuperar a bola em terrenos mais avançados.

Ainda assim, Porro podia e devia ter abordado melhor o cruzamento no interior da área. Numa primeira fase no cabeceamento, que falhou, e depois ao virar as costas à bola no momento da finalização de Raguz.

Nota ainda para a lentidão de Nuno Mendes na recuperação defensiva na primeira fase da jogada, que permitiu (com Feddal) uma situação com dois homens a aparecerem no corredor lateral em profundidade.

Como o terceiro golo foi obtido de livre direto, saltamos para a análise do quarto golo, que revela bem o desnorte da equipa de Alvalade. Aqui temos de analisar individualmente a ação dos jogadores do Sporting.

Nuno Mendes – Perdido na jogada, a deixar todos os adversários em jogo por larga margem.

Feddal – Esquece o jogador mais próximo e (mais uma vez) tenta aproximar a outro adversário que fez movimento de costas para vir buscar no pé.

Luís Neto – A bola passa-lhe perto do pé com tremenda facilidade e nem esboça um movimento. O espaço entre ele e Feddal é quase pornográfico.

Porro – A ser bloqueado por um jogador adversário junto à linha lateral, não fez tentativa de recuperação do espaço.

Wendel e Matheus Nunes – Limitaram-se a defender com o olhar, deixando todo o espaço necessário para que a jogada prosseguisse. No caso de Wendel, não aproximou ao portador da bola, no caso de Matheus Nunes, não aproximou da jogada.

A nível de posicionamento e abordagem, este golo podia ser um caso de estudo no âmbito de como não se deve defender. De qualquer forma, tendo em conta as circunstâncias do jogo como o resultado ou a equipa estar reduzida a dez unidades, percebe-se a falta de ‘cabeça’ dos jogadores leoninos.



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