Sporting x Besiktas: Pote abriu a porta guardada por Topal
O Sporting voltou a vencer o Besiktas, agora por 4-0, e tem o playoff da Liga Europa assegurado. O resultado permite ainda sonhar, em caso de vitória por 2 ao Borussia Dortmund em casa, com os 1/16 da Liga dos Campeões, fase que atingiu apenas uma vez na história.
Com o resultado construído na primeira parte – 3-0 ao intervalo- os leões puderam gerir na segunda parte, e ainda descansar alguns jogadores para a deslocação a Paços de Ferreira, agendada para o próximo Domingo.
Em relação ao jogo, o Sporting alternou entre um bloco baixo (5x4x1 em meio-campo defensivo) e uma pressão alta em 5x2x3, pela primeira vez com alta taxa de sucesso nesta edição da Liga dos Campeões. Recorde-se que a pressão fora um dos calcanhares de aquiles na derrota copiosa frente ao Ajax, e também abriu espaços no jogo de Istambul que certamente não agradaram a Rúben Amorim.
Defensivamente, o Besiktas montou o seu experiente meio-campo {média de idades de 35 anos) com um duplo pivot. Topal sempre nessa função, Souza e Hutchinson alternavam do outro lado. E foi mesmo por aí que se desbloqueou o jogo a favor do Sporting.
E porquê? Com uma explicação simples. O Duplo pivot visava apenas controlar os movimentos interiores de Sarabia e Pote, com missão específica para Topal: não perder Pote de vista. Durante a primeira parte foi visível e repetido o jogo de pares entre os dois, quase sempre com vantagem para o português.
Acusado muitas vezes de se alhear do jogo, Pote provou que é mais que um jogador de números. Percebeu perfeitamente a ação do seu adversário direto e trocou-lhe as voltas através da rotação de pescoço momentos antes de receber a bola para decidir se podia ganhar a profundidade ou era altura de jogar de costas.
Mais, Pote abriu espaço aos seus colegas arrastando a marcação de Topal, pois sempre que a bola chegou ao seu corredor (direito), a presença de Topal permitiu que o lateral Ridvan Yilmaz pudesse encurtar distâncias, primeiro para Porro e depois para Esgaio. A saída de Pote daquela zona abriu espaço, como fica visível no exemplo, aos movimentos de rotura de Matheus Nunes, entre outros.
O Sporting foi eficaz na gestão do jogo, frente a um adversário que o deixa muitas vezes na sua situação de conforto: o ataque à profundidade. Aí, a turma de Amorim é exímia e castiga defesas subidas que não tenham um bom controlo do espaço nas costas. Se coletivamente o faz bem, ainda o faz melhor quando anda um adversário, quase sem critério, atrás de um dos seus melhores jogadores, para onde quer que ele vá.
Para todos os clubes, treinadores, jogadores, olheiros, agentes, empresas e media que queiram saber mais sobre os nossos serviços de scouting, não hesitem em contactar-nos através de mensagem privada ou do nosso email geral@proscout.pt.