Twente – Benfica: águia nos Países Baixos à procura da história
Depois de ter superado a primeira ronda em Sarajevo, o Benfica está de regresso à Liga dos Campeões já esta terça-feira. As águias arrancam o embate da segunda ronda, a última antes da fase de grupos, na deslocação aos Países Baixos para enfrentar o FC Twente.
A uma eliminatória de fazer história e atingir a fase de grupos da renovada Liga dos Campeões, que estreia um novo formato, a equipa da Luz vai ao estrangeiro em busca de um resultado que deixe a eliminatória bem encaminhada para depois ser resolvida em solo nacional. Para percebermos melhor o que espera a equipa de Filipa Patão esta terça-feira, fomos analisar como joga o FC Twente.
Tendo por base a análise do último encontro amigável da equipa holandesa, frente ao FC Köln, e a análise do primeiro embate na Liga dos Campeões, frente ao FC Nike, podemos assumir que o FC Twente atua num 4x2x3x1. Na imagem abaixo podem ver o onze provável da equipa holandesa.
No que toca à filosofia de jogo, o FC Twente é uma equipa fiel ao estilo holandês, que procura dominar através da posse de bola e praticar um futebol ofensivo. A equipa holandesa joga com a linha defensiva alta e recorre muitas vezes aos corredores para tentar desequilibrar. As duas laterais dão muita profundidade, aproveitando que as extremos jogam mais por dentro e em organização ofensiva a equipa apresenta-se muitas vezes numa espécie de 2x4x2x2.
A construção do Twente é sobretudo por fora, fazendo uso da profundidade conferida pelas laterais, mas também há capacidade das holandesas em jogar por dentro do bloco contrário. Giesen e Van Dooren são importantes nesse aspeto, já que são elas que procuram muitas vezes o espaço para receberem a bola nas costas das médios contrárias, ou até Kalma quando recua no terreno. Dijkstra e Van Es apresentam-se como duas centrais com qualidade na construção e conseguem descobrir facilmente esse passe em vários momentos.
Vejamos o primeiro golo do FC Twente frente ao FC Nike como exemplo. As defesas centrais incluídas na construção, as interiores a procurar espaços dentro do bloco para receber e a facilidade de Van Es e Dijkstra em descobrir essas linhas de passe. Na reta final, Kalma baixa para receber e Stolze rompe no espaço para receber da companheira e fazer o golo.
Regressando ao aspeto das laterais, estas assumem um papel especialmente importante no ataque do FC Twente, nomeadamente na decisão. A equipa holandesa gosta de circular a toda a largura e de bascular constantemente até encontrar o espaço para ferir as adversárias, sendo aqui que as laterais se revelam importantes, já que conferem sempre essa largura e permitem que as extremos joguem mais por dentro e sejam mais opções para finalizar na área. Com Kalma, Stolze — que se junta à avançada — e as extremos por dentro, o FC Twente apresenta sempre muita gente na área contrária para corresponder aos cruzamentos, como comprova o vídeo de mais um golo das holandesas frente ao FC Nike.
O FC Twente apresenta um bom desafio à equipa do Benfica, mas não um desafio impossível de ultrapassar. Prevê-se uma eliminatória equilibrada, mas com possibilidades reais para a equipa portuguesa de chegar à fase de grupos da prova.
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