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Vantagem escassa para tanto domínio

Roger Schmidt repetiu o onze inicial da recente vitória no Estádio do Dragão e o Benfica teve uma excelente entrada em jogo. Os encarnados assumiram desde cedo o controlo do jogo, com o 5x3x2 da Juventus a ter muitas dificuldades em ser eficaz no momento de pressão. O posicionamento aberto e recuado dos laterais Bah e Grimaldo, articulado com os movimentos interiores de João Mário e Aursnes e com os ataques à profundidade de Rafa e Gonçalo Ramos, que afundavam o trio de centrais da Juventus, originaram muita indefinição na organização defensiva dos italianos, com o Benfica a chegar de forma natural à vantagem, através do cabeceamento de António Silva.

A Juventus demonstrou capacidade de reação imediata e repôs o empate na sequência de um canto, mas o Benfica recuperou de imediato a vantagem, com João Mário a concretizar de penalti. Mesmo em vantagem no resultado, o Benfica insistiu numa postura pressionante e dominante, mantendo uma intensidade elevada na circulação de bola. Rafa esteve em evidência, sendo o maior desequilibrador dos encarnados, maioritariamente pelas investidas em condução de bola pelo corredor central e bisou, ficando com o Benfica com uma vantagem confortável de 3 golos.

Na gestão da vantagem no marcador, a equipa de Roger Schmidt demonstrou competência defensiva e capacidade de pressão alta, muito pela capacidade da linha defensiva assumir a igualdade numérica de 4×4, com Bah e Grimaldo a controlar os alas Cuadrado e Kostic, enquanto António Silva e Otamendi ficavam encarregues dos avançados Vlahovic e Milik. A possibilidade de o Benfica manter muitos jogadores em zonas adiantadas no momento de pressão valeu várias recuperações de bola e ocasiões para voltar a marcar.

E, quando o jogo parecia estar decidido, surgiu Iling. O inglês acrescentou muita capacidade de aceleração e desequilíbrio individual pelo corredor esquerdo, com Bah a ter dificuldades em perceber a melhor forma de o controlar. Iling criou os lances do 4-2 e do 4-3, mas em ambos Bah teve uma abordagem pouco cautelosa ao praticamente forçar o extremo da Juventus a assumir o 1×1, ao invés de aguardar por apoio de Florentino ou Neres para a criação de uma superioridade numérica de 1×2.

Vitória sofrida até final, mas que teve tanto de justa como de fundamental no apuramento para a fase a eliminar.



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