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O Red Bull Salzburgo, campeão da Liga Austríaca na época 2016/17, será o primeiro adversário do Vitória SC na presente edição da Liga Europa. Consideramos assim pertinente efetuar uma análise à equipa austríaca antes da 1ª jornada da fase de grupos da Liga Europa.

Na presente época, nas eliminatórias da Champions League, o Salzburgo eliminou o Hibernians FC mas não conseguiu superar o HNK Rijeka depois de um empate a uma bola em casa e um nulo na Croácia. Com essa derrota, a equipa orientada por Marco Rose seguiu o seu percurso nas competições europeias na Liga Europa onde ultrapassou o FC Viitorul na 4ª eliminatória por 7-1 no conjunto das duas mãos. Actualmente, ocupam o 2º lugar da liga com 14 pontos, 4 vitórias, 2 empates e 1 derrota.

A equipa parte de um 1-4-4-2 losango, com a linha defensiva a participar na fase de construção através do guarda-redes, Walke, e os dois centrais, Paulo Miranda e Caleta-Car. Os laterais, Lainer e Ulmer, apresentam uma grande propensão ofensiva, aproveitando os movimentos interiores dos dois para oferecerem largura à sua equipa. O médio defensivo, Samassekou, garante a consistência e o equilíbrio defensivo. No meio campo Berisha e Haidara têm capacidade para definirem o jogo na fase de criação e imprimirem velocidade no momento ofensivo. À frente da dupla de médios interiores aparece o jovem Wolf com uma qualidade ímpar e um dos responsáveis pela conquista da UEFA Youth League a época passada frente ao SL Benfica com duas assistências na final. Um jogador que gosta de assumir o jogo e romper pelo meio em direcção às zonas de finalização. Na frente de ataque a dupla composta por Guldbrandsen e Dabbur com apostam na velocidade e mobilidade para criarem situações de golo. Uma equipa que promove a circulação a partir de trás, verticalidade e pressão bem definida, com uma dinâmica muito idêntica à que a equipa de juniores apresentou no percurso da UEFA Youth League, uma vez que Marco Rose foi o técnico responsável por essa conquista histórica.

As constantes lesões têm sido um obstáculo à equipa austríaca esta temporada. Para o jogo desta quinta-feira, o Salzburgo não poderá contar com a presença do seu goleador Hee-Chan Hwang que conta com 7 golos em 12 jogos.

Organização Ofensiva

A ideia de jogo passa pela valorização da posse de bola a partir da fase de construção. O guarda-redes, Walke, procura um dos centrais, normalmente, Caleta-Car, para que este possa definir com qualidade e critério.

Os dois laterais apresentam uma grande capacidade ofensiva, oferecendo largura e profundidade e explorando os espaços que os médios interiores promovem para as suas entradas.

A linha média composta por Samassekou, Berisha e Haidara demonstra capacidade para controlar o jogo e jogarem um futebol apoiado e de passes curtos. Promovem o jogo interior sempre com linhas de passe mas também apresentam qualidade para se fixarem na linha e serem soluções a um jogo com maior largura.

Na fase de construção, o Salzburgo opta preferencialmente pelo ataque posicional mas em situações de maior pressão, os centrais e os laterais não inventam e colocam a bola na referência ofensiva, por vezes sem qualquer critério.

 O Salzburgo tem como ponto forte a capacidade de progressão com bola pelo corredor central. Os médios conseguem romper entre linhas com e sem bola, oferecendo sempre linhas de passe e promovem as trocas posicionais, dificultando a acção defensiva dos adversários. A dupla de avançados tem facilidade em recuar no terreno e arrastar a marcação dos oponentes, abrindo espaços para a entrada dos médios interiores ou de Wolf.

A velocidade e capacidade de percorrer todo o flanco fazem com que Lainer seja um lateral a ter em conta, uma das referências da equipa na fase de criação. Samassekou é um jogador a ter em conta na manobra ofensiva da equipa. Dinâmico, rápido e com capacidade física para marcar a diferença. Consegue sair da marcação mesmo quando pressionado e progredir em posse. Berisha e Haidara, com características distantas, também são jogadores chaves. O médio do Kosovo apresenta características mais técnicas enquanto o maliano é um jogador mais evoluído fisicamente. Wolf também é um dos destaques pela criatividade e irreverência que apresenta aos 18 anos.

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Transição Ofensiva

A capacidade física dos seus jogadores mais ofensivos, através da velocidade e força, faz com que o Salzburgo explore as transições ofensivas para criar situações de perigo ao adversário.

Os laterais não hesitem em progredir com bola quando têm espaço para depois servirem as referências ofensivas no pé ou nas costas da defensiva contrária. Berisha também aproveita os espaços interiores para conduzir e soltar nos colegas para finalizarem.

 

Organização Defensiva

No momento defensivo o Salzburgo aposta no 1-4-3-1-2 com os médios interiores a formarem uma linha juntamente com Samassekou que se apresenta como o relógio defensivo da equipa. É ele que define o timing de pressão e as zonas da mesma. Quando ele sai no adversário, o resto da equipa acompanha.

Os austríacos privilegiam a organização defensiva, deixando o adversário saindo em condução para depois pressionarem na linha do meio campo, assegurando em primeiro lugar a consistência e o equilíbrio do processo defensivo.

Sentem dificuldades em momentos em que os adversários atacam através dos corredores laterais. Os médios interiores procuram muito o espaço central e não acompanham devidamente as subidas dos laterais, provocando situações de inferioridade numérica contra o lateral.

Os centrais costumam seguir as referências individuais, nomeadamente o Paulo Miranda, o que abre espaço nas suas costas para o adversário explorar como aconteceu no golo sofrido contra o FC Viitorul. Paulo Miranda acompanha o avançado e ninguém fechou o seu espaço, resultando no golo do empate.

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Transição defensiva

A exposição ofensiva do Salzburgo faz com que sintam dificuldades no momento da recuperação. A propensão dos jogadores mais ofensivos abrem espaços na organização defensiva que por vezes é colmatado com a forte reação à perda por parte dos jogadores mais adiantados.

Quando a pressão para condicionar as saídas rápidas não resultam, a equipa de Marco Rose fica vulnerável aos contra ataques do adversário que explora o espaço deixado nas costas dos laterais e a ausência de uma compensação por parte dos médios interiores.

A boa leitura e velocidade dos centrais e médio defensivo permitem com que a equipa recupere muitas bolas e o seu posicionamento defensivo mas ainda assim com situações de inferioridade numérica em momentos de transição.

Bolas paradas ofensivas

Nos pontapés de canto, o Salzburgo coloca entre 5 a 6 jogadores na grande área. Um dos centrais ou avançados à procura do desvio ao primeiro poste, dois jogadores dentro da pequena área e outros dois a atacarem o espaço. De forma mais posicional dois elementos fora da grande área, um a oferecer um apoio curto e outro à espera de uma segunda bola. Nos livres frontais, Berisha ou Ulmer são os marcadores de serviço e procuram bater directo na baliza.

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Bolas paradas defensivas

Defesa mista mas preferencialmente HxH, tanto nos livres como nos cantos. Nos livres laterais a equipa procura as referências mas ao mesmo tempo garante uma linha defensiva estável, promovendo algum espaço nas costas e no segundo poste o que pode ser considerado uma fragilidade. Nos cantos, o Salzburgo procura colocar dois homens na zona do primeiro poste, um no segundo poste e outro fora da área, sendo que os restantes marcam as suas referências.

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