Os Toffees foram a equipa que desde cedo assumiram o jogo e começaram a construir a partir de trás com o Wolves a assumir uma postura mais apreensiva. A equipa de Marco Silva mostrou ser um conjunto equilibrado e bem compacto até ao momento da expulsão de Jagielka.
Everton FC: paciência na construção e explosão no ataque
Do ponto de vista ofensivo, o Everton procurou através da envolvência dos seus laterais, Baines e Coleman, criarem situações de desequilíbrio. Um futebol mais apoiado e de combinações com paciência na forma como chegavam à baliza defendida por Rui Patrício. Marco Silva optou por um 4-2-3-1 com Richarlison e Walcott como extremos e Sigurdsson no apoio a Tosun. Gueye e Schneiderlin como pivots defensivos. A procura constante pelos corredores laterais mostram um Everton com capacidade para desequilibrar nas faixas. O primeiro golo surge na sequência de um livre e o segundo através de uma combinação a três após um lançamento lateral.
A nível defensivo, o Everton montou uma excelente estratégia para a visita ao terreno do Wolves. A ideia passou por descobrir o jogador de menor capacidade técnica e libertá-lo assim para a função de organizador do jogo ofensivo do Wolves. Todos os restantes jogadores tinham marcação apertada, com excepção de Boly que assim jogando de forma mais livre era obrigado a subir no terreno para iniciar os ataques da sua equipa. O Everton tirou partido da falta de capacidade de construir do central francês e com isso conseguiu recuperar muitas bolas no seu meio-campo ofensivo. Uma pressão eficaz e inteligente por parte dos pupilos de Marco Silva que além desta situação também pressionavam de forma constante em todo o campo e de forma intensa.
A nível individual destaque para Richarlison que parece um jogador novo com Marco Silva. Uma fórmula que parece estar destinada ao sucesso na Premier League. O extremo brasileiro fez 2 remates e marcou 2 golos. Gueye foi um dos destaques pela sua capacidade de acerto no passe, 92% de eficácia em 50 tentativas. Defensivamente, Coleman foi o jogador que teve mais trabalho uma vez que Jota (extremo esquerdo do Wolves foi um dos jogadores mais irreverentes da sua equipa). O lateral irlandês completou 7 desarmes em toda a partida.
Wolverhampton Wanderes: futebol directo à procura de Jiménez
O Wolves até foi a equipa que mais remates fez na partida (10 contra 5 do Everton) mas nem todos foram com critério e enquadrados na baliza de Pickford. A equipa de Nuno Espírito Santo alinhou num 3-4-3 com Hélder Costa e Diogo Jota como extremos no apoio a Raúl Jímenez. No meio-campo destaque para a dupla portuguesa João Moutinho e Rúben Neves.
O Wolves sentiu sempre muitas dificuldades em entrar no bloco do Everton, primeiro porque a equipa de Marco Silva pressionava alto e dificultava a fase de construção mas também porque quando conseguiam passar a primeira fase de pressão o Everton rapidamente se organizava com duas linhas de 4 jogadores. A solução passou por um futebol mais directo à procura do avançado mexicano que está emprestado pelo SL Benfica, Raúl Jímenez.
Com dificuldades para entrarem no bloco adversário, o Wolves procurava jogar de forma longa a partir de trás ou então com os seus dois médios alas, Doherty e Jonny, ou até mesmo da dupla portuguesa Moutinho & Neves. O primeiro golo surgiu por intermédio de Rúben Neves que promete ser um caso sério esta temporada na Premier League. O golo do empate já perto do fim, surge num dos poucos lances em que Rúben Neves consegue ter espaço para colocar a bola nas costas da defesa do Everton e encontrar Jímenez livre de marcação. A equipa de Wolverhampton também apostou muito em transições rápidas por intermédio de Diogo Jota e Hélder Costa.
O Wolves subiu de produção após os 40 minutos com a expulsão do central adversário Jagielka. Rúben Neves marcou na sequência de um livre directo e a partir daí a equipa orientada por Nuno Espírito Santo subiu as suas linhas, pressionou mais em cima e começou a circular a bola com maior critério.
A nível defensivo a equipa sentiu algumas dificuldades para definir os momentos de pressão. Jímenez por vezes pressionava de forma descoordenada com os restantes elementos da sua equipa mas era ele que ditava o timing da pressão. Com a sua disponibilidade física e também com a ajuda de Hélder Costa e Diogo Jota, o Wolves começou a pressionar de forma mais constante na segunda parte e a dificultar a saída do Everton.
Individualmente, Jímenez foi sempre o jogador mais perigoso da equipa da casa com 3 remates, 2 deles enquadrados com a baliza. Mas quem encheu o campo foi mesmo a dupla portuguesa. Moutinho completou 66 passes com 94% de eficácia, ao passo que Rúben Neves somou 94 passes e 82% de eficácia, sendo que 4 deles foram passes chave. Uma dupla de médios que prometem conquistar a Premier League 2018/2019.
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