Longe vão os tempos, em que o Império Romano dominava e controlava todo o Mundo, marcando uma época na História Mundial.
Em tempos mais recentes que esse, o clube da Capital enchia os seus “Tiffosi” de um orgulho imenso, com conquistas de “Scudettos”, participação numa final da Liga dos Campeões, Taças de Itália, plantéis respeitados e de qualidade inegável. Pelos corredores do Estádio Olímpico passaram nomes como Gabriel Batistuta, Montella, Emerson, Totti, Cafu, Candela, Cassano, Di Biagio, Salah, entre tantos outros…
Na temporada 2000-2001, com o conceituado Fabio Capello como técnico, consegue surpreender tudo e todos com a sua última conquista do campeonato e uma equipa temida por toda a Europa.
Tempos de hegemonia e glória, em comparação com o antigo Império Romano, que foi aos poucos perdendo força. Hoje em dia, a AS Roma procura construir uma equipa rejuvenescida e que possa vir a lutar por títulos num futuro que se espera próximo.
É neste contexto que iremos de seguida, analisar o próximo adversário do Futebol Clube do Porto na Champions League.
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
– Realização de uma pressão média e procurando sobretudo manter o rigor e equilíbrio posicional.
– Trio central composto por Fazio (1,95m/central), Marcano (1,89m/central) e Nzonzi (1,96m/medio defensivo), são muito fortes fisicamente e sobretudo no domínio do jogo aéreo. Tudo o que seja cruzamentos executados pelo ar para a área, são facilmente controlados e anulados.
– Dupla de centrais, também muito devido às suas características físicas, são algo lentos, forçando a equipa a jogar com uma linha defensiva mais recuada e sofrendo em demasia com bolas colocadas nas suas costas em passes/desmarcações de rutura em velocidade.
– Presença de Cristante e Zaniolo como médios centrais ambos com características de médios mais posicionais, permite à equipa ter mais equilíbrio e posicionamento defensivo.
-Muitas dificuldades no controlar dos espaços entre lateral-central, tanto fora como nas marcações realizadas dentro da área.
TRANSIÇÕES DEFENSIVAS
- Momento de jogo em que a equipa sente mais dificuldades, sobretudo devido às características dos seus jogadores.
– Lentidão dos centrais não ajuda a controlar a profundidade e ataques rápidos/transições ofensivas dos adversários.
– Alguma falta de velocidade dos médios Cristante e Zaniolo neste momento, ajuda a que equipa sinta dificuldades contra equipas velozes ofensivamente
– Importância do médio defensivo Nzonzi neste momento, em que sendo rápido na transição, consegue fazer um acompanhamento em velocidade dos lances de contra-ataque adversários. Pode no entanto, ajudar mais aos equilíbrios defensivos da equipa neste momento de jogo, como “box-to-box”.
TRANSIÇOES OFENSIVAS
– Momento mais importante no processo ofensivo da equipa, dado sobretudo às características dos seus jogadores de ataque Kluivert, El Shaarawy, Schick, Florenzi, Perotti, Under.
– Equipa vive muito de lances individuais sobretudo dos seus extremos que procuram constantemente, lance de 1×1 e penetrações na área em velocidade e com bola controlada.
-Nzonzi actuando como N.8, consegue atribuir maior transporte de bola e ligação defesa-ataque em velocidade.
– Procura utilizar uma pressão mais posicional e média/baixa no processo defensivo, para no momento de recuperação de bola conseguir ter os espaços livres necessários para puder explorar a velocidade dos homens da frente.
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
– Importância do avançado Dzeko neste momento, ao conseguir recuar para o espaço “entre-linhas” adversárias, conseguir segurar a bola, rodar para a baliza, soltar a bola para equipa puder continuar a construir de forma apoiada enquanto se desmarca para zonas de finalização, ou então conseguir tabelas pedindo o explorar da profundidade por parte dos extremos, conseguindo passar para as costas dos laterais contrários.
– A presença de 2 médios centro mais posicionais do ponto de vista defensivo, e embora tendo uma boa qualidade de passe e remate de meia distância, não garante à equipa a criatividade técnica e visão de jogo no último terço do terreno que a equipa necessita.
– Talvez com a presença no onze de Javier Pastore, consiga resolver o ponto anterior e ser o garante de mais qualidade de visão de jogo e ter um homem capaz de pautar o jogo ofensivo da equipa com qualidade e criatividade técnica.
– Importância do já veterano lateral Kolarov no processo ofensivo, no que diz respeito a cruzamentos certeiros para a área, explorando o grande capacidade de finalização/jogo aéreo do Bósnio Edin Dzeko, e dos seus poderosos remates de média distância que dão muitas vezes em golo!
– Importância dos extremos ( sobretudo o Egípcio El Shaarawy) nas diagonais e penetrações na área com bola controlada em velocidade, com apurada capacidade de finalização, jogando ambos com os “pés trocados” para fomentar esse tipo de movimentos.
BOLAS PARADAS
– Dada a estatura de alguns elementos como Dzeko, Nzonzi, Fazio, Marcano, a equipa consegue criar muito perigo em cantos e livres laterais ofensivo, bem como controlar e defender lances de bola parada aéreos adversários.
– Importância de Kolarov nos livres directos, quase sempre batidos em força e com boa colocação.
Desta feita, parece-nos que dentro dos adversários que poderiam calhar em sorte ao atual campeão português nestes oitavos de final da Liga dos Campeões, este plantel romano será aquele que apresenta mais pontos “fracos” a explorar e por depender demasiado das suas individualidade do ponto de vista ofensivo, aquele que mais facilmente pode ser controlado. Ainda de mencionar o facto de que em 13 jogos realizados para o campeonato italiano, apresentou 13 equipas titulares diferentes, nunca repetindo a mesma equipa, o que pode demonstrar alguma falta de entrosamento, rotinas e automatismos tão necessários para o evoluir do seu modelo de jogo.
Contudo, não deixa de ter um plantel com jogadores talentosos e que ainda no ano transacto conseguiram atingir as meias de final da prova!
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