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FC Porto x Rangers

O FC Porto empatou em casa 1-1 com o Rangers, golo apontado por Luis Díaz. A equipa portuguesa entrou melhor no jogo, chegando por várias vezes a zonas de finalização, alcançando a vantagem através de um grande golo num remate exterior do extremo colombiano. O Rangers reagiu bem à desvantagem no marcador, chegando pouco depois ao empate através de um ataque rápido e apresentou-se com mais argumentos ofensivos na 2ª parte.

Um dos momentos do jogo foi precisamente o golo do empate apontado pelo também colombiano Alfredo Morelos. Na situação em questão, a bola encontrava-se na primeira fase de construção do Rangers, com o FC Porto organizado em 4-4-2, num bloco médio. Após a equipa escocesa iniciar a variação de jogo através do central esquerdo Helander, o médio interior esquerdo Kamara faz um movimento em apoio na zona do lateral esquerdo Barisic que estava projetado. Este movimento atrai a marcação de Otávio, abrindo a linha de passe interior para o extremo Ryan Kent, uma vez que Uribe ainda não tinha chegado para impedir esta linha de passe. Após o passe entrar entre as linhas defensiva e média do FC Porto, estava criada a situação de superioridade 2vs1 no corredor lateral (Kent e Barisic vs Corona).

Destaque ainda para a inteligente movimentação do extremo esquerdo Ryan Kent ao aproximar-se de Corona antes de fazer o movimento em apoio, para posteriormente arrastar o lateral portista da sua zona e abrir espaço no corredor lateral para Barisic, para facilitar a progressão deste. De realçar ainda a forma como o avançado Morelos se posicionou no lado cego de Marcano para criar indefinição neste relativamente à forma como deveria abordar o lance.

Arsenal x Vitória SC

O Vitória SC vendeu cara a derrota frente ao Arsenal na 3.ª jornada da fase de grupos da Liga Europa, tendo estado a vencer por duas vezes e permitindo a reviravolta dos ingleses apenas nos últimos 10 minutos de jogo, através de dois livres diretos.

A equipa vimaranense apresentou-se no Emirates Stadium com uma organização defensiva extremamente competente e capaz de bloquear o jogo interior dos ingleses. Com uma estrutura base no momento defensivo em Gr-4-1-4-1, em bloco médio baixo, mas com os seus interiores, Denis e André Almeida a assumirem uma linha defensiva à frente dos extremos o que condicionava de forma muito competente a construção por Lucas Torreira e Joseph Willock, obrigando o Arsenal a jogar pelos corredores laterais ou procurar a profundidade, sempre muito bem controlada pela linha defensiva vimaranense.

Quando a bola entrava nos corredores laterais, Davidson e Marcus Edwards ora efetuavam movimentos rápidos de aproximação, impedindo a progressão pelo corredor e permitindo a basculação defensiva., ou caso o defesa lateral adversário já estivesse projetado alinhavam com a linha defensiva, criando uma linha de 5 jogadores e ajustando assim na largura.

A equipa portuguesa mostrou ainda capacidade para sair em ataque rápido e contra ataque, principalmente por ação de Davidson, explorando o espaço nos corredores laterais da equipa inglesa. A derrota é assim um resultado amargo e que resulta de duas situações de finalização através de livre direto, as quais penalizam de forma injusta a excelente organização defensiva do Vitória.

Sporting CP x Rosenborg

O Sporting entrou com identidade e com vontade de apagar a imagem da derrota na Taça de Portugal diante do Alverca. A equipa de Alvalade teve mais bola e foi circulando com confiança para atrair o Rosenborg para o seu meio-campo defensivo e desta forma criar espaços para entrar dentro do bloco adversário.

Uma situação que raramente aconteceu dado o bloco médio-baixo dos noruegueses e a forma compacta como defendiam com todos os jogadores. A estratégia passou por jogar com Acuña bem aberto no corredor esquerdo, Vietto a explorar zonas interiores na ligação a Luiz Phellype e Bolasie aberto na direita com uma saída a três com Rosier, Coates e Mathieu.

A bola entrava com facilidade em Acuña mas depois não existia seguimento na jogada ou o esférico acabava na cabeça de um defesa norueguês uma vez que o Sporting assim que entrava no último terço insistia muito nos cruzamentos mesmo com Luiz Phellype sozinho contra a defesa contrária. Faltou critério e paciência na circulação da bola para desorganizar e entrar dentro do bloco contrário.

Besiktas x SC Braga

Em igualdade pontual com o Slovan de Bratislava no primeiro lugar, os bracarenses deslocaram-se ao reduto do Besiktas no intuito de continuarem a liderar o grupo K, objetivo esse que foi concluído com sucesso. A equipa de Sá Pinto apresentou-se num 4-3-3 em organização ofensiva, atuando com Palhinha na posição de médio defensivo e André Horta com João Novais como a dupla mais adiantada do meio campo. Aliado a estes dois criativos, surge a velocidade dos dois extremos por forma a explorar uma das fragilidades mais vincadas na equipa turca: os cruzamentos nas costas do central/lateral contrário, situação esta que resultou no golo da vitória após diversas tentativas no decorrer do encontro.

Apesar disso, o momento de organização defensiva foi o momento de jogo mais relevante para levar de vencida um Besiktas que é sempre muito difícil de bater no seu estádio. Assim, optaram por utilizar um bloco muito subido na pressão à saída da bola, onde o ponta de lança Paulinho era a primeira referência dos visitantes, uma vez que os extremos desciam para a linha média. Com o intuito de criar superioridade numérica na zona da bola, os extremos e os médios adaptavam o seu posicionamento para cercar o seu portador e deixa-lo sem qualquer linha de passe. O primeiro golo da equipa de Sá Pinto resulta, por isso, de um erro turco na primeira fase de construção.



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