Grupo B
O Grupo B terá duelos importantes e com significado histórico fora do contexto do futebol. O País de Gales é uma seleção que começa a estar habituada a estas grandes competições, o Irão treinado por Carlos Queiroz, também com o país a passar por uma revolução de ideologias, será uma equipa sempre muito competitiva e com algo a provar, os Estados Unidos da América, têm provavelmente uma das suas melhores gerações e Inglaterra a querer demonstrar que as desconfianças que existem são infundadas. O principal favorito é a seleção inglesa, mas promete ser um grupo extremamente competitivo.
Escrito por Jaime Silva
Estados Unidos da América
Selecionador – Gregg Berhalter
Gregg Berhalter é um treinador norte americano que comanda os EUA desde 2018, depois de passagem de 5 anos pelo Columbus Crew. Taticamente, a seleção americana apresenta-se quase sempre num 4x3x3 clássico. Defensivamente, este 4x3x3 mantém-se. Já ofensivamente, a equipa implementa várias dinâmicas diferentes, tanto em construção como na criação. Trocas posicionais, médios a participar ativamente na construção, laterais bem projetados em largura e profundidade, muitos jogadores no meio para atrair pressão e explorar o espaço. Estes são alguns dos padrões visíveis. Além disso, caracterizam-se como uma equipa pressionante, fisicamente possante e com elevada qualidade técnica na frente de ataque.
XI Base
Momento Ofensivo
A equipa procura uma construção a esticar o campo ao máximo, aproveitando as projeções dos laterais para chegar a zonas de criação – meio campo com papel fundamental como distribuidores. Os jogadores de meio campo também são responsáveis por atrair pressão adversária para abrir espaço para os jogadores mais avançados explorarem. Adicionalmente, existem muitas trocas posicionais em zonas de criação com paciência na posse de bola, procurando desmontar a marcação do adversário com passes intensos e sempre a variar a posse de bola pelos três corredores
Momento Defensivo
Posicionam-se num 4x3x3, procurando pressionar alto e intensamente, com o objetivo de recuperar a bola rapidamente e ainda em zonas defensivas do adversário Todos os jogadores participam nesta pressão ativa, mostrando uma alta capacidade competitiva
Quando a pressão não obtém o resultado pretendido, existe uma elevada preocupação em reagrupar e compactar a equipa e passam para bloco médio. Mais recuados procuram manter o mesmo posicionamento.


Jogador Destaque
Christian Pulisic – Médio Ofensivo – 24 anos
O médio ofensivo do Chelsea é o principal destaque nesta seleção que tem vindo a crescer de forma gradual em termos competitivos nos últimos anos. Veloz e versátil, pode jogar em zonas interiores ou encostado à linha. Peça chave na equipa de Gregg Berhalter.
Jogador Promessa
Giovanni Reyna – Médio Ofensivo/Extremo – 20 anos
Já joga ao mais alto nível no Dortmund desde os 17 anos e apesar de já ouvirmos falar dele há muito tempo, ainda só tem 19 anos. Visão de jogo fora do normal e uma inteligência posicional como poucos para a idade. Ainda está a tentar arranjar o seu espaço no XI inicial, mas poderá ser um jogador a ter conta nesta seleção.
Inglaterra
Selecionador – Gareth Southgate
Gareth Southgate já comanda a equipa dos “Três Leões” desde 2016 e no ano passado conseguiu chegar à final do Europeu, perdido para a seleção italiana em Wembley. O técnico inglês revela-se sereno e pouco interventivo durante os jogos. Taticamente, varia entre um 3x4x3 e um 4x2x3x1 com destaque para a projeção em largura dos laterais, presença dos alas nos ‘half-spaces’ ou em posicionamento vertical em relação aos laterais – aparece o médio/avançado entrelinhas – e a atribuição de um papel bastante intenso ao duplo pivot do meio-campo – fundamentais em todas as fases do jogo da equipa. Harry Kane é a referência do ataque inglês, mas também com tendência para sair da zona central e ajudar na criação criando superioridades numéricas na zona da bola.
XI Base
Momento Ofensivo
Ofensivamente procuram ter um estilo de jogo apoiado, com destaque para a projeção em largura dos laterais, presença dos alas nos ‘half-spaces’ ou em posicionamento vertical em relação aos laterais – aparece o médio/avançado entrelinhas – e a atribuição de um papel bastante intenso ao duplo pivot do meio-campo – fundamentais em todas as fases do jogo da equipa. Num jogo mais direto, Harry Kane é a referência do ataque inglês, mas também com tendência para sair da zona central e ajudar na criação criando superioridades numéricas na zona da bola.
Momento Defensivo
A equipa defensivamente posiciona-se num 5x2x3 ou 5x3x2 defensivo, adaptando essa organização ao tipo de adversário. Normalmente, dão liberdade aos centrais adversários para sair a jogar, sendo mais estreitos se o jogo interior for forte, mais largos quando o jogo exterior é mais forte. Geralmente a pressão aumenta, quando o adversário joga no corredor ou procura jogar entrelinhas.
Jogador Destaque
Harry Kane – Avançado – 29 anos
O avançado inglês é o grande destaque da seleção e, apesar de uma queda de ritmo, continua a haver uma grande expectativa em relação à atuação do jogador neste Mundial. Fundamental na organização ofensiva de Southgate, a seleção inglesa vai precisar do Kane em boa forma.
Jogador Promessa
Phil Foden – Médio Ofensivo/Extremo – 22 anos
Difícil ser colocado como promessa devido ao rendimento que tem tido ultimamente. Contudo, tem apenas 22 anos. Phil Foden ainda não é titular indiscutível na seleção, mas tem características únicas no plantel de Southgate.
Irão
Selecionador – Carlos Queiroz
O ex-treinador da seleção nacional, Carlos Queiroz, é um treinador bastante conhecido do futebol português e o atual selecionador do Irão, desde setembro deste ano. No banco, revela-se ser um técnico interventivo e emocional. Taticamente, nos únicos dois jogos no comando técnico desde a sua chegada, variou entre um 4x2x3x1 e um 4x3x3. Contra o Senegal, vimos uma equipa mais expectante, a tentar neutralizar os melhores jogadores adversários e a apostar em saídas rápidas para o ataque, tanto em organização como em transição. Contra o Uruguai foi notória uma pressão mais alta e intensa, mas mantendo o ataque rápido, tentando sempre aproveitar falhas posicionais do adversário após a recuperação da bola.
XI Base
Momento Ofensivo
O treinador português não está há muito tempo no comando técnico da seleção iraniana, mas nota-se que a equipa opta por um estilo de jogo objetivo. Procurando saídas rápidas, tendo muitos jogadores preparados para transição com o objetivo de apanhar o adversário desposicionado. Em organização, é uma equipa muito vertical.
Momento Defensivo
O Irão é uma seleção que tem adaptado o seu processo defensivo ao estilo do adversário. Já efetuaram jogos num bloco mais alto e numa pressão mais intensa e outros em que montam num bloco médio, mais expectantes, preocupados em fechar o corredor central e libertar os corredores para essa ser a zona de pressão. No bloco alto, pressão com dois avançados e médios muito próximos para fechar espaço interior, enquanto no bloco médio estão mais compactos, para depois aproveitarem todos os erros do adversário e atacarem em transição.
Jogador Destaque
Mehdi Taremi – Avançado – 30 anos
O avançado iraniano dispensa apresentações aos nossos leitores. O melhor jogador desta seleção, as esperanças iranianas numa boa prestação recaem em Taremi. Veremos se continuará a manter a presente forma no Mundial.
Jogador Promessa
Allahyar Sayyadmanesh – Avançado – 21 anos
O avançado de 21 anos representa as cores do Hull City e é a promessa desta seleção iraniana. Muito forte na associação com os colegas, é bastante versátil e oferece qualidade fora e dentro de área. Em termos de finalização é muito frio. Bastante potencial.
País de Gales
Selecionador – Robert Page
Robert Page é um treinador galês que assumiu a equipa em 2020 de forma interina, onde era adjunto. Taticamente, a equipa estende-se num 3x4x3, numa ideia de jogo defensiva em que se privilegia os ataques rápidos e gestão com posse de bola. O técnico galês prioriza a adaptação ao adversário em questão, mudando bastante a forma de defender de jogo para jogo. Contudo, defensivamente a equipa tende a defender num 5x3x2 e atacar num 3x5x2 com os alas projetados em largura e profundidade máxima e os extremos a receberem em zonas interiores. A equipa privilegia bastante o futebol direto de encontro a Kieffer Moore, Gareth Bale e Daniel James.
XI Base
Momento Ofensivo
Ofensivamente a seleção de gales estende-se num 3x4x3, numa ideia de jogo defensiva em que se privilegia os ataques rápidos à manutenção e gestão com posse de bola. Para ter essa ideia de jogo objetiva, procuram esticar a equipa, de forma a criar espaço nas costas da pressão adversária – entrelinhas ou nas costas da defesa. Geralmente, o jogador mais criativo está entrelinhas nas costas dos médios e a atacar a linha defensiva estão os jogadores velozes e possantes. Geralmente procuram ter os alas projetados em largura e profundidade máxima e os extremos a receberem em zonas interiores. A equipa privilegia bastante o futebol direto de encontro a Kieffer Moore, Gareth Bale e Daniel James.
Momento Defensivo
Em organização defensiva a equipa tende a defender num 5x3x2, num bloco médio-alto, primeira fase de pressão passiva e expectante. O foco principal da equipa é fechar espaços interiores, manter os blocos juntos de forma a evitar o espaço entrelinhas. Quando a bola entra fora, aí a equipa começa uma marcação mais forte e quase individual aos jogadores mais próximos da bola para evitar variações de corredor e recuperar a bola naquele momento.

Jogador Destaque
Gareth Bale – Extremo Esquerdo – 33 anos
O experiente avançado galês é a figura e capitão desta seleção há largos anos e foi fundamental na campanha até às meias-finais em 2016. Agora a jogar nos EUA, fica a dúvida em relação à forma física.
Jogador Promessa
Brennan Johnson – Avançado – 21 anos
Com apenas 21 anos foi muito importante na subida do Notthingam Forest à Premier League. Segundo avançado, criativo, evoluído tecnicamente, gosta de ter liberdade posicional para poder desequilibrar em zonas de criação.
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