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Grupo C

O Grupo C tem a seleção apontada por muitos como a principal favorita a vencer o Mundial – a Argentina. No entanto, esta seleção não joga sozinha, com México, a Arábia Saudita e a Polónia a querer também mostrar o seu valor dentro de campo. O México chega com menos hype que nos Mundiais anteriores, mas com um treinador experiente e que já conquistou uma Gold Cup ao serviço da seleção. Arábia Saudita e Polónia serão provavelmente os menos favoritos mas ambos contam com individualidades com muita experiência nestas competições: Hervé Renard, treinador da seleção árabe, que já ganhou duas CAN por duas seleções e a Polónia com Robert Lewandowski, um dos avançados mais goleadores da história recente do futebol.


Arábia Saudita


Selecionador – Hervé Renard

O selecionador francês de 54 anos assumiu este desafio em 2019 sendo este o seu segundo Mundial depois da prestação com Marrocos em 2018. É neste momento o único selecionador a vencer a Taça das Nações Africanas por duas seleções diferentes, em 2012 com a Zâmbia e em 2015 com a Costa do Marfim.

Com a Arábia Saudita conseguiu o primeiro lugar na fase de qualificação à frente do Japão e Austrália. Jogam habitualmente num 4x2x3x1 com um bloco médio, sendo que no Mundial podem baixar as linhas e adotar uma postura mais expectante face aos adversários que vão encontrar e ao pouco favoritismo que têm no Grupo C.

A principal dúvida será o estado físico do seu maior goleador, Saleh Al-Shehri. O avançado saudita já passou por Portugal ao serviço do Mafra e Beira-Mar. A contas com uma lesão grave, já voltou aos relvados e pode ser opção. Apontou 7 golos na fase de qualificação e caso esteja recuperado totalmente será a principal referência ofensiva da equipa.

XI Base

Momento Ofensivo

Com Hervé Renard a seleção procura jogar de igual para igual em qualquer jogo. Uma postura arriscada mas que tem dado resultados, fruto do crescimento técnico que os jogadores sauditas têm apresentado nos últimos anos. Assumem alguns riscos na saída de bola mas destacam-se através de um futebol flexível e variado. Podem alinhar em 4x2x3x1, 4x1x4x1 ou 4x5x1. Têm um futebol apoiado desde trás com os dois laterais projetados, demonstram paciência e critério na circulação mas assim que encontram espaços no meio campo contrário consegue acelerar e ser uma seleção vertical e objetiva.

Com espaço em frente à grande área rematam e atacam as segundas bolas. Salman Al-Faraj é o grande motor da equipa, baixa no terreno para ajudar na construção e consegue lançar os colegas com passes longos para as costas da defesa contrária ou para os extremos explorarem o 1×1. 

Paciência e critério na fase de construção com Salman Al-Faraj a baixar para organizar
Colocam muitos homens na área em situações de cruzamento. Salman Al-Faraj é o marcador de bolas paradas

Momento Defensivo

No plano defensivo a equipa saudita destaca-se pela pressão alta que faz de forma a condicionar a saída contrária e o bloco médio alto que utiliza muitas vezes. Contra seleções mais fortes deverão jogar com uma linha mais baixa, mas mesmo assim conseguem conceder alguns espaços nas suas costas sendo esta a fragilidade mais visível no processo sem bola. Pela forma como atacam com os laterais e colocam muitos jogadores na zona de finalização, por vezes sentem algumas dificuldades no momento de transição defensiva. Não reagem rápido e não são agressivos a recuperar a posição, pelo que ficam muito expostos a ataques rápidos.

Fisicamente e no jogo aéreo a Arábia Saudita não é uma seleção muito forte, pelo que nas bolas paradas permitem algumas oportunidades aos adversários. Defensivamente jogam em 4x4x2 com o médio ofensivo, Salman Al-Faraj, a juntar-se à linha de pressão mais avançada. As outras duas linhas jogam muito juntas, não dando espaços entre sectores. 

Paciência e critério na fase de construção com Salman Al-Faraj a baixar para organizar
Colocam muitos homens na área em situações de cruzamento. Salman Al-Faraj é o marcador de bolas paradas

Jogador Destaque

Salman Al-Faraj – Médio Ofensivo – 33 anos

A seleção saudita conta com alguns jogadores de destaque mas o principal protagonista pela sua qualidade e consistência tem de ser o capitão Salman Al-Faraj. Chega ao Mundial com 33 anos e com a possibilidade de comandar o seu país. É o motor de jogo da Arábia Saudita. Baixa muitas vezes em campo para assumir a fase de construção e gerir o ritmo da partida. Com espaço consegue lançar os seus colegas com a sua capacidade de passe e visão de jogo. Tem boa qualidade técnica e drible.

Também pode aparecer mais em zonas de finalização onde remata bem e não pede licença para visar a baliza adversária. É o marcador de livres e cantos e dos seus pés as bolas saem sempre com perigo, aproximando a seleção saudita do golo.

Jogador Promessa

Firas Al-Buraikan – Avançado – 22 anos

Nasceu em 2000 mas já conta com alguma experiência internacional ao serviço da sua seleção. Caso Saleh Al-Shehri não recupere totalmente, o lugar de avançado pode ser seu e podemos esperar uma boa resposta por parte do jovem de 22 anos. Mesmo não sendo muito alto, 182 cm, é um jogador possante e agressivo. Fisicamente é rápido e apresenta boa mobilidade. Pode jogar como referência ofensiva de costas para a baliza mas também ataca bem os espaços em profundidade para depois finalizar.

Firas Al-Buraikan é um avançado canhoto que trabalha bem os espaços dentro da área, pode servir os colegas através do jogo aéreo e também descai bem nos corredores laterais. Defensivamente é agressivo nos duelos e pressiona bem.

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Argentina


Selecionador – Lionel Scaloni

O técnico argentino de 44 anos tem sido o principal responsável pelo crescimento da Argentina nos últimos anos. Assumiu a seleção em 2018 e os resultados começam a aparecer de forma consistente. A Argentina é hoje vista como uma das principais favoritas à conquista do Mundial, depois de ter vencido a Copa América em 2021 e a Finalíssima frente à Itália este ano. Não perdeu qualquer jogo desde 2019, chegando ao Catar com mais de 30 jogos invicto. Não contam com as mesmas estrelas de anos anteriores mas a equipa joga de forma muito mais organizada e coesa.

A renovação levada a cabo desde o Mundial de 2018 começa a dar frutos com uma seleção mais unida e com maior capacidade tática. Adotam o 4x2x3x1 como sistema base que depois pode ter algumas variações. Um futebol vertical, rápido e com princípios bem trabalhados, sendo que o maior elogio ao trabalho do selecionador é que tornou esta seleção menos ultradependente de Messi.

XI Base

Momento Ofensivo

No momento de construção a Argentina apresenta várias soluções de qualidade. A variabilidade tática trabalhada por Lionel Scaloni faz com que seja muito difícil de condicionar a saída de bola. Os argentinos podem construir a três com o lateral direito a baixar para junto dos centrais e o lateral esquerdo, Acuña ou Tagliafico, a jogar mais projetado no corredor. Outra solução apresentada é sair com três mas com os dois laterais subidas e o médio defensivo a colocar-se junto dos dois centrais.

Quando as seleções contrárias pressionam mais alto vemos a construção feita com a linha de quatro e com os dois médios mais recuados a baixarem para oferecerem linha de passe para depois a bola ser colocada nos extremos ou em Messi e desta forma sair rápido da zona de pressão, libertando espaços no meio campo contrário. Do lado esquerdo do ataque a estratégia passa por ter um jogador a pisar mais terrenos interiores para abrir espaço à subida do lateral ofensivo. Lo Celso ficou de fora por lesão o que abre espaço para outras opções como Papu Gómez, Alexis Mac Allister ou Enzo Fernández. As transições rápidas são protagonizadas por Messi que em progressão vai driblando os adversários para lançar depois os colegas da frente. Pode jogar como médio ofensivo nas costas de Lautaro ou como extremo direito. A mobilidade na frente de ataque, futebol rápido e vertical são algumas das características no momento com bola.

Construção com linha de três e laterais bem projetados

Momento Defensivo

Defensivamente a seleção argentina adota um 4x4x2 com o posicionamento de Messi a ser fundamental para esta alteração tática. O capitão procura juntar-se a Lautaro para pressionar mais à frente, com duas linhas de quatro muito bem definidas e compactas. Pouco espaço entre linhas e com as zonas de pressão bem trabalhadas. A pressão alta e intensa faz com que muitas vezes recuperem a bola no último terço. Colocam muitos jogadores perto da bola para garantir vantagem numérica e ganhar rapidamente a posse. Quando a equipa se encontra em vantagem procura baixar o seu bloco para depois sair em transições rápidas.

Existe uma clara preocupação para fechar o corredor central no momento de organização defensiva, dando as duas faixas para os adversários atacarem. A equipa apresenta uma forte reação à perda e consegue reagrupar bem atrás, privilegiando a coesão e organização defensiva.

4x4x2 com pressão alta e intensa
Em vantagem baixam as linhas com os sectores bem juntos e compactos

Jogador Destaque

Lionel Messi – Médio Ofensivo – 35 anos

O astro argentino de 35 anos irá disputar o seu 5º Mundial e provavelmente o último. Será a sua grande oportunidade para levar ‘La Albiceleste’ ao título que procuram há muito tempo. O avançado do PSG está no seu melhor momento a nível internacional e conta com uma equipa que o suporta. Não precisa de ser o salvador da sua selecção e ter esse peso extra em todos os jogos. Apesar disso, para vencer a Argentina precisa da melhor versão de Messi, ainda que contem com outros jogadores de grande nível.

O craque argentino pode dar o toque necessário nos momentos mais complicados, contra adversários de grande nível. Pode decidir um jogo e uma eliminatória a qualquer momento pela sua visão de jogo, criatividade, qualidade de passe mas acima de tudo pela facilidade com que desequilibra para depois finalizar ou servir os seus colegas.

Jogador Promessa

Julián Álvarez – Avançado – 22 anos

Aos 22 anos e mais do que uma promessa, Julián Álvarez já é uma certeza. O jovem avançado foi considerado o melhor jogador da América em 2021 pelos números que apresentou ao serviço do River Plate. Esta temporada ingressou no Manchester City e tem somado minutos importantes na equipa de Pep Guardiola. Fez a sua estreia pela Argentina em Junho de 2021 e foi titular pela primeira vez em Março de 2022. Pode jogar como a principal referência ofensiva mas também a partir de um dos corredores como extremo, procurando muito zonas de finalização pela capacidade incrível que tem a este nível.  

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México


Selecionador – Gerardo Martino

O técnico argentino assumiu a seleção mexicana em 2019 e conquistou nesse mesmo ano a Gold Cup frente ao Estados Unidos, competição que perdeu para o mesmo adversário em 2021. No mesmo ano também perderam a final da CONCACAF Nations League contra os norte-americanos. A qualificação nem sempre foi um percurso fácil com muitos altos e baixos. O México terminou em 2º lugar atrás do Canadá, com os mesmos pontos mas com menor diferença de golos, e à frente dos EUA por apenas 3 pontos. Tata Martino vai defrontar a seleção do seu país e que conhece bem por ter sido selecionador entre 2014 e 2016. O seu sistema preferencial é o 4x3x3, apresentando uma frente de ataque muito móvel e rápida que pode criar perigo contra qualquer adversário.

Uma seleção que gosta de ser protagonista com bola e conta com Lozano como o principal desequilibrador no ataque do ‘Tricolor’. O extremo mexicano soma em média um golo ou uma assistência a cada dois jogos pela seleção.

XI Base

Momento Ofensivo

São várias as dúvidas quanto às opções ofensivas do México para o Mundial 2022, em resultado de algumas lesões de jogadores importantes. Guardado, Corona e Jiménez são alguns dos jogadores que correm contra o tempo para estarem disponíveis fisicamente para a grande competição. Jogadores muito importantes no plano de jogo de Tata Martino. A seleção azteca alinha maioritariamente em 4x3x3, apesar de também poder jogar num sistema de três centrais em 3x4x3, embora essa variação não tenha corrido bem no último jogo e por isso seja mais habitual ver o selecionador mexicano a alterar peças dentro do seu 4x3x3 habitual do que a alterar o sistema tático.

O futebol apoiado e uma construção desde trás com a participação dos centrais e do médio mais recuado é uma das imagens de marca desta seleção. Os laterais sobem muito no terreno, com um meio campo com capacidade para assumir o jogo e soltar rápido para o trio ofensivo que com a sua capacidade técnica, criatividade, velocidade e mobilidade, conseguem encontrar espaços para finalizar, aparecendo em grande número na área contrária. Herrera e Guardado são muito importantes a gerir o ritmo do jogo mas contam depois com a imprevisibilidade de Corona, Lozano e Jiménez para decidir as partidas. Com a ausência de Corona, Lozano deverá passar para a direita, abrindo espaço para a entrada de Alexis Veja no onze titular.

Médio mais recuado a baixar para construção ser feita com linha de três e laterais subidos
Muita mobilidade e velocidade no ataque com Lozano a explorar bem os espaços em profundidade

Momento Defensivo

Defensivamente a ideia passa por pressionar o adversário logo na sua saída, utilizando para isso o trio mais adiantado. Caso a seleção contrária consiga encontrar espaços para superar essa primeira linha de pressão, conseguem depois criar situações de superioridade numérica e tirar vantagem disso. O balanceamento ofensivo que o México apresenta no momento com bola faz com que depois demore algum tempo a reagir, como consequência de uma transição defensiva lenta e uma reação à perda também algo limitada.

A linha defensiva apresenta algumas debilidades no que toca ao controlo da profundidade por não serem muito rápidos e adotarem um posicionamento mais subido. Outra das debilidades apresentadas é o jogo aéreo nos lances de bola parada com a seleção a sofrer um número considerável de golos neste momento do jogo. Em organização defensiva, o 4x1x4x1 com um bloco médio e com jogadores agressivos nos duelos faz com que o México consiga manter a baliza defendida por Ochoa mais segura, em comparação quando tenta pressionar mais alto ou coloca muitos jogadores no seu meio campo, concedendo depois em transição defensiva alguns espaços.

Pressão alta em 4x4x2 na tentativa de recuperar a bola logo no último terço
Muitas dificuldades nos lances de bola parada por não serem fortes e agressivos no jogo aéreo

Jogador Destaque

Hirving Lozano – Extremo – 27 anos

A dúvida quanto à condição física de Raúl Jiménez faz com que Lozano seja considerado o grande destaque da selecção mexicana. O avançado de 27 anos do Nápoles é fundamental na manobra ofensiva da sua selecção, podendo jogar em qualquer posição na frente de ataque. Muito irreverente, rápido, móvel e com capacidade para jogar por fora e por dentro. Pode atacar a linha de fundo para cruzar para a referência ofensiva ou ser ele próprio a aparecer dentro da área a finalizar. Joga bem com bola no pé, partindo depois para cima do adversário no 1×1 ou então procura os espaços em profundidade.

A responsabilidade do sucesso mexicano vai passar muito pelos seus pés, sendo que é um jogador que está habituado a esse tipo de pressão e que costuma dar uma boa resposta.

Jogador Promessa

Santiago Giménez – Avançado – 21 anos

O avançado de 21 anos do Feyenoord pode ser o principal beneficiado da ausência de Raúl Jiménez ou da falta de condição física do avançado do Wolves. Santiago pode disputar o lugar de referência ofensiva com Henry Martín, sendo que o jovem tem condições para assumir essa possível vaga face ao rendimento que apresenta no conjunto holandês.

Formando no Cruz Azul, saiu esta temporada para a Holanda onde se tem destacado pela sua capacidade física, mesmo não sendo muito alto, e pela sua veia goleadora. Trata-se de um avançado canhoto e muito completo, com boa capacidade para finalizar dentro da área mas também pela mobilidade e critério que tem com bola. Consegue baixar para receber e ligar o jogo, tem qualidade de passe e aparece bem nos espaços, seja nos corredores ou nas costas da defesa. Apesar dos seus 182 cm, demonstra ser forte fisicamente e com qualidade no jogo aéreo.

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Polónia


Selecionador – Czesław Michniewicz

Nos últimos quatro anos a Polónia teve três selecionadores. Assumiu o cargo em Janeiro de 2022, depois da saída do português Paulo Sousa. Czeslaw levou os polacos ao 2º lugar do grupo, 6 pontos atrás de Inglaterra. Para carimbarem o apuramento para o Mundial tiveram de passar pelo play-off onde venceram a Suécia por 2-0. Um percurso que sugere que a seleção polaca é bem mais do que Lewandowski e mais 10 jogadores. A Polónia não se apresenta como um conjunto muito organizado, valendo mais pelas suas individualidades.

Não é fácil antever qual será o sistema tático utilizado, dada a variação constante ao longo dos jogos. O 4x1x4x1 poderá ser a base mas também podemos ver os polacos em 3x5x2, 3x4x3, 4x4x2 ou 4x2x3x1. Esta riqueza tática faz com que os adversários possam sentir algumas dificuldades em preparar os encontros contra a Polónia que opta por um jogo mais direto, físico e vertical.

XI Base

Momento Ofensivo

A versatilidade e imprevisibilidade tática no momento com bola pode ser um aspeto importante na campanha polaca. Conseguem variar muito o sistema de jogo dentro do próprio encontro. Não sendo um futebol apoiado e com grande qualidade técnica, com saídas desde trás, a Polónia apresenta um futebol mais direto e físico com Lewandowski como a principal referência da equipa. Partindo do seu habitual 4x1x4x1, a equipa pode assumir várias formações, sendo que a mobilidade e polivalência do criativo Zielinski acaba por dar forma ao sistema adotado.

Pela abrangência e inteligência tática que apresenta, tanto pode jogar como médio ala, como médio centro ou como médio ofensivo no apoio ao avançado. A sua capacidade nas bolas paradas também é um factor determinante, uma vez que a Polónia apresenta jogadores com qualidade no jogo aéreo. O estilo de jogo é pouco trabalhado desde trás, a seleção polaca privilegia um estilo mais direto na procura da sua referência. Szczesny com uma reposição mais longa, ou até mesmo os centrais, esticam em Lewandowski que depois ganha o duelo e entrega a uma solução mais curta. Os seus companheiros são rápidos a atacar a segunda bola para depois explorarem um futebol mais vertical e rápido no último terço. Com poucos recursos técnicos e em poucos segundos a Polónia consegue chegar à baliza contrária e criar perigo.

Muitos cruzamentos à procura de Lewandowski
Futebol vertical e rápido com a procura dos espaços nas costas da defesa com Lewandowski depois a aparecer para finalizar

Momento Defensivo

Defensivamente não é fácil quebrar a resistência polaca. A linha defensiva joga mais recuada e não permitem espaços entre sectores com o bloco intermédio muito próximo. Todos os jogadores participam no momento sem bola, existindo um grande compromisso e agressividade defensiva. A coesão e organização nesta fase é bem visível, sendo que é preciso muito critério e paciência para quebrar o bloco defensivo e entrar em zonas de finalização. Normalmente os espaços existem através de ruturas dentro da grande área ou com remates de longe.

Quando a equipa começa a perder acaba por subir mais as suas linhas, ficando exposta a situações de ataques rápidos, onde sentem dificuldades para acompanhar os adversários e permitem mais espaços nas suas costas. No domínio do jogo aéreo e nos duelos físicos acabam por ganhar vantagem, a Polónia é um conjunto difícil de criar dificuldades através de bolas paradas ou com um jogo mais direto.

4x1x4x1 muito bem definido com linhas compactas e coesas
Bloco baixo com todos os jogadores a ajudarem, não permitindo espaços aos adversários para explorarem

Jogador Destaque

Robert Lewandowski – Avançado – 34 anos

Desde a época 2015/2016 que leva mais de 40 golos por temporada. Assinou no Verão pelo Barcelona e os números continuam a surgir, sendo o principal marcador da equipa catalã. Mesmo aos 34 anos continua a ser um dos melhores avançados da atualidade e procura no Catar o seu primeiro golo num Mundial. Chega com o estatuto de melhor jogador FIFA das últimas duas temporadas e vai querer certamente demonstrar que pode levar a Polónia o mais longe possível na competição.

Os números e qualidade do capitão polaco falam por si. Tem um papel fundamental neste modelo de jogo. Não se limita a procurar espaços para finalizar dentro da área, também consegue baixar para ligar e organizar o jogo, dando mais critério na fase de criação.

Jogador Promessa

Nicola Zalewski – Lateral Esquerdo – 20 anos

O pupilo de José Mourinho na Roma tem vindo a ganhar espaço nas escolhas iniciais da Polónia, devido ao excelente momento de forma que tem vindo a apresentar. Disputa com o avançado Jakub Kamiński o papel de jovem promessa da Polónia, sendo que Jakub pode ser uma opção regular caso a seleção apresente um sistema tático diferente do 4x1x4x1, jogando no apoio a Lewandowski.

O jovem polivalente de 20 anos pode jogar como lateral ou extremo nos dois corredores, apesar de ser destro. Pela sua velocidade, qualidade técnica e capacidade de cruzamento, afigura-se como um possível titular no lado esquerdo do ataque, com as características necessárias para desequilibrar no 1×1 e depois servir o seu capitão. Tem vindo a somar minutos de forma constante na Serie A e na Liga Europa, sendo uma opção regular também ao serviço da sua seleção na Nations League.

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