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João Pereira: Análise às dinâmicas do Sporting B

A saída de Rúben Amorim para o Manchester United, a dia 11 de novembro, está confirmada e, naturalmente, João Pereira seguirá como treinador da equipa principal. Assim sendo, decidimos atentar ao trabalho do mesmo na equipa B e perceber como jogam, que dinâmicas implementam e o que esperar. Não olhámos para os resultados na Liga 3 dado que a equipa B tem o objetivo de formar e trazer jogadores da formação para um patamar profissional.

O esquema é o 3-4-3 ao qual já estamos habituados destes últimos 4 anos. As dinâmicas também são muito parecidas, tendo apenas uma ou outra nuance diferente, algo que faz todo o sentido dado que serve para preparar os jovens para terem rendimento na equipa A.

Fase Ofensiva

Em fase ofensiva JP opta pela construção a 3 com o MD como pivot sozinho e o 8 a subir para perto da linha ofensiva, criando quase uma linha de 6. A equipa A também tem este comportamento, especialmente quando o adversário defende com uma linha de 5. Permite continuar a ter superioridade númerica no ataque e um homem livre quando as marcações são arrastadas.

Os médios ofensivos estão em constantes trocas com os alas (que são extremos de pé trocados com a saída de Travassos). Afonso Moreira e Mauro Couto têm muita facilidade em trocar com Samuel Justo, Flávio Gonçalves ou Manuel Mendonça para criar dificuldades nas marcações e, ao mesmo tempo, para esticar e confundir por completo a linha defensiva adversária. Vemos também muitos contramovimentos na linha de 6, com jogadores a descerem para arrastar marcações e abrirem espaços entre linhas para roturas.

Algo que se notou com grande frequência é que neste 3-1-6 a distância entre o médio defensivo e o resto da linha ofensiva era bastante grande. A equipa tem algumas dificuldades em colocar a bola tanto nos half spaces como no 8 dado que Arreiol precisa ou de cobrir uma grande distância com bola ou verticalizar no passe com muita qualidade.

Fase Defensiva

Sem bola, a equipa de João Pereira apresenta algumas variações na maneira como defende. Quando quer pressionar mais alto, apresenta um 4-4-2 em que Eduardo Felicissimo passa de central direito para médio defensivo, por exemplo. Quando baixa o bloco por norma apresenta um 5-3-2 em tudo semelhante ao de Rúben Amorim.

A lógica passa por emular a Equipa A com marcações HxH em maior parte do campo, especialmente no espaço central com os médios a constantemente em cima dos médios adversários e com os centrais constantemente atrás dos avançados.

Conclusão

Como vemos, a equipa B foi preparada para jogar no mesmo modelo e com dinâmicas em tudo semelhantes. Este facto deve-se não só a querem preparar os jovens para entrar na equipa A, mas também para assegurar a sucessão de Rúben Amoirm com João Pereira.

A sucessão irá acontecer mais cedo do que o esperado para o clube leonino, apesar de Amorim ter indicado que esta seria sempre a sua última época em Alvalade.

Ainda assim, o grande desafio de João Pereira e da equipa técnica será, mais do que manter as dinâmicas, agarrar o grupo e ter a mesma sagacidade que Amorim mostrou nos últimos para ler e mudar determinados aspetos, durante os jogos, que necessitem de correção.



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