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No momento de interrupção da Premier League, os Reds estavam muito próximos de conquistar o título que lhes foge desde 1989/90, com um percurso dominador na presente temporada, conquistando 27 vitórias, 1 empate e 1 derrota ao fim de 29 jornadas, tendo 25 pontos de vantagem em relação ao 2.º classificado Manchester City.

Jurgen Klopp na sua 5.ª época no Liverpool FC tem a sua equipa próxima da plenitude, tanto em termos de resultados como ideia de jogo, sendo atualmente um dos projetos mais interessantes de seguir no mundo do futebol.

Organização Defensiva

No momento defensivo o Liverpool estrutura-se em 1-4-3-3 com um bloco alto, setores muito próximos e uma atitude proactiva na pressão e encurtamento de espaços.

Os 3 avançados têm um papel preponderante com Mané e Salah a pressionam os DC adversários de fora para dentro, ficando por vezes Firmino mais baixo a fechar o espaço para o médio defensivo adversário.

Os três médios estão praticamente em linha, com a tarefa de fechar o corredor central e encurtar espaço para o portador da bola, saindo em pressão no momento em que o adversário receciona a bola. Os interiores são os responsáveis por aproximar dos DL adversários quando estes recebem a bola nas costas de Salah e Mané.

A linha defensiva adota um posicionamento próximo da linha do meio campo, com uma postura proactiva na pressão ao portador, revelando uma excelente perceção e capacidade de reação para controlar a profundidade.

Impedir a Construção

O Liverpool sente-se confortável assumindo um bloco alto, posicionando a linha defensiva junto ao meio campo e 6 ou 7 jogadores no meio campo adversário.

Tem como princípio impedir a construção do adversário, para recuperar a posse de bola em zonas altas e no corredor central ou obrigar o adversário a jogar em profundidade.

Salah, Mané e Firmino são muito fortes neste momento, fechando as linhas de passe para os corredores laterais através de movimentos dos extremos por fora dos DC forçando o erro ou o passe para a zona central, onde a linha de 3 médios com Fabinho, Henderson e Wijnaldum encurtam e espaço e criam uma eficaz zona de pressão.

 O posicionamento de Salah e Mané, obriga a que quando a bola entra do DL adversário, se este estiver mais perto da linha de meio campo, o interior se aproxime, ficando os outros dois médios em cobertura.

A linha defensiva assume riscos nesta fase com os DL, Arnold e Robertson a saírem muitas vezes na pressão ao portador da bola no seu corredor, procurando impedir que este se oriente, deixando a equipa com uma linha de 3 defesas e ainda em bloco alto.

A fragilidade da equipa é quando este 1.º momento de pressão falha, fica em situações de igualdade e até inferioridade numérica, no setor defensivo, o que acaba por ser compensado pela forma como a defesa liderada por Van Dijk controla a profundidade, pelo compromisso defensivo dos restantes jogadores e a pela eficiência nos duelos individuais.

Impedir a Construção

Impedir a Criação

A equipa do Liverpool não gosta de defender em bloco baixo, optando sempre que possível por permanecer com a linha defensiva alta, obrigando o adversário a procurar a profundidade, ainda assim, quando se vê obrigada a baixar, os Reds mantêm uma postura muito agressiva na zona da bola, procurando constantemente subir linhas, encurtar espaços e criar zonas de superioridade numérica.

Os médios são muito importantes nesta fase, sendo os responsáveis por efetuarem as dobras aos defesas laterais e fecharem o espaço interior quando a bola entra num corredor lateral.

Estes comportamentos de constante procura de encurtamento e recuperação de posse de bola permitem criar enormes dificuldades ao adversário na sua fase de criação, no entanto criam desequilíbrios tanto no corredor contrário, como algum espaço para movimentos de rutura de adversários.

Impedir a Criação

Transição Ofensiva

Em organização defensiva o Liverpool procura preparar a transição com três jogadores, o que lhe permite explorar rapidamente o espaço após recuperação da posse de bola.

Tem como princípio explorar a profundidade através de Salah e Mané, impondo grande verticalidade às suas ações após ganho da posse de bola revelando ainda facilidade de aproximação dos restantes jogadores, mantendo sempre a equipa muito junta.

Como alternativa, após recuperar a posse, a equipa liga com Firmino, que baixa em apoio, revelando depois elevada qualidade na tomada decisão para dar continuidade às ações, tanto em passe como progressão.

A intensidade defensiva dos Reds em todas as zonas do campo, assumindo riscos para procurar recuperar a posse de bola logo no setor ofensivo,  através da agressividade defensiva dos jogadores mais adiantados e movimentos de encurtamento e antecipação dos médios e defesas laterais, permite-lhe recuperar a bola em situações que lhe dão vantagem para uma transição eficiente.

Transição Ofensiva

Organização Ofensiva

Fase da Construção

Em organização ofensiva numa 1.ª fase, a equipa inglesa tem um posicionamento de 2+3 com Van Dijk e Gomez (Matip) mais baixos e uma linha com Arnorld e Robertson e o médio defensivo. Os interiores realizam movimentos verticais assimétricos com um interior a baixar para apoiar na construção.

Conforme a equipa consegue progredir no terreno, os DL projetam-se mais garantindo largura e profundidade e o interior do lado da bola posicionasse ao lado dos DC, tornando-se peça fundamental na ligação com a criação.

Salah e Mané mantêm-se normalmente abertos profundos, com Firmino a assumir um papel preponderante nesta fase, baixando várias vezes para a zona dos médios apoiando a construção e criando um vazio de marcação para os defesas adversários.

A ligação com a criação acontece tanto através das associações com Firmino, como com combinações rápidas entre extremo, defesa lateral e interior, explorando as costas da defesa adversária atraída pela movimentação de Firmino.

Como alternativa, e quando o adversário oferece espaço nas costas da linha defensiva, este é explorado através de passes longos de Van Dijk para a velocidade de Salah e Mané.

Fase da Construção

Fase da Criação

No setor ofensivo os Reds assumem um posicionamento alto, com os defesas centrais e o médio defensivo bem dentro do meio campo adversário, com uma linha de 5 jogadores junto à linha defensiva adversária e 2 jogadores entre linhas.

Os jogadores do Liverpool estão em permanentes movimentos de apoio e rutura, fugindo a marcações e ameaçando a profundidade, criando inúmeras dificuldades aos adversários. No corredor lateral do lado da bola posiciona 4 jogadores em losango, com muitas movimentações e trocas posicionais, para encontrar espaço nas costas da defesa, se não tiver sucesso, varia o centro de jogo potenciando desmarcações de rutura dos interiores ou defesas laterais por dentro.

Firmino volta a ter um papel preponderante nesta fase, saindo da marcação o que lhe permite receber de forma a ficar orientado para progredir ou combinar em passe.

Quando o adversário é atraído para um corredor o Liverpool explora as situações de 1×1 do lado oposto, normalmente atraindo no corredor esquerdo, para libertar Salah no corredor direito, que depois progride em posse para zonas de finalização.

Fase da Criação

Transição Defensiva

A transição defensiva do Liverpool é muito forte, tanto no momento de perda de posse de bola, como em posteriores movimentos de aproximação e encurtamento após o 1.º passe do adversário, assumindo riscos na tentativa de recuperar a bola imediatamente.

A forte reação, expõe a equipa quando o adversário ultrapassa o 1.º momento de pressão,  provocando situações em que a linha defensiva está em igualdade ou inferioridade numérica, mas mais uma vez o controlo de profundidade que retarda o ataque adversário e o enorme compromisso dos jogadores mais adiantados revela-se fundamental para que se reorganize ou evite situações de finalização fácil para os adversários.

Transição Defensiva

Pontos Fortes (a condicionar)

  • Capacidade de acelerar o jogo através de desmarcações verticais no setor ofensivo.
  • Exploração de profundidade em transição ofensiva com Salah, Mané e Firmino.
  • Movimentações de apoio de Firmino a ligar o jogo ofensivo da equipa.
  • Densidade de jogadores em zonas de finalização.
  • Capacidade de pressão em bloco alto.
  • Controlo da profundidade defensiva, em organização e transição defensiva.

Pontos Fracos (a explorar)

  • Igualdade e até inferioridade numérica em zona defensiva quando o primeiro momento de pressão na transição defensiva é ultrapassado.
  • Corredor contrário em organização defensiva, decorrente da agressividade e aglomeração de jogadores na zona de pressão.

Jogadores Chave

4 – Van Dijk – O defesa central holandês contratado ao Southampton em janeiro de 2018 assumiu-se como  a figura central  da defesa dos Reds, tendo sido utilizado em todos os jogos da Premier League da presente temporada. Jogador de 193cm e 92kg, impõe-se tanto pelo poderio físico, sendo dominador no jogo aéreo, como pelo conhecimento tático da posição e serenidade em todas as ações. Revela ainda grande eficiência nos passes longos.
10 – Mané – O extremo senegalês no Liverpool desde 2016 é um dos três jogadores decisivos da linha da frente dos Reds, com 14 golos e 9 assistências no campeonato na presente temporada. Jogador com muita velocidade tanto de progressão como execução, forte em desmarcações verticais a aparecer nas costas da linha defensiva, revela ainda facilidade nas combinações com os colegas mesmo em espaços curtos.
9 – Firmino –  O avançado brasileiro ingressou no Liverpool em 2015, tendo imediatamente assumido um papel preponderante na equipa. Jogador muito completo, rápido e com grande mobilidade. Tanto encontra espaço nas costas da linha defensiva, como procura zonas mais recuadas para apoiar a equipa na ligação entre setores. Na presente temporada contabiliza já 8 golos e 7 assistências na Premier League.
11 – Salah–  O último jogador a juntar-se ao trio da frente dos Reds, tendo chegado em 2017 oriundo da Roma. Extremo direito com elevada capacidade técnica, forte tanto no 1×1 partindo em posse como a atacar a profundidade. Muito inteligente a encontrar o espaço livre no corredor direito ou no espaço central. Facilidade em finalizar com ambos os pés, o que lhe permite ter 16 golos e 6 assistências no campeonato.
Jogadores Chave


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