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Após os 2 anos mais vitoriosos da história do clube, com a conquista da Copa Sul-Americana de 2018 e da Copa do Brasil de 2019, o Athletico Paranaense encontrou-se em uma situação um tanto delicada na continuidade de seu projeto. Com a perda de várias peças importantes nesses títulos, inclusive seu técnico (Tiago Nunes), o Furacão viu-se novamente na necessidade de reinventar-se na busca por novas alternativas para continuar competindo em âmbito nacional e continental. Para isso o experiente Dorival Júnior foi chamado para o cargo de treinador, como tentativa de manter o estilo de jogo propositivo, intenso e vertical pelo qual ficou reconhecida a equipa paranaense.  

Dorival assumiu o comando do Athletico no início do ano promovendo algumas alterações notáveis na estrutura do time, principalmente na maneira como o conjunto procura ocupar o campo ofensivo. Após o retorno do futebol brasileiro, as expectativas giram em torno das novas ideias e da adequação delas a um elenco em construção, objetivando manter o nível de atuação das últimas temporadas. 

XI base do Athletico.

PROCESSO OFENSIVO 

Posicionando-se em 4-3-3 como sistema base, o Athletico busca sair jogando de forma conjunta, elaborada e criando superioridades. Sendo assim, ambos laterais garantem amplitude, enquanto goleiro, centrais e médios concentram ações internas, de modo a atrair o rival para seu próprio campo na tentativa de liberar espaços adiantados para os companheiros. Nessas fases de iniciação, é destacável a interpretação dos espaços disponíveis por parte de Wellington, Léo Cittadini e Marquinhos Gabriel, alternando alturas constantemente entre a base da jogada e a entrelinha.  

Praticando jogo de posição, em momentos de criação há a setorização ofensiva dos jogadores, geralmente com laterais interiorizados na base da jogada, meias em movimentos entrelinhas e extremos a conferir largura ao ataque para serem acionados em condições de desequilíbrio através do drible. Fugindo da ortodoxia, Dorival flexibiliza ao máximo a ocupação racional dos espaços em organização ofensiva, tendo muitas trocas posicionais entre os componentes dos triângulos associativos, permitindo flutuações em terço-final e conseguindo ativar mecanismos de 3º homem com continuidade (principalmente pela capacidade de Bissoli oferecer apoios).  

PROCESSO DEFENSIVO 

Com proposta de pressionar em terrenos adiantados, o Athletico busca diminuir o tempo/espaço do portador da bola, eliminar opções de passes próximas e forçar ligações diretas. Com avançados bem envolvidos nesta etapa do jogo, promovem boa atividade em bloco alto, conseguindo recuperar a posse em vários momentos próximos ao gol adversário. Ademais, a intensidade de ações dos médios não está presente somente em processos ofensivos, sendo jogadores fundamentais para o fechamento de linhas de passes interiores e auxiliando em pressões individualizadas. 

Ao recuar, apresentam notáveis capacidades de manter a compactação defensiva e de controlo de profundidade. Conseguindo estruturar o 4-1-4-1 com vigilâncias entrelinhas sólidas, impondo pressão ao portador da posse frequentemente e podendo recuperar a bola com rapidez em várias ocasiões. 

Ainda vale menção à pressão pós-perda em situações de transição defensiva. Através de movimentos grupais e setoriais, o Athletico realiza bom trabalho para recuperar a bola logo após a perda, apresentando um vigor relevante considerando a atual conjuntura do futebol brasileiro no retorno às suas atividades 

RECOMEÇO E CONSTANTE EVOLUÇÃO 

Apesar da pouca amostra de minutos neste recomeço e levando em conta o nível de exigência das partidas do campeonato paranaense (do qual o Athletico inclusive sagrou-se campeão), o modelo de jogo apresentado pela equipe parece estar consolidando-se com velocidade. O entendimento dos conceitos apresentados aos atletas foi feito de forma exemplar, operacionalizando princípios de forma coesa e contextualizada com a realidade dos jogadores em disposição. 

O fato é que o Furacão ressurge com uma nova ideia de jogo e a ambição de estar constantemente evoluindo. Com uma equipa jovem (média etária de 25,1 anos) e o encontro dessas novas noções implementadas por Dorival, certamente o clube buscará a manutenção de seu futebol como um dos melhores do Brasil. 



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