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Na última jornada antes da paragem para os encontros das selecções, o Las Palmas defrontou o Granada, em jogo a contar para a LaLiga e venceu por 5-1, num jogo onde a equipa das Canárias patenteou toda a qualidade que exibiu no ano transacto, onde foi a equipa revelação do campeonato.

A equipa montou-se no já habitual 1-4-1-4-1, com Javi Varas na baliza; Michel na lateral direita, Dani Castellano no flanco oposto, com David Garcia e Pedro Bigas no eixo defensivo; Roque Mesa com pivot defensivo, com Jonathan Viera e Vicente Gómez como interiores; na ala esquerda actuou Kevin Prince Boateng, na ala direita Nabil El Zhar e na frente Marko Livaja.

O jogo mostrou, desde o início, o desejo da equipa orientada por Quique Sétien em começar a desequilibrar o Granada desde zonas recuadas, atraindo um já afoito adversário, para depois de encontrar os espaços ideais, atacar ferozmente.

Com Javi Varas a actuar com líbero quando necessário, os centrais abriam à largura das paralelas da grande área, com os laterais a projectarem-se pelas suas faixas, dando total amplitude à saída de bola da equipa. Os centrais quando tiveram oportunidade saíam por eles, mas como o adversário pressionou bastante esse momento, Roque Mesa baixou várias vezes, de modo a oferecer uma solução de passe. Vicente Gómez ou Jonathan Viera, quando percebiam que a bola poderia ser perdida, deram linha de passe mais à frente em apoio, principalmente o último. Quando optaram por bater, mostraram algum trabalho para manter a posse de bola: o receptor era Livaja, e normalmente teve sempre dois apoios próximos para fazer a equipa jogar após o toque do ponta-de-lança croata.
 
 
Em construção, a equipa privilegiou sempre o corredor central, com Roque Mesa a ser o cérebro de toda a manobra atacante. Laterais projectados e à amplitude máxima, os médios ala em posições interiores e os médios centros a fazerem movimentos dissemelhantes: um dava apoio lateral ou frontal e o outro colocava-se na linha do ponta-de-lança, por forma a atacar a profundidade. Apesar de terem a principal arma na velocidade com que atacam no último terço, mostraram capacidade para pausar o jogo, circular a bola à procura de espaços e, mais do que os procurar, circularam a bola de maneira a atrair o adversário, movimentando-se após isso em direcção a esses espaços vazios e procurando o enquadramento com a linha defensiva de seguida.
 
 
Na zona de criação surgiu outro jogador como o mago desta equipa: Jonathan Viera. Com uma capacidade muito interessante de pensar o jogo, conjugou a velocidade de execução à velocidade de deslocamento com e sem bola, algo que desequilibrou e muito a defensiva granadina. No corredor central, fora ou dentro do bloco, ou através de diagonais exteriores para receber nas costas da linha defensiva, mostrou uma inteligência de movimentos muito interessante e um entendimento do jogo que o elevam a um patamar diferente de grande parte dos seus colegas.

Foram explorados os três corredores de forma mais equilibrada nesta fase do jogo, mas verificaram-se poucos cruzamentos, visto a equipa procurar circular a bola para dentro na procura de situações de superioridade numérica.

Papel importante aqui dos médios-ala que revelaram capacidade para procurar terrenos interiores, permitindo a subida dos laterais; de Vicente Gómez, a procurar de forma incessante movimentos de ruptura e Marko Livaja, ponta-de-lança croata com muita mobilidade, alternando movimentos de ataque à profundidade, com movimentações de apoio ou procura dos espaços vazios nas costas dos laterais adversários, segurando a bola, permitindo a subida dos companheiros.

Outra dinâmica apresentada foi as permutas que os extremos fizeram com Jonathan Viera, algo que confundiu os jogadores do meio campo adversário e deixou Viera com espaço para progredir, principalmente na 2ª parte, criando muito perigo em rápidas transições ofensivas ou ataques rápidos.

O principal foco da equipa era atacar rápido a profundidade, colocando 3 a 5 jogadores na profundidade máxima para atacar as costas da linha defensiva. Notou-se pouca capacidade dos jogadores, à excepção de Viera e Livaja, no aproveitamento do espaço entre linhas e na realização de movimentos de apoio frontal, que poderiam aumentar o perigo e a qualidade dos ataques, quanto mais não fosse para criar a dúvida no adversário sobre qual o movimento que poderia ser feito.

O número de jogadores nesta fase do jogo foi elevado, sendo que normalmente estiveram 7 jogadores, número que chegou a 8, quando os dois laterais estiveram ambos projectados.
 
 
Na zona de finalização, a equipa não procurou muito os cruzamentos das zonas laterais, preferindo as combinações para o corredor central, tentando atacar a profundidade de modo a criar situações de finalização simples. Os cruzamentos que aconteceram foram, normalmente, já no interior da área para a entrada desta. Os remates foram no interior da mesma, mas há elementos com boa capacidade para atirar de fora: como El Zhar ou Boateng. Vários foram os elementos a surgir em zonas próximas da área com um mínimo de 3 elementos nas imediações da área.

 

 
Construção:

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Criação:

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Finalização:

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É certo que é uma época precoce e muitas voltas podem dar, mas os sinais que vimos da equipa de Quique Sétien são muito agradáveis, sugerindo que o futuro da equipa das Canárias poderá ser como o tempo nas ilhas: solarengo e agradável, mostrando bom futebol e atingindo os seus objectivos na LaLiga.

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