Erros que se repetem

O Sporting teve um novo desaire na Liga dos Campeões, frente ao Marselha. À semelhança do jogo em França, os leões ficaram desde cedo condicionados devido a expulsões, com os marselheses a colocarem-se desde logo em vantagem no marcador.

“Ele gosta deste tipo de futebol, é perfeito para ele. É um jogador que quando ataca, ataca o espaço e joga entre linhas, tem qualidade para combinar, é um jogador completo, de alto nível. Hoje fez a diferença.”

Igor Tudor, sobre a prestação de Amine Harit

E foi precisamente Harit o elemento desbloqueador do jogo. Está presente no lance da expulsão de Esgaio, que origina o primeiro golo do Marselha e, no segundo golo, ao explorar o espaço na profundidade, onde o Sporting revelou muitas dificuldades.

Este jogo não foi, no entanto, caso único. Se, nas temporadas transatas, o Sporting era exímio no controlo do espaço tanto nas costas como à frente da sua linha defensiva, nesta época, tem sido um dos aspetos em claro decréscimo de qualidade nos comportamentos coletivos, particularmente da linha defensiva. O facto de a dupla de meio campo ser nova (e com menos capacidade de recuperação defensiva e ocupação de espaços, comparativamente com a dupla Palhinha-Matheus) também deixa o setor defensivo mais exposto às investidas dos adversários. Foram já vários os jogos em que o Sporting sofreu golos/ocasiões de golo por debilidades no controlo da profundidade defensiva, por diferentes tipos de erros:

• Falta de alinhamento da linha defensiva, colocando adversários em posição regular.
• Indefinição relativamente aos indicadores de aguentar posição para colocar adversários em posição irregular ou recuar para controlar o espaço na profundidade.
• Falta de acompanhamento individual dos adversários que efetuam movimento de ataque à profundidade, para condicionar a ação do mesmo.
• Erros individuais na leitura dos lances, quer pelos defesas, quer por Adán com maus timings de saída da baliza.

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