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Liga dos Campeões 2021/22: as 32 equipas (parte 1)

Grupo E

Barcelona

Eterno candidato à vitória final, o Barcelona perdeu a sua maior referência e um jogador impossível de substituir: Leo Messi. Além de ter reforçado um dos rivais, enfraqueceu e de que maneira o plantel Blaugrana, que tem assim um segundo ano de transição e de retoma da aposta na cantera, algo que marcou o clube durante anos. Longe estão os anos do romântico Tiki-Taka e da beleza do futebol de passe difícil de contrariar, mas o Barcelona é sempre uma equipa para considerar para as fases adiantadas da prova.

Com a corda na garganta a nível financeiro, o clube espanhol virou-se para contratações cirúrgicas a custo zero, sendo que a chegada de Depay, Aguero e Eric Garcia vieram colmatar algumas ausências, Griezmann e Pjanic saíram para libertar a folha salarial. Apesar de tudo, o clube é, juntamente com o Bayern, favorito à passagem aos 1/8 de final.

Bayern Munique

O Bayern de Munique tem de ser um dos principais candidatos à vitória. O clube tem-se mantido alheio às barbaridades financeiras dos restantes tubarões europeus, e vai mexendo cirurgicamente no seu plantel ano após ano, o que implica muitas vezes o enfraquecimento da concorrência interna. Vencedor da edição de 2020 em Lisboa, no ano passado caiu aos pés do PSG, clube que tinha derrotado na final de Lisboa.

Para esta temporada chegaram Upamecano e Sabitzer, ambos vindos do Leipzig, e o plantel não perdeu nenhum dos seus titulares absolutos. A chegada de Naggelsmann reforça a «aposta» interna, e o jovem treinador vai querer certamente deixar a sua marca na Europa, com um dos principais alvos a abater. Sobre Lewandowski, há pouco a acrescentar por estes dias!

Benfica

A chegada de Jesus abriu a saca dos milhões. No primeiro ano o investimento não chegou para a equipa aceder aos grupos da Liga dos Campeões, mas serviu para consolidar o (bem) trabalhado modelo do experiente treinador. Já nesta temporada, Jesus voltou a ver os seus desejos concedidos e o plantel engordou em qualidade. Tanto que o técnico tem quase trocado a equipa inteira entre jogos europeus e domésticos. Pelo caminho ficaram Spartak de Moscovo e PSV, e agora a concorrência é de peso, o que não impede ao clube encarnado de ambicionar à passagem à próxima fase.

A qualidade abunda no plantel, o que permite a Jesus experimentar vários sistemas durante um jogo, consoante as necessidades. Barcelona e Bayern serão ossos muito duros de roer, mas o enfraquecimento do clube espanhol, sobretudo, pode abrir uma janela de oportunidade ao clube da Luz.

Dínamo Kiev

Posto um ponto final na hegemonia interna do Shakhtar, cabe agora ao Dínamo abraçar a aventura europeia com o treinador Mircea Lucescu. Corre um pouco por fora num grupo extremamente competitivo, mas tem a seu favor o facto de nunca ser fácil uma viagem até à Ucrânia. Presumivelmente, será o quarto classificado do grupo E.

Os seus principais valores são Shaparenko e Tsygankov, num plantel em que abundam jovens com muita qualidade, com Zabarnyi à cabeça. O jovem de apenas 17 anos foi inclusivamente titular no último europeu de futebol, e avizinha-se-lhe um futuro radioso.   

Grupo F

Atalanta

Em 2020, o mundo encantou-se com o 3x4x2xx1 de Gasperini. A Atalanta chocou o mundo, e após 0 pontos (!) nos primeiros três jogos da LC, logrou chegar aos quartos de final, sendo só batida pelo PSG nos descontos da partida, após ter estado grande parte do tempo a vencer. A equipa tem algumas características interessantes como as marcações quase exclusivamente individuais e a facilidade com que faz golos e envolve muita gente na frente. Neste grupo, a ambição passa certamente por passar à próxima fase.

Sem uma figura imediatamente destacável, salta à vista a qualidade de Koopmeiers, Malinovskyi , Ilicic ou Zapata, bem como o altamente valorizado Maehle, depois do Europeu pela seleção dinamarquesa. Repetir 2020 será difícil, mas para a turma de Bérgamo, não há impossíveis.

Manchester United

O United, finalista vencido da última edição da Liga Europa, anda arredado do maior título europeu desde 2008. Na altura, com Sir Alex Ferguson e Cristiano Ronaldo, a equipa bateu o Chelsea nas grandes penalidades e levou a taça de Moscovo para Manchester. O clube passou um mau bocado financeiramente, mas parece que o regresso aos grandes palcos está para breve.

Cristiano Ronaldo pode ser o motor psicológico desta equipa que tem ainda Bruno Fernandes, Rashford, Cavani, Pogba, Varane ou De Gea, e ainda o recém-chegado Jadon Sancho, em quem se deposita muita esperança. O objetivo do clube é passar o grupo, sendo que o despique entre Villarreal e Atalanta pode favorecer os Red Devils na luta pela pole position.

Villarreal

O submarino amarelo ganhou dimensão europeia com Unai Emery. O experiente técnico levou a equipa à conquista da Liga Europa em 2021 (às custas do Manchester United) e apresenta um projeto sólido e ambicioso para a Liga dos Campeões 2021/22. Com um plantel bem oleado, a equipa espanhola precisará de ter bons resultados frente à Atalanta para não comprometer as suas ambições.

Gerard Moreno é o nome mais do plantel, seguido por Pau Torres, um dos quais a quem se prevê melhor futuro. Os dois espanhóis, presentes na última edição do Euro 2020, são os nomes a ter em conta.

Young Boys

A par do Dínamo Kiev, outro emblema que pôs fim à ditadura interna imposta pelo Basileia. O clube apurou-se para a Liga dos Campeões vindo do Playoff, e calhou num grupo extremamente equilibrado, uns furos acima da sua qualidade.

Tem no ponta de lança Nsame um sinónimo de perigo, sendo a mobilidade do camaronês um dos apogeus do 4xx4x2 do técnico David Wagner. Do plantel faz ainda parte o sérvio Sulejmani, bem conhecido dos portugueses, sobretudo dos adeptos do Benfica.

Grupo G

Lille

Arranque brilhante na temporada, com a conquista da Supertaça, mas a prestação na Liga tem deixado a desejar. O emblema francês perdeu o seu treinador Galtier, e com ele as ideias que levaram o emblema do norte de França ao título.

O plantel principal perdeu dois jogadores muito importantes, como Soumaré, Maignan e Luiz Araújo,  mas a principal boa notícia foi a manutenção de Renato Sanches, de quem tanto se falou, primeiro para Liverpool e depois Wolves. Num grupo altamente equilibrado e sem uma chave final definida no plano teórico, os campeões gauleses vão mostras que se se batem com o PSG, podem bater-se com qualquer equipa.

Salzburgo

Um sinónimo de jogos com golos, por norma. Os austríacos têm sido presença assídua na Liga dos Campeões, e continuam a ser um dos maiores exportadores de talento por essa Europa fora. Mané, Haaland, Szobozlai, entre outros, têm sido apenas alguns dos jogadores que o clube descobre.

Nunca passou da fase de grupos, algo que tentará contrariar este ano com o seu jovem plantel. Com uma média de idades a rondar os 23 anos, a ideia do clube é bem cara, comprar barato para vender caro. Depois da hegemonia interna (são já 8 títulos seguidos) os adeptos pedem mais a nível europeu.

Sevilha

O Sevilha é um caso raro no futebol europeu. Desconsiderado por muitos, altamente consistente quando é necessário. No ano passado, o clube andaluz foi afastado pelo Dortmund, num jogo em que ficou a pedir mais à sorte, sobretudo na primeira mão. Com Julen Lopetegui no banco, os sevilhanos são os principais candidatos ao primeiro lugar do grupo.

A base no plantel manteve-se e En-Nesiry, Ocampos, Rakitic ou Papu Goméz são de quem se espera o perigo. Na defesa reside talvez o craque da equipa, Jules Koundé, que esteve no limiar da saída para o Chelsea até ao derradeiro segundo do mercado, segundo alguns órgãos de comunicação social.

Wolfsburgo

Treinador por Mark van Bommel, os alemães vão (à partida) disputar o lugar na próxima fase com o Lille. Donos de um futebol muito ofensivo, têm na frente de ataque um holandês capaz de ligar, aparecer em rotura e matar bolas perdidas na área com relativa facilidade apesar da sua envergadura (1,97). Wout Weghorst é o nome mais desta equipa que conta com Waldschmidt, ex-Benfica.

Passados seis anos, a equipa regressa a uma Liga dos Campeões, e com o objetivo bem traçado: estar na fase seguinte. Para isso chegou ainda Lukas Nmecha e Lukébakio, nomes pesados no momento ofensivo.

Grupo H

Juventus

A “Vecchia Signora” viu a sua hegemonia ser destronada e inicia agora um novo ciclo, com novo treinador e sem a sua principal estrela. A contratação do astro português tinha como principal objetivo ganhar a Liga dos Campeões, mas na verdade a distância para o troféu só aumentou. Depois de várias prestações excelentes e de uma final em 2015, a Juventus vê-se agora obrigada a uma pequena remodelação, também com o objetivo de recuperar o “trono” italiano.

Enquanto que Cristiano rumou a Manchester, Manuel Locatelli e Moise Kean ingressaram em Turim. Ainda assim, a principal esperança reside no renascimento de Paulo Dybala. O médio ofensivo argentino já demonstrou ser um jogador fenomenal e esteve durante vários anos no topo do futebol mundial, mas a contratação de Ronaldo tirou protagonismo e espaço a Dybala, que agora pode voltar a ser o destaque da Juve.

Chelsea

Campeões em título, o Chelsea veio ao Dragão ganhar pela 2ª vez na sua história a Champions League. Thomas Tuchel chegou a Stamford Bridge a meio da temporada 20/21, encontrou um plantel muito forte e soube utilizar da melhor maneira possível os recursos que tinha. Esta temporada, com o novo reforço sonante, o objetivo é ganhar a nível interno, a Premier League, e voltar a ganhar a Liga dos Campeões.

Romelu Lukaku foi 2º contratação mais cara deste mercado, apenas atrás de Grealish, e volta aos Blues vários anos depois de ter saído para o Everton. Em Milão, com Antonio Conte, o avançado belga reinventou-se e tornou-se num dos melhores e mais completos avançados do mundo. Por tudo isto e pelo seu perfil, Lukaku acrescenta um valor enorme ao Chelsea e é a principal estrela da equipa.

Zenit

O clube de São Petersburgo tem cimentado a sua posição como principal clube russo, é atual tricampeão, e marca presença na Liga dos Campeões pela 3ª edição consecutiva. Ainda assim, o desempenho do Zenit a nível Europeu não tem sido bom, tendo ficado em último lugar no seu grupo nas últimas duas edições. Esta temporada têm uma oportunidade para mudar esse rumo, o grupo não é fácil, mas o clube russo assume-se claramente como candidato ao 3ª lugar, à frente do Malmö.

A equipa é forte, as saídas não foram relevantes e entrou uma das revelações dos últimos anos do Brasileirão. Claudinho é um médio ofensivo de 24 anos, é dotado de uma capacidade técnica muito forte, é muito imprevisível e forte no aspeto de criação, juntando-se a Malcom no ataque como principal desequilibrador e criador de perigo.

Malmö

São a equipa mais vulnerável do seu grupo, mas, à semelhança do futebol nórdico, têm vindo a crescer e têm potencial para baralhar as contas do Zenit, pondo a Juventus e Chelsea claramente à frente e na luta pelo primeiro lugar. O Malmö tem uma equipa modesta, mas com alguns jovens jogadores a aparecer, que têm potencial para chegar aos principais palcos do futebol europeu.

Niklas Moisander, Martin Olsson, Ola Toinoven e Anders Christensen, o capitão, oferecem experiência o grupo. Veljko Birmancević e principalmente Anel Ahmedhozić são as principais promessas do clube sueco. Anel é um defesa central bósnio de 22 anos, já é internacional e é o esteio da defesa do Malmö. Tem um potencial muito grande e tem tudo para se mostrar aos tubarões europeus nesta edição da Liga dos Campeões.

Artigo feito por Afonso Cabral e Pedro Carvalho



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