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Luis Henrique: nova joia botafoguense

Natural de Solânea na Paraíba, Luis Henrique de apenas 18 anos surgiu no fim do ano passado, quando atuou nas duas últimas rodadas do campeonato brasileiro. 

O jovem extremo lançado pelo Botafogo, é fruto de uma parceria do clube e do Três Passos (TAC), do Rio Grande do Sul. Antes de chegar ao time carioca, participou de uma excursão na Europa em 2018 pela equipa gaúcha, onde foi convidado para participar de um período de treinamentos no Bayern de Munique. Após essa experiência na Alemanha, foi diretamente para o Botafogo onde cumpriu as últimas etapas de seu processo de formação. Na atual época, firmou-se na equipe titular do Glorioso como ponta-esquerda, sendo um diferencial técnico em vários momentos do campeonato carioca e começando a destacar-se a nível nacional. 

MOMENTO DEFENSIVO 

Embora seja um jogador muito atrelado aos lances ofensivos, sua contribuição em situações defensivas é salientável. Com boa recomposição e noção de vigilâncias individuais aos laterais rivais dentro do contexto de organização defensiva do Botafogo, Luis consegue fechar linhas de passe e oferecer agressividade sobre o portador da posse. Tendo aspectos físicos acima da média para a idade, cumpre com eficiência a sua função pelo lado do campo e ainda apresenta potência para percorrer grandes espaços de campo ao recuperar a posse. 

Por momentos, sua reação à perda da posse pode ser demasiado lenta em contextos de alta exigência, algo que talvez tenha ligação com o início da temporada brasileira e a evolução do trabalho de Paulo Autuori no comando do Botafogo. 

MOMENTO OFENSIVO 

Com bola consegue demonstrar seu talento principalmente quando possui metros para correr, encontrar colegas para tabelar e progredir com posse. Suas capacidades para desequilibrar através de dribles curtos e longos, desmarcar-se em ruptura e trabalhar em zonas interiores são suas principais aptidões. Todas essas características girando em torno de espaço/tempo viáveis para desequilibrar em condução, tendo qualidade no terço-final para agregar de forma associativa ou diretamente em remates à baliza. 

Quando a equipe consegue estabelecer-se em campo adversário tem liberdade de movimentos entre o lado esquerdo e o meio-campo, muitas vezes trocando de posição com o outro extrema, inclusive. Com a habilidade individual que tem, ainda terá chances para evoluir em outros aspectos de seu jogo, como ao perfilar o corpo para receber de costas em posicionamentos internos, muitas vezes tendo dificuldade para progredir ou girar e sendo obrigado a retornar a bola aos companheiros recuados. 

UMA NOVA ESTRELA NEM TÃO SOLITÁRIA

Enquanto há a chegada de nomes experientes ao Botafogo, como Keisuke Honda e Salomon Kalou, Luis Henrique e sua pouca idade chamam atenção pela naturalidade de sua ginga e finura nos gestos técnicos. Assim como ele, outros garotos passaram a integrar o elenco principal do conjunto dirigido por Paulo Autuori, mesclando gerações e níveis para atingir maiores objetivos. Com a facilidade que teve para adaptar-se ao time titular botafoguense, certamente poderá despertar interesse europeu nos próximos meses. Até lá, terá oportunidade para potencializar suas virtudes e diminuir suas dificuldades, podendo evoluir ainda mais seu futebol potente e veloz.

DADOS ESTATÍSTICOS DA ÉPOCA

Jogos: 12 

Golos: 2 

Assistências: 5 

Chances criadas: 10 (0,83 por jogo) 

Remates: 18 (44,4% de acerto)  

Dribles certos: 3,7 por jogo 



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