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Desde a chegada de Sérgio Conceição ao FC Porto, a equipa azul e branca tem apresentado uma grande variabilidade de soluções e criatividade na execução dos esquemas táticos ofensivos, nomeadamente, aquando do momento de cantos e livres.

Até à jornada 24 (a última antes da interrupção devido à pandemia do covid-19), os dragões, para além de serem líderes com mais um ponto que o Benfica, são também líderes no capítulo das bolas paradas (esquemas táticos ofensivos), sendo a esta altura, com 20 golos marcados, a equipa mais concretizadora da prova, neste momento do jogo.

Dos 50 golos marcados pelos dragões no campeonato até então, 40% dos mesmos foram obtidos através de lances de bola parada: cantos – 10; livres laterais – 5; penaltis – 5.

Esse vasto leque de soluções nas bolas paradas, leva a que a equipa possa estar sempre preparada para responder às diferentes formas de defesa dos adversários: marcação zonal, marcação mista ou marcação individual e onde são mais vulneráveis para se atacar essas zonas/espaços de forma mais assertiva.

Permite ter também soluções nas diferentes zonas do campo (livres) e ao mesmo tempo situações que possam ir surpreendendo o adversário, desde situações mais estratégicas (normalmente o primeiro canto ou livre do jogo) e tomar essas outras decisões de execução consoante os comportamentos dos jogadores adversário no decorrer do jogo, porque … “o jogo é que dita!”

Começando pelos cantos ofensivos e pela sua forma mais criativa e trabalhada de execução, há então a registar uma panóplia de combinações que vão desde situações mais simples (combinação entre 2 jogadores) a situações mais complexas (combinação entre 3 ou mais elementos).

CANTOS OFENSIVOS – DIFERENTES DINÂMICAS

As combinações ditas “mais simples”, relacionam-se desde logo com a aproximação de um jogador que sai da zona do 1º poste para combinar com o batedor (ou com um dos elementos próximos da zona do canto), sendo que esse mesmo elemento que faz aproximação para receber procura uma receção orientada e rodar rapidamente no sentido da baliza adversária para efetuar cruzamento ou devolver ao batedor para que ele possa cruzar para as zonas e jogadores de referência (1, 2, 6, 7 e 8).

​Nas combinações a envolverem três ou mais jogadores, há a colocação de um jogador próximo da zona do batedor (de forma lateral) com mais um jogador colocado de forma mais exterior e lateralmente aos outros dois. A ideia passa por criar superioridade numérica no corredor (3×2 ou 4×3) e a partir daí gerar-se uma combinação que culmine com ação de cruzamento para a área (3, 4 e 5).

​​De forma a se poder explorar um eventual espaço à entrada da área, há também a registar a colocação de uma bola aérea exterior ou com passe atrasado para essa zona, para que elemento aí colocado possa rematar à baliza (9 e 10).

Na sua forma mais criativa, o FC Porto apresenta um canto em que Otávio e Corona são os protagonistas na execução do mesmo. O mexicano coloca-se muito próximo da zona do batedor (Otávio), entra em combinação curta com este e o médio brasileiro “pica” a bola em passe para Corona, por cima do adversário que defende canto curto, sendo que Corona procura culminar essa ação com remate à baliza (11).

Apesar desta diversidade de execução de cantos ofensivos, a verdade é que é na forma mais simples e direta de execução – bola batida diretamente para a área – que o FC Porto mais partido tem tirado dessas situações: 9 golos com cruzamento direto para a área e apenas 1 golo na sequência de combinação.

Alex Telles é aquele que assume um maior destaque na execução de pontapés de canto, na grande maioria na forma fechada e para a zona de penalti ou ao 2º poste. Zé Luís (3 golos), Soares e Marcano (ambos com 2 golos), são aqueles que mais golos têm no seguimento de pontapés de canto.

CANTOS OFENSIVOS – GOLOS MARCADOS

No capítulo dos livres ofensivos, as dinâmicas não diferem muito daquelas que são tidas para a execução dos cantos, e aqui falando na sua forma mais criativa e complexa de batimento dos mesmos.

Com envolvência de dois jogadores: passe do batedor para elemento posicionado mais em largura, sendo que este pode tirar cruzamento largo ao 2º poste ou combinar com batedor para que este possa alvejar a baliza adversária (1 e 2).

Ainda dentro destas combinações a 2 (e aqui com ambos na zona da bola), pode um pisar para que o outro saia a jogar, sendo que este último, e consoante o comportamento do adversário – encurte ou não de forma rápida a ação ao portador – possa executar cruzamento largo ao 2º poste ou possa rematar à baliza (3 e 4).

Nas combinações a envolverem três ou mais jogadores, podem dois jogadores “esconder” a bola estando posicionados de costas para a baliza do adversário, e aqui abrem-se 2 possibilidades: toque para o lado para remate ou toque para o lado e envolvência dos três com culminação de cruzamento para a área (5, 6 e 7).

Noutra variante, passe de rutura de forma rasteira ou aérea para a entrada de um jogador que parte (pode beneficiar de um bloqueio) desde trás: posicionamento inicial à entrada da área (8 e 9).

Na sua forma mais criativa, bola “picada” por cima da barreira, onde se encontra um jogador estrategicamente posicionado, que surge isolado na cara do GR (10).

LIVRES OFENSIVOS – DIFERENTES DINÂMICAS

Tal como acontece nos cantos ofensivos, é na forma mais simples e direta de batimento que o FC Porto apresenta mais eficácia neste tipo de lances: 4 golos na sequência de cruzamento direto para a área e 1 golo através de situação mais elaborada.

Sérgio Oliveira, é aquele que apresenta uma maior preponderância (ainda que ligeira) aquando de situações de livre lateral em relação aos restantes. Em termos de golos obtidos, há quatro jogadores (todos com um golo) a terem destaque neste momento do jogo.  

LIVRES OFENSIVOS – GOLOS MARCADOS

No total dos 20 golos marcados pelos dragões até então, há ainda a registar 5 golos obtidos através da marcação de grandes penalidades, todos eles concretizados por Alex Telles. Em relação ao livres diretos e aos lançamentos laterais, a equipa orientada por Sérgio Conceição ainda não obteve qualquer golo.



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