O Manchester United no início de fevereiro de 2020, antes da chegada de Bruno Fernandes, tinha amealhado 34 pontos em 24 jogos e estava a 6 da qualificação para a Champions League. Após a chegada do médio português, associada à recuperação da lesão de Pogba, conquistou 32 pontos em 14 jogos, conquistando o 3.º lugar da classificação garantindo o acesso direto à Champions League.
A melhoria da qualidade exibicional e classificativa que se seguiu não será da exclusiva responsabilidade do português, mas este teve e tem grande influência no meio campo dos Red Devils, tendo influência direta em 15 golos com 8 marcados e 7 assistências.
O Manchester United estrutura-se num 4-2-3-1, em que no momento ofensivo se torna um pouco assimétrico, com um duplo pivot preferencialmente com Matic (mais fixo) e Pogba uns metros à frente deste e Bruno Fernandes no vértice ofensivo com liberdade para ocupar um vasto raio de ação no setor ofensivo tanto em largura como em profundidade.
O meio campo da equipa inglesa tem ainda como principais alternativas McTominay e Fred para o duplo pivot, mas sem nunca abdicar do médio português.
Analisando o meio campo da equipa inglesa em organização defensiva, verificamos que num 1.º momento, quando procura impedir a construção adversária, Bruno Fernandes se posiciona numa linha de 3, um pouco mais recuada que o PL, encurtando depois tanto para o defesa central como para defesa lateral que dê continuidade à construção adversária, sendo um trabalho principalmente do português e dos extremos e PL. Os médios Pogba e Matic mantêm-se mais baixos, fechando o corredor central, mas saindo na pressão se os médios adversários baixarem para participarem na construção.
Em organização defensiva em zonas mais baixas, Pogba e Matic posicionam-se preferencialmente a fechar o corredor central, muito próximos em largura com uma eficaz sincronização nos movimentos de cobertura. Em zonas mais próximas da baliza, revelam capacidade para percecionar o espaço e efetuar o alinhamento (principalmente Matic) com a linha defensiva para defesa de cruzamento. Bruno Fernandes procura condicionar principalmente o médio defensivo adversário e está preparado para ser a ligação para a transição ofensiva não abdicando de, quando necessário, baixar e ocupar o espaço dos extremos ou de um dos médios.
Em organização ofensiva, e focando-nos mais uma vez, no posicionamento e missões do trio do meio campo, a equipa inglesa na sua 1.ª fase de construção posiciona os seus médios em linhas verticais e horizontais diferentes, com Matic a baixar para a linha dos DC, normalmente do lado esquerdo, Pogba posicionado à frente destes mais no corredor central, mas efetuando movimentos diagonais de aproximação, tanto para participar na construção como para arrastar marcações, e permitir que o português, numa zona mais adiantada receba e enquadre entrelinhas, sendo ainda muitas vezes visível o posicionamento de Bruno Fernandes mais perto da linha lateral partindo depois em condução ou combinações para o corredor central.
Já no setor ofensivo, Bruno Fernandes é preponderante em posse e na capacidade de desarticular a defesa adversária através de variação do centro de jogo e risco assumido em passes verticais para o espaço interior. O posicionamento de Matic e Pogba, em cobertura ofensiva, com mais liberdade do francês para ocupar zonas mais próximas de finalização, garantem necessário o equilíbrio à equipa com uma grande eficácia na transição defensiva.
O médio português destaca-se ainda na finalização com 7 golos em 13 jogos, tanto a partir de bola parada como pela sua verticalidade a surgir em zonas de finalização, mesmo quando participa anteriormente no início do processo ofensivo em zonas mais recuadas, o que lhe permite criar desequilíbrios na defensiva adversária.
A capacidade de condução de Pogba e a verticalidade tanto em condução como em passe de Bruno Fernandes, associados à velocidade da linha de jogadores mais ofensivos, são fatores que potenciam a equipa inglesa a explorar os momentos após recuperação de posse de bola.
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