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FC Porto x Sporting: Jovane arruma o espelho tático

O clássico que a Covid quis adiar

O Sporting bateu o FC Porto por 2-1 e marcou presença na final da Taça da Liga. Os leões consumaram a reviravolta perto do fim com dois golos do recém-entrado Jovane. O extremo cabo-verdiano sentenciou a partida, depois de Marega ter aberto o marcador à passagem do minuto 79.

Rúben Amorim apresentou o seu 11 base no habitual 3x4x3, com Inácio no lugar de Luís Neto, já Nuno Mendes foi rendido por Antunes.

No FC Porto, Sérgio Conceição apostou numa equipa com muitas peças mudadas- destaque para as entradas de João Mário, Grujic, Felipe Anderson, Diogo Leite e Diogo Costa no 11, com o modelo de 3x4x3 a ser o utilizado, visível sobretudo no momento ofensivo da equipa.

O jogo foi marcado ainda por alguma polémica fora das quatro linhas (nem seria um clássico se assim não fosse) com a incerteza a pairar sobre a sua realização devido à COVID-19.

1.ª parte

Tabela > chutão

O jogo na primeira parte foi muito bloqueado, com ligeiro ascendente para o FC Porto que desperdiça a sua melhor oportunidade através de Marega, num remate ao poste.

Taticamente, o 3x4x3 tem a particularidade de ser o único sistema que se espelha na perfeição, o que significa que quando duas equipas se defrontam neste modelo, é muito comum ver duelos individuais na primeira fase de construção, com os três defesas a serem marcados homem-homem pelos três avançados.  O mesmo acontece na ponta oposta do campo (e até no meio-campo, na disputa pelas segundas bolas).

Os sistemas encaixam em si de forma tão perfeita, que muitas vezes os encontros acabam decididos em pormenores individuais que quebram as amarras táticas.

Assim, a ideia de ambas as equipas foi atrair a pressão adversária para bater na frente e tentar ganhar segundas bolas. Afinal, perder um duelo 1vs1 em meio-campo ofensivo é sobejamente mais seguro do que o perdê-lo perto da baliza.

No lado do FC Porto, e antecipando este estilo de jogo, Marega aproximou ao lateral esquerdo do Sporting na primeira fase de construção da sua equipa, para ganhar a profundidade mas também para dividir o duelo aéreo com Antunes, mais baixo que Feddal ou Coates e que o próprio maliano.

No Sporting pareceu haver pouco critério no chutão, até porque a referência ofensiva (TT) não tem a compleição física do seu homólogo da equipa adversária.

De salientar que as duas melhores oportunidades dos primeiros 45 minutos tenham sido lances idênticos com a promoção de tabelas simples entre o lateral e o extremo, para criar superioridade numérica no corredor lateral.

Lances pouco explorados pelos 22 jogadores de campo, com maior taxa de sucesso que o pontapé na frente.

2.ª parte

Same same, but different

A segunda parte manteve a toada da primeira. Muitos duelos 1vs1, muita bola na frente, mas desta feita com a qualidade individual a decidir a partida.

Com tanta dificuldade em chegar às balizas, tinha de ser a qualidade de um ou outro jogador a decidir.

No Sporting, as substituições revelaram-se eficazes, pois mesmo sem desmontar o sistema, Rúben Amorim conseguiu criar dificuldades ao FC Porto porque os jogadores frescos começaram a ganhar mais duelos e a explorar as limitações físicas do seu oponente direto, em campo há muitos mais minutos.

Marega fez o primeiro após raid individual, Jovane empatou com um excelente remate de fora da área, e o próprio consumou a vitória após grande assistência de Pedro Gonçalves (nota para a receção orientada do melhor marcador da Liga NOS).



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