Top-Gun Bracarense
Braga prepara-se para jogar uma final em ano de Centenário
A segunda meia-final da Taça da Liga desta temporada opôs Carlos Carvalhal, o primeiro treinador a vencer a competição contra Jorge Jesus, o treinador com mais vitórias na prova.
O SC Braga venceu o Benfica por 2-1, marcando os seus golos por Abel Ruiz na 1° parte e Tormena na 2° metade do jogo. Por seu lado, o Benfica marcou ainda na 1° parte de penalti por Pizzi.
A equipa de Carvalhal fez apenas 1 alteração no seu onze inicial, saindo Bruno Viana e para o seu lugar a entrar Tormena.
Por seu lado, o Benfica devido aos muitos problemas com a COVID, teve de alterar 6 jogadores. Organizou-se numa estrutura em 3-4-3, em que a maior surpresa foi Weigl a jogar como central pelo meio, Todibo central pela direita e Jardel central pela esquerda.
Como ala direito o jovem João Ferreira e na esquerda Cervi. Os dois elementos do meio-campo foram Pizzi e Taarabt. Na frente Darwin descaído na esquerda, Seferovic no meio e Rafa na direita.
1°Parte
Muito Equilibrio
As equipas encaixaram taticamente uma na outra, principalmente no meio, com Castro e Al Musrati contra Pizzi e Taarabt.
De mais relevo na 1° parte do jogo, foram os movimentos de Darwin, que começando pela esquerda fazia constantes movimentos para dentro, juntando-se assim a Seferovic.
Defensivamente, isto causou ao Braga problemas visto que deixou Esgaio na dúvida, se acompanhava Darwin nesses movimentos ou ficava na sua zona prevenindo a subida de Cervi. Como aconteceu de resto, no lance que deu o penalti ao Benfica.
Sem bola, o Benfica tentou pressionar alto a saída do Braga, tendo a sua linha defensiva bastante subida, algo que os bracarenses só conseguiram explorar duas vezes por Abel Ruiz.
Com a pressão alta do Benfica, o Braga tentou encontrar Horta ou Fransérgio entre linhas, sendo que quando isso acontecia os centrais encarnados saiam a pressionar impedindo a sua rotação.
Com as equipas a jogarem em 3-4-3, o espaço estaria ao lado dos médios centro adversários, mas para esse espaço ser explorado as equipas deveriam tentar variar o flanco ao jogo, algo que não aconteceu regularmente e que quando aconteceu o passe geralmente não tinha qualidade.
2°Parte
Braga Controlador
Na segunda parte, o jogo não se alterou muito na sua essência. As duas equipas continuaram a tentar pressionar alto, tentando provocar o erro ao adversário.
Com bola, tanto Braga como o Benfica tentaram jogar por cima desta pressão, jogando direto para os seus jogadores mais ofensivos, que teriam como missão segurar e jogar nos médios, ou receber e rodar.
O jogo só se alterou com o segundo golo do Braga, quando Jorge Jesus fez entrar Everton em campo. A estrutura encarnada manteve-se, mas com Everton para jogar aberto pelo lado esquerdo, à frente de Cervi. Esta alteração levou a que o Benfica tentasse criar mais perigo.
Esse posicionamento de Everton, que começava as suas ações bem aberto no seu flanco, criava espaço entre Esgaio e Tormena, com Cervi a conseguir explorar através de movimentos interiores.
Carlos Carvalhal leu bem o jogo, ao baixar Ricardo Horta para ajudar Esgaio a fechar o corredor direito. Organizando-se num 5-4-1, com essa alteração, o Benfica não conseguiu criar mais perigo para a baliza de Matheus. As outras alterações feitas pelo treinador do Benfica acabaram por relevar-se ineficazes.
GOLOS DO BRAGA
O Braga marcou os seus golos em situações muito semelhantes. Após uma bola parada, em que na sequência da jogada a bola sobrou para Ricardo Horta que cruza com grande precisão. A pressão do Benfica à bola demorou muito, o que facilitou o cruzamento. O segundo erro nos golos, é a falta de coordenação da defesa encarnada ao subir. O que é justificável por serem jogadores pouco utilizados e não jogarem juntos regularmente.
Via Aberta para a Final
O Braga marca assim encontro com o Sporting na final de sábado. Por um lado poderemos ter a equipa bracarense a conquistar a competição pela segunda vez e por outro poderemos ter Rúben Amorim a levar a Taça para casa pelo segundo ano consecutivo.
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