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Liga dos Campeões 2021/22: as 32 equipas (parte 2)

Grupo A

Manchester City

Finalistas vencidos na campanha 2020/2021, o Manchester City continua a ter como principal objetivo conquistar a primeira Liga dos Campeões. O dinheiro árabe entrou no clube em 2007 e desde então que os Citizens integram o agora alargado “top six”. Ainda assim, a consagração continental é o principal objetivo dos azuis de Manchester e de Pep Guardiola, que deseja ganhar pela primeira vez a Champions fora de Barcelona.

Eric García e Sergio “Kun” Agüero saíram ambos a custo zero para Barcelona. O avançado argentino, uma das principais lendas do City, vinha sendo mais fustigado por lesões nos últimos anos e a influência já não era tanta, mas ainda assim a sua presença e contributo em situações decisivas fará sempre falta. No lado oposto, focados no objetivo Champions, o City fez uma contratação sonante no mercado interno. Jack Grealish, a sensação do Aston Villa nos últimos anos, foi contratado por quase 120M€. Guardiola junta à constelação de estrelas que já tinha todo o talento, criatividade e irreverência de Grealish, que promete elevar os Citizens a um nível ainda mais elevado.

Paris Saint-Germain

Numa situação semelhante ao City, o clube Parisiense foi adquirido em 2011 por um grupo do Qatar e desde então se tornou num dos principais clubes europeus. O investimento é enorme e milagrosamente (ou não) conseguem fugir sempre ao “fair-play financeiro” pelo que a necessidade ou mesmo obrigação de vender é nula. Depois de uma final em 19/20 e de uns quartos-final em 20/21, o PSG voltou a carregar e a investir no plantel.

As saídas foram irrelevantes e entraram, nada mais nada menos do que: Gianluigi Donnaruma, Sergio Ramos, Achraf Hakimi, Georginio Wijnaldum e indiscutivelmente um dos melhores jogadores de todos os tempos, senão mesmo o melhor, Lionel Messi. O astro argentino é de longe a contratação mais sonante e pode ser o elemento que faltava para dar aos Parisienses a tão desejada Champions League. Depois da conquista da Copa América, Messi foca agora as suas atenções em Paris, no que é a sua primeira estadia fora de Barcelona. Leo irá combinar com Neymar e Kylian Mbappé, e certamente que nos irá brindar a todos nós com o brilho e a magia à qual nos habituou desde a primeira vez que pisou o relvado pela equipa sénior do Barça.

RB Leipzig

Para completar o grupo das tão denominadas “equipas sem história”, o Leipzig volta a marcar presença na Champions, depois de ter terminado novamente em 2º lugar, pela segunda vez na história. Tal história é muito curta e remonta apenas até 2009, ano em que o clube foi fundado. A ligação à Red Bull é umbilical, encontrando-se o Leipzig topo da pirâmide da companhia. Na Champions as prestações também têm vindo a ser bastantes positivos e agora com Jesse March, o clube procura continuar a potenciar todo o jovem talento que tem no plantel.

Julian Naggelsman saiu para o Bayern e levou consigo Sabitzer e Upamecano, e Konaté rumou ao Merseyside para representar o Liverpool. Pelo lado contrário, Josko Gvardiol, Illaix Moriba e Simakan foram contratados a pensar no futuro, mas é André Silva o maior “upgrade” em relação à temporada passa. Depois de vários anos a brilhar ao serviço do Eintracht Frankfurt, o avançado português mudou-se para Leipzig, e promete marcar ainda mais golos.

Club Brugge

Os belgas têm conquistado a Bélgica com 4 títulos nacionais nos últimos 6 anos e voltam a marcar presença na Liga dos Campeões pela 4ª vez consecutiva. Nos três anos anteriores, com mais ou menos dificuldade, o Club Brugge ficou sempre em 3º lugar e ainda que nunca tenha conseguido passar, deu boa figura e garantiu a continuidade nas competições europeias.

Neste mercado de transferência saíram vários jogadores, entre eles Odilon Kossounou, para o Bayer Leverkusen, e Emmanuel Dennis, para o Watford. As entradas foram várias, mas o destaque vai para Noa Lang, jogador que teve emprestado aos belgas em 20/21 e foi confirmado como reforço a título definitivo para 21/22. O holandês tem se apresentado a um nível excelente e tem sido o jogador mais influente do Brugge. Alia a sua capacidade técnica à velocidade, imprevisibilidade e drible, algo que o torna um perigo no último terço. A capacidade de decisão e de execução final tem vindo a melhorar, e Noa mostra-se cada vez mais competente em frente à baliza e tem vindo a marcar vários golos.

Grupo B

Liverpool

Os Reds são uma das equipas a ter em conta durante esta temporada, tanto a nível interno como europeu. No grupo com mais troféus per capita, o Liverpool orgulha-se de ter sido a equipa que ganhou mais recentemente a maior prova de clubes do velho continente. Com Jurgen Klopp, a dimensão do clube voltou a cair no goto dos adeptos. Na última temporada caíram nos quartos de final aos pés do Real Madrid.

Em relação ao plantel, poucas mexidas numa fórmula que se tem revelado de muito sucesso. A grande novidade passa mesmo pelo regresso de van Dijk uma das «transferências» mais importante do defeso. A estabilidade que o holandês garante permite libertar os laterais e até os extremos, tão importantes na manobra ofensiva da equipa de Anfield. No grupo da morte, tudo o que não passar pelo apuramento, pode ser considerado um fracasso.

Atletico de Madrid

O Atlético é o primeiro cabeça de série deste grupo depois de ter vencido a La Liga. Com Simeone, foi duas vezes à final da competição, tendo perdido em ambas as ocasiões para o eterno rival Real Madrid. Com um futebol muito peculiar de compromisso de todos os seus jogadores, as ambições da equipa passam por voltar a estar em fases adiantadas da prova, sendo que para isso o plantel até melhorou qualitativamente.

Chegaram Rodrigo de Paul e sobretudo Griezmann, que regressou em mais um negócio caricato do Barcelona. O francês volta a uma casa onde foi feliz, para tentar dar continuação ao bom trabalho dos seus colegas. Neste grupo de aposta tripla, os colchoneros querem garantir o apuramento o mais rápido possível.

Milan

Os comandados de Stefano Pioli estão de regresso à alta roda do futebol europeu. Numa equipa que tem sofrido uma renovação gradual do seu plantel e da sua identidade, abunda a juventude. No grupo C, correm um pouco por fora (como o FC Porto), mas sabem ter as suas oportunidades caso joguem bem as suas cartas. Associado a si têm o icónico Zlatan Ibrahimovic, que perto dos 40 anos, continua a jogar, fazer golos e a ser uma figura marcante do futebol italiano e mundial.

Para colmatar a saída de Donnarumma entrou o guarda-redes campeão no Lille Mike Maignan, mas o plantel, ao contrário de outros anos não sofreu alterações drásticas. Sandro Tonali foi comprado definitivamente e outros ajustes foram feitos no sentido de colocar a equipa num patamar que lhe permita lutar, primeiro, pelo scudetto, e depois pelas competições europeias, algo que as história do clube merece.

FC Porto

É verdade que o FC Porto não deve nada a ninguém na Europa. Os tubarões não gostam de ir ao Dragão, e em todos os jogos o 11 escalado larga sangue, suor e lágrimas para no final ser feliz. É esta a identidade portista, vincada sobretudo após a chegada de Sérgio Conceição. Exemplo disso é a campanha na época transata, que acabou nos quartos de final aos pés do vencedor Chelsea. A juntar a isso, o FC Porto foi a única equipa a vencer o campeão da prova.

A base manteve-se e a saída de Marega colmatou-se com Toni Martínez, que já fazia parte do plantel. Felipe Anderson, sem expressão, regressou à base e o meio-campo foi reforçado com o regresso de Vitinha, emprestado, e Bruno Costa, de regresso ao clube que o formou.  O reforço mais sonante acabou por ser Pêpê, mas a nível de importância, nada como a manutenção de Corona e Luis Díaz no plantel. O FC Porto não é favorito, mas tem-nos habituado a umas surpresas giras, e isso não é mais de que os adeptos possam pedir.

Grupo C

Borussia Dortmund

O ponto alto do clube na Champions League chegou em 1997, quando conquistaram a mais prestigiada competição de clubes, e mais recentemente em 2013, quando chegaram à final. Esse plantel treinado por Klopp foi desmantelado aos poucos, mas ainda que a Bundesliga seja dominada pelo Bayern e um sonho quase impossível nos últimos anos, o Dortmund é um dos grandes clubes europeus e todos os anos apresenta plantéis entusiasmantes.

A estrela da equipa é indiscutivelmente Erling Haaland mas, fugindo do óbvio podemos recorrer a uma das contratações para nomear como destaque. Donyell Malen, avançado holandês de 22 anos, foi recrutado ao PSV e tem assumido a titularidade. O jovem dos Países Baixos é um jogador muito dinâmico e com uma capacidade de golo muito forte. Malen pode jogar com o extremo esquerdo e combina bem com o avançado norueguês. Juntos, os dois jovens jogadores tornam o ataque do Dortmund muito intenso, agressivo e muito forte no nível qualitativo.

Sporting

Poucos adivinhavam que Rúben Amorim iria ter um impacto tão grande no clube, mas a verdade é que neste momento a admiração pela qualidade do treinador é, ou devia ser, consenso geral. Anos depois o Sporting voltou a sagrar-se campeão e quatro temporadas depois volta a marcar presença na Champions. A expectativa por parte dos Leões é grande, e num grupo que dentro das possibilidades calhou bastante bem, o Sporting tem tudo para atingir a fase a eliminar.

Este verão sairam Luís Maximiano e Nuno Mendes, um dos destaques da temporada 20/21, mas entraram Ricardo Esgaio, Rúben Vinagre, Manuel Ugarte e… Pablo Sarabia, emprestado pelo PSG. A chegada do espanhol foi inesperada, mas o entusiasmo é enorme, pois a nível interno são poucos os jogadores que atingem o nível do extremo formado no Real Madrid. Sarabia é dotado de um talento enorme, possui uma inteligência futebolística acima da média, um drible e um passe muito forte e uma capacidade de finalização também muito positiva. Para além disso, Pablo encaixa bastante bem no sistema de Rúben Amorim e certamente que será uma das figuras da campanha 21/22 do Sporting.

Ajax

O principal clube dos Países Baixos volta a marcar presença na Liga dos Campeões e depois da épica caminhada em 18/19, quando foi eliminado pelo Tottenham nas semifinais com um golo aos 96, a aposta na formação e nos jovens jogadores continua, sendo vários os jogadores que podem chegar aos maiores palcos do futebol mundial.

Erik Tem Hag continua o treinador, mas a equipa é muito diferente. As saídas dos jogadores mais sonantes nos últimos anos, nomeadamente Frenkie de Jong, De Ligt e Donny Van de Beek, enfraqueceram o Ajax, mas ainda assim o plantel é rico e tem muitas opções. Desde Tagliafico, a Gravenberch, Tadic, David Neres, Antony e Sébastien Haller, é Berghuis o nome mais badalado nos últimos meses nos Países Baixos. O extremo trocou o Feyenoord pelo Ajax, numa transferência direta entre rivais, e vinca ainda mais a superioridade do clube de Amsterdão perante os seus rivais. Por todo esse vínculo emocional associado à transferência de Berghuis, o “hype” dentro da base de adeptos do Ajax é grande e o sonho europeu volta a ganhar forma.

Besiktas

Depois de três temporadas sem Liga dos Campeões, o Besiktas volta a marcar presença na maior competição de clubes do mundo e volta também a encontrar um clube português. Desde 2010, o clube turco jogou por três vezes a fase de grupos e nessas três vezes apanhou sempre pelo caminho um clube português. Benfica em 16/17, Porto em 17/18 e agora Sporting em 21/22. Internamente, voltou também a conquistar o campeonato depois de três épocas a seco. Com o objetivo do bicampeonato e de chegar o mais longe possível na Champions, o Besiktas investiu e foi buscar nomes sonantes.

Neste mercado de transferências entraram Francisco Montero, jovem central ex-Atlético, Umut Meras, lateral esquerdo internacional turco, Rachid Ghezzal (empréstimo foi tornado definitivo) e Michy Batshuayi, mas é Miralem Pjanić o destaque. O médio bósnio foi cedido por empréstimo do Barcelona e assume o papel de estrela da equipa. Depois de vários anos a espalhar magia em Itália e depois de um ano parado na Catalunha, Pjanić rumou ao Besikitas no mercado de transferências para voltar a jogar com regularidade. É assim uma peça bastante importante nas aspirações do clube de Istambul e a expectativa pelo fervoroso público turco é imensa.

Grupo D

Real Madrid

Os Merengues são o clube com mais títulos na Liga dos Campeões e depois de uma fraca prestação na temporada passada, voltam a marcar presença e voltam a focar-se em ganhar mais uma vez a competição. Nos últimos tempos, ao contrário do que é normal, o Real Madrid mexeu-se pouco no mercado, mas o próximo mercado de transferências promete ser entusiasmante, com Mbappé e mesmo Haaland na mira dos “Blancos” para liderarem a pequena remodelação que está em marcha.

Em termos de entradas e saídas, Zidane abandonou o comando técnico e deu lugar a Carlo Ancelotti. Sairam também Raphaël Varane, Martin Ødegaard e o capitão, Sergio Ramos. No sentido oposto entrou David Alaba, a custo zero, e Eduardo Camavinga, um dos jogadores mais promissores de todo o mundo do futebol. O médio francês tem apenas 18 anos, mas já leva 89 jogos no futebol sénior. É um médio com uma capacidade de recuperação de bola muito forte e com bola destaca-se pela inteligência e capacidade de drible e resistência à pressão. Camavinga tem concorrência forte, Kroos, Modrić e Fede Valverde, mas tem um potencial enorme e é seguramente o futuro do Real Madrid.

Shakhtar Donetsk

O gigante ucraniano tem sido presença assídua nas competições europeias e nas Ligas dos Campeões. Mas mais que presença assídua, o Shakhtar tem também mostrado boa figura e tem tido campanhas a um nível muito positivo, quer na Champions quer na fase a eliminar da Liga Europa. Entretanto, a armada portuguesa que comandava o clube saiu, e é Robert De Zerbi que assume o lugar de Luís Castro.

O plantel é forte, tem uma forte influência brasileira como sempre, e tem em Pedrinho uma das principais armas. O jovem brasileiro não teve sucesso em Portugal ao serviço do Benfica e rumou neste mercado de transferências para a Ucrânia. Pedrinho é um extremo direito com uma capacidade técnica muito boa, é bastante capaz no processo de criação e está num contexto muito favorável para se afirmar.

Inter

11 anos depois o Internazionale voltou a conquistar o Scudetto e acabou com a hegemonia da Juventus. Antonio Conte e Romelu Lukaku foram os principais destaques do Inter e agora, sem nenhum dos dois, começa um novo trajeto na busca pelo bicampeonato e por uma boa prestação nas competições europeias, com Simone Inzaghi no comando

Para colmatar a saída de Lukaku e também de Hakimi, os Nerazzurri contrataram Denzel Dumfries, Hakan Calhanoglu, Edin Dzeko e Joaquín Correa, que acompanhou Inzaghi. O argentino foi uma das peças mais importantes da Lazio nos últimos anos e assumiu um papel importante nas dinâmicas implementadas por Inzaghi. Voltam-se a encontrar em Milão, já se conhecem bem e assim, o treinador tem capacidade para retirar o melhor de Correa. Correa joga como segundo-avançado, podendo emparelhar com Lautaro ou Dzeko, e destaca-se pela capacidade técnica, criatividade, passe e inteligência de jogo.

Sheriff Tiraspol

Responsáveis por um dos feitos mais notáveis dos últimos tempos, o Sheriff é um clube moldavo, mas cujas ideologias e adeptos não se identificam como tal, uma vez que a equipa está sediada numa região separatista do país. O feito do clube de Tiraspol é um dos feitos mais notáveis dos últimos tempos, uma vez que pela primeira vez na história o Sheriff marca presença na fase de grupos da Liga dos Campeões.

A equipa em si é muito modesta, especialmente em comparação com os seus adversários, mas existem alguns jogadores que se destacam pela sua qualidade e pelo seu currículo. Adama Traoré, extremo maliano ex-Metz, é um dos jogadores em melhor forma esta temporada e é, a par de Frank Castañeda, avançado colombiano e capitão do Sheriff, o principal protagonista do ataque da sua equipa.

Artigo escrito por Afonso Cabral e Pedro Carvalho.



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