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Solidariedade a defender e eficácia a atacar

Portugal já não tinha hipótese de garantir o apuramento direto para o Campeonato da Europa de 2022, na sequência da derrota frente à Finlândia. Ao mesmo tempo, a equipa das Quinas já tinha assegurado um lugar no play-off de apuramento, pelo que o encontro perante a Escócia era apenas uma mera formalidade para cumprir calendário. Ainda assim, as jogadoras portuguesas mostraram compromisso total e venceram por 0-2.

O selecionador nacional Francisco Neto apresentou quatro mudanças no onze em relação à equipa que iniciou a partida na Finlândia. Ana Borges recuou para a lateral direita e Mónica Mendes, Tatiana Pinto, Cláudia Neto e Diana Silva abandonaram a equipa titular. O selecionador português chamou Jéssica Silva, Ana Capeta, Vanessa Marques e Fátima Pinto ao onze e montou a equipa entre um 4-3-3 e um 4-4-2 losango, sendo de elevada importância o posicionamento de Andreia Norton para a variação entre os dois esquemas, já que foi alternando entre a posição ’10’ e a posição ‘9’.

Posicionamento português na saída de bola escocesa
Portugal em organização defensiva com bloco médio/baixo

Portugal procurou condicionar a saída de bola da Escócia em alguns momentos (não sempre). Nessas alturas, Andreia Norton fechou a zona ‘6’ e Ana Capeta e Jéssica Silva assumiram a marcação das duas defesas centrais.

A equipa lusa esteve maioritariamente em momento defensivo, mas não conseguiu impedir a Escócia de criar ocasiões de golo. A guarda-redes Patrícia Morais foi importante para conter as escocesas na metade inicial da primeira parte, antes de Ana Capeta abrir o marcador, com várias defesas.

O golo surge ao minuto 27 e é uma prova forte do quão falta faz alguém como Ana Capeta ao onze da equipa nacional. É uma atleta com caraterísticas diferentes das restantes, com maior capacidade técnica, com maior disponibilidade para pressionar e que acredita até ao fim. Por isso, o golo “de sorte” talvez não tenha assim tanto de sorte.

Ao intervalo, Francisco Neto trocou Vanessa Marques por Tatiana Pinto, procurando um meio-campo mais de combate e que desse mais garantias no processo defensivo. A equipa portuguesa cresceu em termos defensivos, revelando maior coesão e maior controlo da zona central, isto é, forçando as escocesas a optar pela periferia em grande parte das investidas atacantes. Para além disso, conseguiu aumentar consideravelmente a eficácia nos duelos individuais, o que fez crescer a equipa defensivamente.

Com bola, Portugal teve dificuldades em ligar setores durante todo o encontro. A pressão alta escocesa, aliada a alguma falta de mobilidade das jogadoras lusas no meio-campo, levou a que faltassem opções de passe em vários momentos. Os melhores momentos de Portugal com bola surgiram quando Andreia Norton conseguiu receber e orientar-se de frente para o jogo.

A troca de Andreia Norton por Andreia Jacinto deu-se a um quarto de hora do final e a médio do Sporting entrou muito bem no jogo, disponível para ajudar a defender mas também para procurar que Portugal tivesse bola. A sua capacidade para guardar o esférico, aliada à técnica individual, permitiram que criasse o lance do segundo golo.

Portugal saiu de Larnaca com uma vitória sobre uma Escócia que se mostrou forte e que criou mais ocasiões para vencer. Contudo, se há coisa que a nossa seleção já mostrou é que consegue defender-se muito bem e não precisa de muitas chances para marcar.



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